segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pedroso na Espanha: Arzuaga Reserva 2005 na Casa Botin, Madrid

Depois de uma longa ausência das informações enogastronômicas de sua viagem à Espanha, nosso amigo Marcello Pedroso dá notícias de Madrid..... Na volta vou querer saber em detalhes o que tomou entre o primeiro jantar em Barcelona e este em Madrid!
Como sempre, muitas fotos e detalhes desse nosso grande colaborador:

"Não tenho tido tempo de escrever muitos posts pq a viagem tá correria pura....mas tá massa !

Contudo, não posso deixar de falar da Casa Botin (como chamam em Madrid) ou 'Restaurante Sobrino de Botin Horno de Asar' (aquele mesmo do Leitão que a Ju postou, fundado em 1725, tido pelo G.B. como o retaurante mais antigo do mundo).


Prá vc ter uma ideia, eles se gabam tanto da antiguidade do restaurante que, como vc pode ver em uma das fotos, eles dizem que foi o local onde comeram 'Adão e Eva' ou 'Évaiadão', como vc preferir....(o 'camarero' ainda conta histórias de que a refeição deles foi o que deu origem ao 'pecado original'....(há fotos da facade e do menu...demais).

Bom, vamos ao que interessa....:

Para beber escolhi um vinho da região de Ribera del Duero (especificamente, Valladolid), da Bodega Arzuaga Navarro, denominação: Arzuaga Reserva 2005. Aroma de frutas vermelhas muito forte e madeira (mas não as madeiras insuportáveis que me incomodam....rsrsrs). O sabor: Madeira forte tbm e um pouco de álcool. Esperei ele dar uma descansada para continuar, para não prejudicar a análise, pois o dia estava muito quente e o vinho precisava respirar um pouco.

Respirou e se revelou. As frutas apareceram com mais intensidade e harmonia, e o tanino se mostrou muitíssimo equilibrado. Um vinho da faixa de 50 euros, muito bom).

Em complemento, foi perfeito para acompanhar um excelente cordeiro ao forno com batatas (olhe só a foto e minha cara de felicidade....acho que foi a porção individual maior e mais bem feita que já provei....ponto perfeito).



Acabei tomando a garrafa toda (q pena, né?....rsrs), pq a Lully decidiu pelas Gamblas ao alijo e tomou uma(s) coca(s)...rsrs.

faltou a foto da coca...rs
Para los postres decidimos por:

- Arroz con leche (Lully) - igualzinho ao excelente arroz-doce caseiro que minha mãe prepara; y

- Flan de Huevo con nata - nosso famoso pudim de leite com um creme de chantilly feito na hora (muito bom), mesclado com nozes - perfeição total.
Para acompanhar a sobremesa, já que estava no inferno, decidi 'dar um abraço no capeta' e, ao invés do apelar para o velho, bom e infalível 'Porto' de guerra, optei pela copa pequeña de um 'Pedro Ximenez 1827 Osborne' (Jerez): Aroma fortíssimo de moscatel e uva passa madura. Coloração marrom (parecida, a coloração, com a daquele porto 1975 que tomamos juntos no seu aniversário). Sabor: idem ao aroma e um açúcar que quase elimina o álcool ...

Excelente...(apesar de diferente ñ ficou devendo nadinha aos portos 10 e 20 a anos)...
Realmente uma experiência para ser relatada.

Gde abs.

Pedrott"

Muito bom, deu água na boca !!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tomado: Bressia Monteagrelo Malbec 2006

Esse eu tomei!
Foi o vinho escolhido para mais um bom almoço de domingo na casa da sogra e do sogro...Desta vez o acompanhamento foi a tradicional massa com molho vermelho, frango assado e ossobuco...muito bem temperado - estava ótimo mesmo e hamonizou muito bem com o vinho.
Como já disse em um post anterior (clique aqui), esta vinícola argentina foi a que mais me impressionou (ao lado da Achaval Ferrer) na recente viagem a Mendoza. Isso em termos de qualidade dos vinhos, inclusive em relação aos vinhos mais básicos.
Este malbec, por exemplo, é o primeiro vinho da bodega e já é uma delícia. Muito estruturado, potente, com aromas levemente abaunilhados.
Em resumo, muita fruta concentrada, bons taninos, toque de madeira e especiarias, com muita persistência e equilíbrio final (nada de amargor ou álcool excessivo). Um ótimo malbec, no estilo potente do novo mundo mas sem agredir no adocicado e no abaunilhado como alguns "coquetéis de madeira" que às vezes tomamos.
Recomendo muito.
Em Mendoza, na bodega, custa 50 reais, aqui no Brasil é importado pela La Charbonnade, no Rio Grande do Sul (entregam em SP), saindo por 93 reais.

