terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tomado: Caballo Loco n. 5

Esse eu tomei!
Também na companhia do Marcel e do Ricardo, que guardava esse exemplar há algum tempo.
Este é um chileno top da vinícola Valdivieso. Mas ele tem uma peculiaridade muito interessante.
Notem que o rótulo não apresenta a safra, mas tão somente a indicação de número 5.
Este número significa que é a quinta tiragem do vinho. Digo tiragem porque não quer dizer quinta safra do vinho. A vinícola não só mistura as melhores uvas que produz, mas também mistura o vinho de safras diferentes usadas no Caballo Loco. Assim, esse número 5 (que é antigo, pois acho que já está no número 11) tem parcelas de uvas de diversos anos e de blends dos Caballo Loco 1, 2, 3 e 4.
No blog do Jeriel (vide link AQUI) encontrei essa tabela interessante:

A edição n° 1 foi composta das safras 1992, 1993 e 1994.
A edição n° 2 é um corte de 50% da n° 1 e 50% da safra 1995.
A edição n° 3 é um corte de 50% da n° 2 e 50% da safra 1996.
A edição n° 4 é um corte de 50% da n° 3 e 50% da safra 1997.
A edição n° 5 é um corte de 50% da n° 4 e 50% das safras 1998 e 1999.
A edição n° 6 é um corte de 50% da n° 5 e 50% das safras 2000 e 2001
A edição n° 7 é um corte de 50% da n° 6 e 50% da safra 2003.
A edição n° 8 é um corte de 50% da n° 7 e 50% da safra 2004.
A edição n° 9 é um corte de 50% da n° 8 e 50% da safra 2005.
A edição n° 10 é um corte de 50% da n° 9 e 50% da safra 2006.
A edição n° 11 é um corte de 50% da n° 10 e 50% da safra 2007.

Um vinho realmente muito bom.
Tem cor bastante escura e intensa. Nos aromas traz frutas negras e especiarias, com um toque defumado. Na boca apresenta uma textura excelente, equilibrada, aveludada, no melhor estilo bordeaux. Tem grande potência, apesar da maciez. Deve aguentar muitos anos na garrafa, pois esta versão já antiga, com uvas de mais de 10 anos, ainda estava bastante encorpada e persistente !
Experiência incrível e muito diferente. Recomendo o vinho.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tomado: Sassoalloro 2000

Esse eu tomei!
Foi o vinho que tomamos após o Pêra-Manca 2007.
Este o Ricardo guardava em sua adega há tempos. Acho que já tomei o 2004 e o 2005, mas sempre com 3 ou 4 anos de idade.
Trata-se de um toscano de peso, um vinho com ótimo padrão de qualidade, feito com a casta Sangiovese.
O vinho estava ótimo, mas o mais importante aqui é lembrar a lição de não ter pressa para tomar um vinho de primeira linha. Não ter pressa para abrir, é bom guardarmos bons vinhos por alguns anos, eles realmente melhoram e se tornam mais peculiares. E não ter pressa de beber. Logo ao abrir, o vinho, confinado por muito tempo, apresenta aromas de "pano molhado" e uma estrutura não tão agradável. Após 1:30 ou 2 hs o vinho muda completamente, sobra apenas as camadas de frutas em compotas, couro, especiarias, um terroso...etc.
Com este foi bem assim, descansou por 1:30 e se mostrou um grande vinho, cor de bronze, os taninos ainda vivos e bem afinados. Harmônico, equilibrado, você percebe a potência mas não há agressão direta na boca.
É muito legal tomar vinhos mais envelhecidos, mas precisa de cuidado e PACIÊNCIA !

sábado, 27 de novembro de 2010

Tomado: Pêra Manca 2007

Esse eu tomei!
Ontem tive a oportunidade de degustar o mais novo Pêra-Manca, da safra 2007, recém lançado no mercado pela Fundação Eugênio Almeida.
Este ótimo momento foi compartilhado com os amigos Marcel e Ricardo, aos quais agradeço desde já, tanto pelo vinho quanto pela tábua de queijos que comemos para acompanhar.
O vinho: Este é um ícone do Alentejo, diz-se que Cabral abriu uma garrafa dele quando descobriu o Brasil. É feito com as castas Aragonez e Trincadeira, típicas da região.
Confesso que este exemplar me surpreendeu, pois esperava um vinho ainda muito "amarrado", forte, mas o que vi foi um vinho de cor violácea, com aromas de frutas vermelhas e sabor igualmente frutado, com pouca sensação de madeira (e olha que ele fica 18 meses em barrica), e com um final até mesmo leve...Um vinho elegante desde a tenra idade. Muito macio e redondinho, enfrentaria uma carne suculenta mas também levou muito bem os queijos leves que comíamos.
Uma grata surpresa, ótimo vinho !

