quarta-feira, 2 de junho de 2010

Luiz Felipe, nosso correspondente internacional, visitando Uruguai e Chile !


Nesse feriadão nosso colega Luiz Felipe aproveitará sua viagem ao Chile, com rápida escala no Uruguai, para ser o primeiro correspondente internacional do Esse eu Tomei !

Acabei de receber notícias dele, que já chegou em Montevidéu e já começou suas aventuras viticultoras.

Eis a primeira mensagem, ou melhor, um 'spoiler' da primeira reportagem do nosso correspondente:

"Rodrigo, comprei um vinho aqui em Montevidéu por U$ 8,50. O vendedor falou que o vinho promete, entreguei o cartão do esse eu tomei e o cara se empolgou, falou que é o melhor custo-benefício do Uruguai.

A noite te mando as "informaciones" (esse teclado do computador é todo diferente pra escrever, só achei o "ç" agora).
Abs,
Luiz"

Luiz, o blog já agradece sua colaboração antecipadamente.

Aguardamos agora suas impressões e as fotos dos vinhos tomados ! Manteremos contato!

Projeto de Regulamentação do Vinho Brasileiro - Publicado no Diário Oficial de 02/06

Hoje estava lendo o Diário Oficial da União, como infelizmente faço todos os dias, e vi que a Secretaria da Defesa Agropecuária publicou a Portaria nº 259, em que apresenta Projeto de Instrução Normativa para normatizar os padrões de identidade e qualidade do vinho e outros derivados da uva.

Este projeto estará disponível para Consulta Pública por 60 dias, sendo que após esse prazo a Instrução Normativa (com os devidos ajustes) será publicada definitivamente para que produza efeitos.

A íntegra do projeto pode ser localizada no site http://www.agricultura.gov.br/.

Não tive tempo de ler todo o projeto, mas destaco alguns pontos que vi:

  • o vinho tinto só poderá ser classificado como Reserva se passar por pelo menos 18 meses de envelhecimento, sendo pelo menos 6 deles em madeira (o restante pode ser em garrafa);

  • o tinto Reserva Especial terá de ter 24 meses de envelhecimento, sendo ao menos 6 em madeira;

  • já o Gran Reserva tinto terá de envelhecer 36 meses, sendo ao menos 12 em madeira.

Há ainda previsão de quantidade de açúcar para os espumantes secos, meio-secos e doces.

Interessante. Espero que os especialistas e produtores apresentem suas sugestões e que essa Instrução Normativa seja eficaz no controle da qualidade dos vinhos nacionais, facilitando especialmente a vida dos consumidores.

Arquivo do Vasco: Rhône (Chateauneuf - Guigal e Clos Saint Michel; Hermitage - Chapoutier)

Esses foram, sem dúvida, três dos melhores vinhos que tomamos nos almoços de domingo da Guiomar.
São todos vinhos da região do Rio Rhône (Ródano em português), os Chateauneuf originários da parcela mais ao sul do rio e o Hermitage da nobre parcela do norte do rio.
O Hermitage: Eis um exemplar de primeira qualidade da denominação, feito pelo produtor M. Chapoutier, um dos melhores da região. O Hermitage La Sizeranne 2000 é um vinho potente, muito saboroso, certamente um exemplar magnífico do que a uva Syrah pode apresentar. A apelação (AOC) de Hermitage é bastante pequena, por isso os vinhos são raros e muito procurados, até porque têm grande potencial de guarda.
Interessante destacar que nesta apelação é permitido o corte da Syrah com até 15% de uvas brancas (Marsanne ou Roussanne). Deve ser para amansar o bicho.
Um grande vinho, que tomamos com muito prazer.
Atualmente é vendido na Mistral, safra 2005, por R$ 367,00.
Os Chateauneuf-du-Pape: Tomamos dois exemplares distintos deste ícone do sul do Rhône, uma região muito bonita e que já tive a oportunidade de visitar. A cidade de Avignon, onde fica o "Castelinho do Papa" é bastante pitoresca e acolhedora, com vocação artística e gastronômica - sem falar na beleza das muralhas medievais que cercam a cidade e dão um tom muito agradável para se tomar um bom vinho.
Os Chateauneuf são elaborados principalmente com as castas Grenache, Syrah, Cinsault e Mourvédre, mas outras tintas e brancas também são usadas minoritariamente no corte (Counoise, Clairette, Bourbolenc, Roussane, Picpoul, Vaccarèse, Muscardim, Terret Noir e Picardan - nossa, quanto nome...claro que eu não sabi tudo isso de cabeça).
O primeiro exemplar é do produtor Guy Mousset, o Clos Saint Michel. Um ótimo vinho, equilibrado, com bastante fruta e especiarias no sabor e aroma. Corpo médio para forte, bastante gastronômico.
Este é um grande exemplo de qualidade/preço, pois é vendido pelo Club du Taste-Vin por R$ 151,00.
O segundo exemplar é um ícone da região, feito por um dos mais renomados produtores do Rhône, o Guigal. Este era da safra 2001 e posso dizer que certamente foi um dos melhores Chateauneuf que eu já tomei. Um vinho encorpado mas com os taninos já bem amaciados, muito equilibrado e elegante. Final de boca persistentíssimo.
Um vinhaço !
Na época comprei na Expand, mas não me lembro quanto paguei.
Hoje não sei se eles ainda vendem - faz tempo que não vou na expand, os preços não costumam compensar - mas deve ser algo em torno de R$ 270,00.
Resumo da ópera: Vinhos memoráveis tomados com o Vascão !!

Tomado: Avondale Chenin Blanc 2008

Esse eu tomei!

No final de tarde de domingo - 30/05, assistindo um joguinho de bola com o Carlão, companheiro de blog.

Neste mês será obrigação tomarmos vinhos sulafricanos, em homenagem à Copa do Mundo e até para conhecermos melhor essa região tão importante para a vinicultura.

O vinho: Um branco leve, com aromas que lembraram um chardonnay - aquele toque de madeira (leve, no caso) e mineral. O sabor frutado, também com toques minerais, sem amargor no final. Um vinho bem feito e leve, fácil para tomar como aperitivo.

Foi uma boa pedida.

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