segunda-feira, 22 de março de 2010

Tomado: Porto Colheita 1980 Kopke


Esse eu tomei.
Foi o vinho que fechou o almoço em comemoração aos 30 anos da Giovana. Nada melhor do que um vinho vidimado no mesmo ano do seu nascimento.
Tratou-se de um "colheita" da Casa Kopke, uma das mais tradicionais adegas produtoras de vinho do Porto, especializada em vinhos feitos com uvas vidimadas em um único ano, "vintages" e "colheitas".
Os "vintages" estagiam apenas 2 anos em grandes tonéis e são logo encagarrafados, sem qualquer processo de filtragem. Assim, permanecem envelhecendo por longos anos nas próprias garrafas.
Já os "colheitas", após os dois primeiros anos em grandes tonéis, são transferidos para pequenas barricas de carvalho usado, passando por um longo envelhecimetno em madeira. Quando são trasferidos para as garrafas são filtrados e estão prontos para o consumo, sem grande evolução na garrafa.
Portanto, embora possam ser produzidos com as mesmas uvas (ressalte-se que só se produzem "vintages" e "colheitas" nas grandes safras) os "vintages" e os "colheitas" dão vinhos bastante distintos. Simplificando, podemos dizer que os "vintages" são os supra sumo dos vinhos do porto estilo "Ruby", que por receberem pouco tratamento em madeira, conservam um vermelho inteso e sabor mais próximo às frutas vermelhas.
Os "colheitas", por sua vez, representam o que há de melhor do mundo dos "tawnys", vinhos que por terem estagiado longos períodos em madeira, migram da intensidade de cor e sabor das frutas vermelhas, para uma cor ambar, acastanhada, que lembra baunilha. Por serem filtrados antes de passarem às garrafas, os "colheitas" , como a maioria dos "tawnys", são translúcidos.
A diferença fundamental entre um "colheita" e um "tawny" de "lote" (rotulados como 10, 20, 30 ou 40 anos), é que aqueles são feitos com uvas de uma única vidima, enquanto os últimos com um "blend" de vinhos cuja média aproxima-se da idade referida no rótulo.
Posso afirmar, com certeza, que este Kopke 1980 foi o melhor vinho do porto que eu já tomei. Considerando que os portos são os meus preferidos, posso dizer que trata-se de um dos melhor vinhos que já tomei. Acho que deve haver alguma coisa cósmica que me faz apreciar os frutos do ano de 1980 (rs...)
Apesar de doce é um vinho leve, com uma forte presença da madeira. Qualidade da fruta fez-se presente, não obstante os quase 28 anos de estágio em madeira (o vinho foi engarrafado em 2008). Um vinho doce nada enjoativo, tanto que a garrafa praticamente evaporou. Viva o aniversário da Giovana! Bunita, vc merece!
Quando estivemos no "wine bar" da Kopke em Vila Nova de Gaia, tomamos doses de dois outros "colheitas" um 1996 (salvo engano) e outro 1978 (ano do meu nascimento), sem menor dúvida o 1980 estava muito melhor que ambos, pareceu-me mais velho que 78, mais arredondado, mais "tawny". Talvez o 1978 chegue lá em mais alguns anos.
Aguardemos agora a degustação do Kopke Colheita 1975 que o D. Rodrigo promete para o seu aniversário no próximo mês.
Vejam "nóis" (eu e D. Rodrigo) no agradabilíssimo "wine bar" da Kopke em Vila Nova de Gaia.

Tomado: FP Ensaios Tinto, 2008

Esse eu tomei!
Este Filipa Pato Tinto foi o vinho que tomamos para acompanhar o almoço.
Um tinto muito bem estruturado e encorpado, feito com um corte de Touriga Nacional, Alfrocheiro Preto e Baga. Mais uma barganha do Carlão na Casa Flora.
De coloração rubi escuro, com aromas de frutas negras, tem taninos presentes e boa acidez para acompanhar uma refeição. No final de boca tem um sabor levemente abaunilhado, que deve ser fruto de envelhecimento em madeira.
Interessante observar que no final de boca também deixa uma leve impressão (leve mesmo) de 'frisante', algo típico da Baga, coisa bem leve mas que para mim torna essa uva muito peculiar.
Agora, para finalizarmos a degustação Filipa Pato, falta experimentarmos apenas o vinho de sobremesa e o Lokal, cujas garrafas já foram adquiridas e estão armazenadas na garrafeira do Carlão...

Tomado: FP Ensaios Branco, 2008

Esse eu tomei!
Ainda comemorando o aniversário da Gi, na sequência do belo espumante 3b.
O Carlão caprichou na compra de vinhos, pudemos experimentar quase toda a linha de vinhos da Filipa Pato. E o melhor é que todos os vinhos estão numa faixa de preços acessível. Entre 40 e 50 reais.
Este branco é feito com as uvas Arinto e Bical, apresentando coloração dourada clara, com aromas de frutas - especialmente abacaxi (é o que me pareceu) - e ótima acidez. O sabor é bastante leve e refrescante, com um final mineral. Um ótimo branco para o verão, na beira da piscina, ou para bebericar à toa.
Grande custo/benefício, à venda na Casa Flora.

Tomado: Espumante 3b rosado, Filipa Pato

Esse eu tomei!
Um belo espumante rosado, condizente com a comemoração do trigésimo aniversário da Giovana...desculpe a indiscrição de revelar a idade...
Trata-se de um vinho bem elaborado pela Filipa Pato (filha do Luis Pato), com as uvas Baga e Bical, bem típico da Bairrada.
O vinho é bem fresco, aromas frutados e minerais, de cor salmão, boa perlage (a espuminha). Porém, o interessante é que a espumante é bem seca e com taninos presentes, dando um corpo estruturado e agradável ao vinho. Dá até para acompanhar comidas não muito pesadas.
Ótimo custo/benefício, vendido na Casa Flora por cerca de 40 reais.

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