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tomado: Rosso Toscano 2009, Palagetto

Esse eu tomei!
Foi uma grata surpresa no almoço de domingo, um vinho novo, de bom preço (cerca de 40 reais na Vinea) e muito agradável.
Coloração granada, aromas e sabor de frutas vermelhas, com muito frescor e boa acidez. Final com um leve álcool, mas muito sutil, sem prejuízo.
Não achei informação sobre as castas que compõe esse vinho, mas imagino, pela região e pelo sabor, que seja Sangiovese com algumas francesas misturadas em menor proporção.
Boa qualidade para o preço.
Acompanhou muito, muito bem uma macarronada da sogra !

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tomado: Château Mouton Rothschild 1985

Esse eu tomei.
Neste domingo na Casa do Edu e da Laura, com os anfitriões e a Giovana. Acompanhou nosso almoço: rondeli ao molho de tomate temperado pelo Edu.
O almoço foi um esquenta para o show do Paul McCartney que, logo após, fomos assistir.
O vinho é simplesmente um espetáculo. Impressionante como, mesmo com toda essa idade, ainda se apresentou saboroso e surpreendentemente fresco.
Nada daquele gosto de "pano molhado" que caracterizam os vinhos mais idosos.
Excelente vinho, excelente almoço, excelente show, excelente domingo.

Tomado: Gigondas 2004, Guigal

Esse eu tomei!
No sábado matamos dois coelhos com uma caixa d'água só, como diria Vicente Mateus. Fomos comer, e muito bem, no Brasserie Erick Jacquin, aproveitando para comemorar com nosso amigo Fernando o início de suas atividades na cozinha desse respeitado restaurante.
Fio, parabéns, muito sucesso, veja que você saiu bem na foto !!
Para acompanhar nosso papo e a ótima comida (de fois gras e rãs a camarões, patos e cassoulet) pedimos este vinho do Ródano (Rhône), de um dos melhores produtores da região, o Guigal.
Esta região francesa é marcada por vinhos frutados e potentes, com participação sempre marcante da casta Syrah.
Este exemplar, pelo que vi no site do produtor, tem 60% Grenache (Fio, vc acertou), 25% Mourvèdre e 15% Syrah.
De coloração escura, nos aromas aparecem frutas negras intensas com especiarias e um toque de madeira no final. Na boca o vinho também é intenso, tem taninos bem presentes mas macios no final. Muito persistente. Certamente aguenta bons anos na garrafa. Um belo vinho.
Em resumo, uma ótima refeição, comemorada com os amigos Fernando, Pedroso, Serafim, Luciana, Taci e a linda Sofia.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tomado: Promis 2006, Gaja