Tomado: Hautes Côtes de Beaune 2008, Billard Pére et Fils

Esse eu tomei!
Foi o vinho que o Carlão levou para acompanhar a pizza da última sexta-feira.
Mais um borgonha de muito bom preço do Club du Taste Vin (67 reais, se não me engano). Esse tem um toque de madeira e uma acidez marcante, precisa de comida...Depois de alguns minutos a acidez equilibra um pouco e percebe-se mais a delicadeza da fruta. Nada de excepcional, mas não conheço borgonha razoável como este e por este preço....

domingo, 17 de outubro de 2010

Tomado: Rosso di Montalcino Camigliano, 2008

Esse eu tomei!
Com minha mãe, comendo um gnocchi - o meu com molho de emental e filet mignon e o da minha mãe com queijo brie e pomodoro. Acompanhados ainda da Taci e da Sofia.
Um vinho que de início me decepcionou, estava ácido e muito fraco, aguado. Com alguns minutos melhorou, ficou mais frutado e a acidez encaixou bem com a comida. Ainda assim achei um Rosso apenas razoável.

sábado, 16 de outubro de 2010

Tomado: Crémant D'Alsace René Muré, Brut

Esse eu tomei!
Ontem. Trazido pelo Carlão, uma nova aquisição do Club du Taste Vin. Um espumante que agradou muito. Preço justo, 60 reais, para um vinho com uma perlage abundante e persistente. Muito cremoso e com um final de boca frutado, cítrico. Gostei muito.
Recomendo.

Tomado: Bicentenario de Chile, Cabernet Sauvignon, Casa Donoso Reserva 2006

Esse eu tomei!
Metade da garrafa durante a semana, para acompanhar um ótimo ravioli de muzzarela com o molho ao sugo da minha sogra, com deliciosos pedaços de carne...macia que dá dó!
Um chileno de preço fácil, perto dos 50, não lembro exatamente quanto paguei no Emporio Del Mundo.
Um vinho tranquilo, aroma tostado, aquela baunilha básica. No sabor é bastante frutado e com um corpo intenso, acompanhou bem a comida devido ao forte molho e à carne...Vinho honesto e gastronômico.
Detalhe da produção fotográfica: "Sofia Mergulhada na Taça de Vinho":

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pedroso na Espanha: Ede'T'ana, 2009

Mal começou a viagem e o Pedrott já está na esbórnia enogastronômica. Parabéns, belo começo. Mande notícias:

"Esse Eu e a Lully tomamos no Restaurante '7 Portes' (ou sete portas), tradicionalíssimo restaurante de Barcelona, fundado em 1836 (fará 199 ano qdo o Tricolor fizer 100...rsrsr) - fotos anexas.
De entrada, desgustação de azeites de todos os tipos e sabores, um bem diferente do outro (uns suaves, outros frutados e por aí vai). Ainda, de entrada, pequenas azeitonas, pouco maiores que amendoins, bem saborosas.

O vinho escolhido, por se tratar de restaurante tradicional em frutos do mar e para manter a tradição de provar vinhos regionais, escolhi um branco da região da Catalunha, chamado Edi'T'ana, safra 2009. Excelente vinho, composto das uvas Garnacha (50%), Viognier (40%) e Muscadet (10%) ... Aroma bem fresco e floral, com sabor de frutas (abacaxi, pêssego e uvas bem doces) e um toque diferente de floral e pimenta (foto anexa).

Para acompanhar, Eu e a Lully decidimos dividir 2 pratos:

- Zarzuella - um mix de frutos do mar ao molho do próprio peixe (lagosta, mariscos, lulas camarão e peixe) - delicioso - foto anexa;

- Tradicionalíssima Paella (não há necessidade de descrever um prato tão conhecido. O toque especial ficou por conta do arroz arbóreo, que estava no ponto de cozimento perfeito) - foto anexa;

Ainda, para não deixar passar, 'los postres':

- Lully - Profiterolles con chocolat (foto); e

- Eu - só para tirar uma onda com a barraqueira do Figueira Rubayat, pedi um 'crème catalane'.....Realmente, pedindo aqui na Catalunha, não vem doce de leite....rsrsrs....é a cópia fiel do 'crème brullè', inclusive com tradução no menu fracês para 'creme catalão'....rsrsrs

Para acompanhar, um portinho, Taylor Tawny 20 anos....sem comentários...