Esse eu tomei!
Ontem, comemorando o aniversário da Taci, no Dalva e Dito, restaurante de comidas típicas brasileiras do Alex Atala.
O Restaurante: Gostei muito do ambiente, amplo e com decoração moderna com um Q de rústico, típico brasileiro. Destaque para a enorme adega no piso inferior e para a espaçosa cozinha, toda envidraçada.
O serviço é excelente, uma equipe bastante numerosa e bem treinada.
O cardápio é um show a parte. Pratos tradicionais e caseiros (como um bife acebolado com arroz e ovo frito), além de peixes com temperos bem peculiares e até mesmo pratos que voc~e só pensaria em fazer em casa, naquela baita larica.
Foi o caso do meu prato, um macarrão com feijão e linguiça. No cardápio vinha a observação: "Surpreenda-se". Foi uma grata surpresa, um spaghetti com molho de tomate e linguiça bem apimentada, misturado com um pouco de feijão roxinho bem temperadinho. Prato forte no tempero, precisa gostar de pimenta, mas muito, muito bom. Simplicidade com riqueza de sabor. Adorei.
Tenho apenas dois destaques negativos a fazer: primeiro a carta de vinhos, que é muito enxuta e um pouco inflacionada. Preços entre 50 e 90% acima do valor da importadora. Para vinhos mais caros isso faz muita diferença. Por exemplo, um Angelica Zapata Malbec, que custa 105 na Mistral, estava 190; segundo, me senti moralmente "enganado" ao ver na conta uma taxa de serviço de 12%. Por que 12 e não 10%? Ninguém soube me explicar, o maitre me disse apenas que essa seria a nova praxe dos grandes restaurantes de SP. Nova praxe ou não, eu não concordo, e não é pelo valor, que num lugar desses acaba sendo irrelevante perto da conta, mas não vejo motivo para a alteração, já que sendo os pratos mais caros os 10% já seguem a proporção e remuneram bem os garçons. Para mim é só uma forma de cobrar mais e parecer mais chic....não acho chic ser roubado com elegância...reclamei e não paguei os 2% a mais.

O vinho: Estava excelente, um toscano muito bem feito pelo Angelo Gaja, um dos melhores produtores da região. Ele é um corte de Merlot (55%), Syrah (35%) e Sangiovese (10%).
Tem cor granada, aromas de frutas compotadas, madeira e couro. Na boca apresenta sabor semelhante aos aromas, com muita fruta e com taninos muito bons e domados, deixando um final macio e persistente. Um ótimo vinho mesmo. Importado pela Mistral (veja AQUI).

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tomado: Gewurztraminer "Les Princes Abbés" 2006, Domaine Schlumberger

Esse eu tomei!
Já havia tomado uma garrafa dele há uma semana, quando meu pai estava em SP. Agora neste feriado fiquei com vontade de tomá-lo novamente, pois realmente gostei muito deste vinho.
Aliás, posso dizer que estou em uma fase de paixão pelos vinhos da Alsácia (região na fronteira da França com a Alemanha), especialmente os feitos com esta casta de difícil pronúncia e aromas marcantes e complexos.
Já havia postado aqui o vinho do mesmo produtor feito com a uva Sylvaner (link AQUI), que é mais barato (uns 52 reais) e também é uma delícia (menos perfumado, mas com bom corpo e maciez).
Este aqui é mais caro (95, no Club du Taste-Vin), mas é realmente superior.
Para mim é o vinho branco mais perfumado que existe, muita gente até estranha quando experimenta pela primeira vez. Aromas muito fortes, de lichia, peras e um toque de abacaxi e de floral. Em suma, muita coisa junta, até bobagem descer no detalhe.
Na boca é bastante frutado e com acidez equilibrada. Sente-se taninos finos, um branco capaz de enfrentar muitas comidas diferentes, acho que com um porco seria ótimo.
Mas ontem eu tomei porque estava com vontade mesmo, não era a hamonização perfeita para o capeletti in brodo que esquentamos em casa. Mas o vinho não fez feio não, conseguia se sobrepor aos temperos da comida e ainda deixava refrescância na boca.
Ainda bem que tenho outras garrafas deste vinho, muito agradável, peculiar e versátil.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tomado: Gevrey-Chambertin Clos Prieur 2007, Domaine René Leclerc

Esse eu tomei!
Acompanhou um almoço de domingo na casa da sogra, com costelas de porco ao vinho tinto e brodo de capeletti de carne e frango.
A comida estava ótima e o vinho não deixou por menos.
Um borgonha muito delicado, com muito sabor de frutas vermelhas frescas, acidez perfeita e muita maciez e persistência no final de boca.
Para mim, nada melhor que um bom borgonha, um vinho sutil, mas muito saboroso e complexo.
Que nunca falte esse tipo de vinho na minha adega !
PS: Esse é vendido no club du taste-vin, por um preço justo para a denominação. Confiram no site: AQUI.

Tomado: Chateau Penin 2008

Esse eu tomei!
Foi uma meia garrafa para acompanhar um cheeseburger e para puro deleite durante uma maratona cinematográfica em casa. Me lembrei até daquele filme, sideways, em que o protagonista acaba o filme tomando um Cheval Blanc da década de 60 comendo um fast food lascado. Pena que esse Penin não chega aos pés do Cheval Blanc.
Um vinho de preço médio (acho que foi 30 reais essa 1/2, na World Wine), e qualidade média também.
Um corte com 90% de merlot, com aroma e sabor de frutas vermelhas, com um toque amadeirado leve.
Um vinho simples, fácil de beber, mas que não agrega muito prazer, para o dia a dia.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tomado: Il Nebbio 2009, Pio Cesare

Esse eu tomei!
Foi a agradável surpresa do jantar de sábado.
Um vinho muito bem feito, com a casta Nebbiolo, no Piemonte. O produtor é o sempre ótimo Pio Cesare (que também faz um Barbera excelente, acima da média).
Nos aromas muita fruta vermelha e um floral incrível, muito perfumado. No sabor, corpo médio, boa acidez e muita fruta vermelha, agradabilíssimo.
E está novinho em folha, é safra 2009, segundo informações passou 12 meses em barrica e acabou de entrar no mercado.
Recomendo. Prá comprar de caixa!
Vendido na Decanter por R$ 102. Acho que o Barbera D'Alba, também muito bom (mais encorpado e ácido na minha impressão), está R$ 112.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tomado: Champagne Gosset Brut Excellence

Esse eu tomei!
Foi o aperitivo de um jantar com os amigos Pedroso e Luciana (e com a Taci é claro).
Um champagne muito bom, bem seco, com aromas e sabores mais para os cereais, leveduras.
Tem perlage muito consistente, bastante cremoso e com um final muito longo.
Eu adorei.
Mas ressalto que por ser bem seco e pouco/nada cítrico, a mulherada -principalmente -costuma não apreciar tanto. Para quem gosta de espumante com menos corpo e mais açúcar, sugiro um demi-sec!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tomado: Cava Freixenet Cordon Negro

Esse eu tomei!
Foi o aperitivo do jantar na casa da minha irmã.
Boa escolha do meu cunhado. Tanto a irmã quanto o espumante.
Muito boa cava, bem seca, com aqueles aromas e sabores mais para os cereais, cremosa, com a perlage persistente. Muito bom custo/benefício, se é que se pode dizer isso sendo politicamente correto, muitos falam em relação qualidade e preço justo.
Gostei muito!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Tomaram: La Vendimia, Rioja

Colaboração do nosso eterno correspondente internacional, Luiz Felipe Melo.
Já havíamos tomado e postado esse vinho (veja o link), que é muito diferente e peculiar. Deve ter acompanhado bem a comida do Luiz...

"Rodrigo,

Faz tempo que não colaboro com seu blog. Neste último sábado jantei no restaurante Chakras e fiquei impressionado com a carta de vinhos, além da sensacional decoração dos diversos ambientes do restaurante. (http://www.chakras.com.br/)

Empolgado com o lugar e a companhia, escolhi o vinho La Vendimia, da região de Rioja (Espanha) – infelizmente não lembro a safra. Esse vinho é ótimo! Pesquisei um pouco sobre ele na internet, todos os comentários são muito bons, inclusive um que o considera um “achado” em relação qualidade/preço – mais um ponto positivo para o restaurante. Ponto positivo para mim também, já que a escolha do vinho foi um chute daqueles, totalmente no escuro (rs).

Esse vinho é realmente uma ótima pedida e o restaurante uma ótima sugestão para ir a dois.

Abraços,

Luiz Felipe"

Tomado: Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2007

Esse eu tomei!
Uma meia garrafa!
Almoçando no ótimo restaurante argentino Che Barbaro, na Vila Madalena. Acompanhou um belo Vacio. Recomendo muito este restaurante, confiram o link para informações.
O vinho: Esperava mais, é um vinho que já tomei muitas vezes, mas outras safras. Muita potência, concentração de fruta, mas muita madeira. E achei um pouco desequilibrado, taninos muito rudes, secando a boca até amargar. Vinho para mastigar.
Melhorou com o tempo na taça, mas não ficou redondo.
Recomendo a quem tiver desse vinho que o guarde mais uns 3 anos para ver se melhora.
PS: Apesar da crítica, o vinho não é terrível, pelo contrário. Eu gosto dele e talvez por isso esperava mais. O Montes Alpha costuma ser um padrão de qualidade.

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