Agora é cama, pois já são quase duas da matina e o dia vai ser longo...

Abs. "

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tomaram: Sharona 2005, Red Poetry Winery, Israel

Esse tomaram!
Depois de um brinde com um malbec mexicano (vide post), minha priminha Adriana teve a oportunidade de provar um vinho israelense, da vinícola Red Poetry.
Pelo que pesquisei - e não achei preços... - trata-se de uma vinícola pequena mas respeitada de Israel, produzindo cerca de 15.000 garrafas por ano, das mais variadas espécies de uvas (Cabernet Sauvignon, Merlot, Tempranillo, Carignan, Cabernet Franc, Mourvedre, Petit Verdot, Shiraz, Petite Sirah, Sangiovese, Riesling e Gewurztraminer).
Este exemplar (se seguir a mesma proporção da safra 2004 que achei na internet) é feito com 60% cabernet franc e 40% merlot, passando por 16 meses em barricas de carvalho.
Vamos às impressões da Adriana:


"Não sei falar sobre vinhos, só beber! Mas posso arriscar alguns comentários:
Nunca tinha tomado um vinho de Israel, e este Merlot se mostrou um vinho muito saboroso.
A cor era bem forte, e o aroma tinha corpo mas ao mesmo tempo era macio. Achei um vinho de personalidade. MUITO bom. Este prazer foi proporcionado por meu amigo e Chef Ricardo Frugoli, que ganhou este vinho de sua amiga Mercedes Sosa. E ontem bebericamos assistindo um DVD desta musa da música latina! Obrigada Chef Frugoli!
Bjs
Adriana Aranha"

Valeu pela colaboração Adri, ainda não tínhamos blogado nada de Israel.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tomados: Madeira Malvasia 10 anos (Blandy's) e Porto Tawny 10 anos (Ramos Pinto)

Esses nós tomamos!
Começamos com a sobremesa e não paramos mais.
Final de balada, abrimos e comparamos dois excelentes vinhos de sobremesa, que fizeram muito sucesso e converteram mais alguns amigos à 'enofilia doce'.
Vinhos que impressionam pelo sabor marcante, mas sem perder o equilíbrio, vinhos fáceis de beber, seja com doces, seja sem nenhum acompanhamento.
O porto estava excelente, um mel acastanhado...O madeira não deixou por menos. Estranhamos a coloração mais escura, quase preta (o que tomamos no encontro mistral era amarelo brilhante), mas o sabor era muito semelhante. Açúcar queimado e muito mais...

Um show.
A pedido do Chede, tiramos uma foto do saldo da balada. É o resultado de se encontrar muitos amigos e de ficar bebericando por mais de 5 horas...

Tomados: De Vosne-Romanée a Sylvaner da Alsácia, passando por um Brunello

Esses nós tomamos !
Quando programei a balada, pensei em mudar um pouco o cardápio tradicional de vinhos, colocando à prova um branco da Alsácia, feito com a uva Sylvaner, para acompanhar os azeites, os queijos e os frios que compramos.
Porém, logo depois dos espumantes a galera pediu para irmos direto para os tintos. Não quis discutir e então resolvi abrir um tinto mesmo. Escolhi primeiro o Vosne-Romanée, que é bem delicado, mas é incrivelmente saboroso, muita fruta e equilíbrio. Os bons borgonhas sempre deixam os convidados boquiabertos, e com esse foi exatamente assim.


Na sequência tomamos um belo Brunello que o Fio trouxe. Um exemplar do Camigliano, de 2003. Um vinho já bem redondo, envelhecido - com a colaboração da decantação - e muito macio, mas ainda com traços potentes dos taninos da sangiovese.


Muito bom, mas um verdadeiro contraste para o borgonha.
Como as comidas eram leves e já tínhamos tomado muito, a garrafa seguinte foi de um Givry 1er Cru, vinho já postado por aqui e muito bom, sempre elogiado.
Serafim e a garrafa...
Saciados os convidados, resolvi voltar ao plano original, abrindo então uma garrafa do branco alsaciano, um Sylvaner muito diferente, floral, com um belo corpo e acidez não muito forte. Um vinho peculiar e que simplesmente caiu perfeito com os queijos e os azeites.

Todos acabaram concordando que ele foi a melhor harmonização da noite...Os últimos foram os primeiros desta vez.
Já tinha postado esse vinho aqui - vide post - mas retiro meu comentário sobre a leveza. É um vinho muito equilibrado, é refrescante (apesar de uma acidez não muito marcante), mas tem um bom corpo, que às vezes engana porque os aromas e sabores são muito frutados e florais, dando uma impressão de delicadeza extrema que cai por terra quando combinamos com comida. ele guenta bem!!e como!
Ótima pedida, preciso comprar mais dele, até porque é um vinho de ótimo preço (uns 60 reais no Taste-Vin)

Tomado: Veuve Clicquot Rosé Brut

Esse eu tomei!
Ou melhor, eu já tinha tomado (vide post) e agora pude tomar novamente com muitos amigos: Fernando, Marcel, Dani, Serafim, Chede e, é claro a Taci, que não tomou mas nos deu o prazer da companhia.


Um champagne excelente, equilibrado, macio, com muita persistência de sabor. Adoro os champagnes rosés; este fez bonito na degustação dos azeites Zuccardi.

Degustação de Azeites Varietais da Zuccardi

Esses eu tomei! Com pão!!
Na bagagem de volta de Mendoza trouxemos essa lata com três garrafas de azeite da Familia Zuccardi, tradicional produtor de vinhos da região.

As oliveiras também são abundantes em Mendoza e arredores, os azeites que experimentamos lá são muito bons, inclusive esses três tipos da Zuccardi.
O mais interessante, no entanto, é a fabricação dos azeites na forma de varietais, cada um com um tipo de azeitona, como se faz com os cabernets, merlots, malbecs .....
Aqui estão os tipos Frantoio, Manzanilla e Arauco. Falei nesta ordem, que foi a ordem que deixamos nos pratinhos para a degustação. Posso até estar enganado, mas acredito que coincidentemente essa é a ordem de potência desses azeites, o Arauco me pareceu mais encorpado, com um amargo inicial que no segundo pedaço de pão desaparece e dá lugar a muito sabor.
Foi um sucesso geral !!
E ainda sobrou muito para novas brincadeiras. A próxima será com pizza, com certeza!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tomado: Barbaresco De Forville 2005

Esse eu tomei!
Queijos, carnes, massas, companhia do Sogrão Vasco, tudo isso pediu um bom vinho. Esse o Vasco estava guardando na adega para um domingo como este que passou.
Um vinho muito bom, com cor rubi, aromas e sabores de frutas vermelhas e corpo médio, decorrentes da presença de muitos taninos já afinadinhos.
Caiu muito bem com a comida.
Fazia tempo que não tomava um Barbaresco (vinho do Piemonte - Itália, feito com a nebbiolo) e realmente não tomei muitas vezes esse vinho. Mas já consegui notar como ele é mais delicado que o Barolo, que é da mesma região e feito com a mesma uva. Mas ambos sempre tem um toque marcante de frutas e taninos muito bons para uma refeição.
Gostei muito. Não achei nada desse produtor no Brasil. Essa garrafa o Vasco ganhou de presente, vinda direto de Milão.

sábado, 2 de outubro de 2010

Encontro no Santo Grão (vinhos orgânicos x vinhos naturais)

Depois de ter lido um artigo muito interessante escrito por Jacques Trefois, na coluna Paladar do Estado de São Paulo (Estadão - confira aqui), meu velho José Olinto trocou alguns e-mails com o autor do artigo e resolveram se encontrar.
O encontro foi no Santo Grão e, como convidados, fomos eu, minha mãe, minha irmã Thaís (com o Joaquim na barriga) e meu cunhado e xará Rodrigo Pecchiae.
Uma reunião muito agradável, regada inicialmente por um Sauvignon Blanc da Dona Paula e depois por um tempranillo das Bodegas Valdemar. Vinhos muito bons.
Falamos de muitos assuntos, especialmente de restaurantes, bistrôts e vinho.
E como resultado ainda recebemos muitas dicas do Jacques a respeito de vinhos "naturais".
Muita gente acha que vinhos orgânicos e vinhos naturais são a mesma coisa, mas não são.
Os orgânicos tem como garantia apenas o fato de que na produção da uva não é utilizado agrotóxico, mas no processo de vinificação o produtor pode acrescentar outros produtos químicos.
Já os vinhos naturais são mais restritos, além da ausência de agrotóxicos, nada pode ser acrescentado no processo de vinificação, nem sulfitos, ácidos ou açúcares. Ou seja, são vinhos que resultam do mero processo de fermentação das uvas, naturalmente, exigindo inclusive uma guarda mais cuidadosa.
Recebemos indicação de diversos rótulos, especialmente franceses, que iremos comprar, tomar e depois comentar aqui no blog.
Obrigado, Jacques, pela atenção e pelas dicas. esperamos nos reencontrar em breve.
Abraço!

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