sábado, 31 de julho de 2010

Tomado: Manso de Velasco 2006 - Miguel Torres

Esse eu tomei.
Foi o segundo vinho tinto da noite de sexta passada (23/07/2010) no restaurante Brie Restô.
Acompanhou muito bem nosso carré de cordeiro. Outro vinho que me surpreendeu, foi indicado pelo André do Empório Mercantil que me disse que esta safra teria superado, na opinião de alguns degustadores, o Alma Viva do mesmo ano.
De fato é um grande vinho, diferente dos chilenos em geral, pois não mostrou muito corpo nem muita madeira. Um vinho bastante equilibrado, impressionantemente leve em sua textura, mas com sabor intenso de frutas vermelhas. Agradou muito. Sua acidez combinou muito bem com o prato, que também estava muito bom.
Vale a pena. Embora não seja um vinho barato (aproximadamente R$ 150,00) é de excelente custo benefício.

Tomado: Cardinale 2004

Esse eu tomei.
Sexta-feira passada (23/07/2010) com a Gi, o Edu e Laura no excelente restaurante Brie Restô, que a partir de agora passa a integrar nossa seleta lista de locais recomendados para se tomar um bom vinho. Além de ter uma carta bem montada o restaurante permite que seus clientes tragam os seus próprios vinhos mediante uma singela taxa (rolha) de R$ 30,00 por garrafa.
Foi o que aconteceu com esse vinho, levado pelo Edu. Esse ele comprou nos EE. UU. indicado por um enólogo de uma das lojas que visitou.
Destaque para o sommelier do restaurante que tratou com muita propriedade essa "jóia" da Califórnia. Decantou com uma destreza de dar inveja, quase não perdemos nada de vinho e toda a borra ficou na garrafa.
Foi o primeiro tinto que tomamos na noite, ainda enquanto comiamos as entradinhas, queijo brie (eu não comi) croque monsieur. Deixamos ainda um pouco na taça para tomarmos com o prato principal - eu e o Edu pedimos carré de cordeiro, as meninas eu não lembro. Sucedeu um champagne Louis Roederer que deixo de postar para não ser repetitivo, pois sendo o meu champagne (genérico) favorito, já falei sobre ele aqui (veja post).
Esse, o Cardinale, trata-se de uma preciosidade, daqueles achados. Eu preconceituoso com os vinhos da Califórnia tive que dar o braço à torcer. A composição das uvas - obtida pelo Edu em um site, vez que a garrafa não diz nada além do nome do vinho e a safra -  neste ano foi 91% cabernet savignon e 9 merlot.
O Edu, como de praxe, chegou dizendo que o vinho era do caralh..., que em 2006 o Robertinho Manobrista tinha dado 95 pontos pra essa safra, que agora deveria estar ainda melhor... piriri pororó... Eu, já preconceituoso com os nossos irmãos do norte, ainda mais um vinho com corte bordolês sem a cabernet franc (que o meu ver é o que dá swing ao vinho de Bordeaux, sempre muito sérios), já pensei mal do vinho... Pensei que seria um genérico de Bourdeaux pra vender pro mercado americano a preço de ouro. Enganei-me totalmente. O vinho não tem nada de "lugar comum", é uma espoleta, mas uma espoleta segura, que não chega a assustar, só provoca o tomador. Embora redondo ele tem um picante inexplicável, daquelas coisas que confirmam a minha convicção sobre a limitação da linguagem verbal para descrever vinhos, simplesmente não consigo descrever. É ao mesmo tempo clássico e revolucionário - tipo um jaguar esporte, sabe?.
Não sei como com uvas tão comuns conseguiram fazer um vinho tão diferente.
Bem encorpado, um vermelho bonito, madeira e acidez nos devidos lugares.
Grande vinho. Se não fosse os dois Romanée que o Rodrigão tomou esse mês, seria um forte corrente ao vinho do mês.
Como a nossa foto ficou escura, segue imagem retirada do site do produtor que mostra a simples e belíssima garrafa.

Tomado: Redoma Rosé 2007

Esse eu tomei!
Depois de comermos dois pratos de alheiras, decidimos abandonar os pedidos de pratos individuais e comandarmos mais algumas porções para dividirmos.
A Taci e a Giovana então lembraram dos camarões no alho, também conhecidos como Gambas al Alijo... Aliás, no adega esse prato é muito melhor do que todos os que provamos em Sevilha. Nossos camarões são mais carnudos e saborosos...
Pedimos duas porções e pedimos ao experiente Jaci - sommelier - que escolhesse o vinho para acompanhar.
Muito competente, trouxe-nos este Rosé português, de cor vermelha brilhante, admirável.
O vinho tinha aromas bem frutados, com bom corpo para um rosé e muito boa acidez, caiu perfeito com os camarões fortemente temperados. No sabor também era bem frutado, frutas frescas. Redondíssimo. Adorei, um dos melhores rosés que tomei.
Preciso ter algumas garrafas dele em casa. É vendido pela Mistral, por 62 reais.

Tomado: Quinta do Perdigão Colheita 2005

Esse eu tomei!
Acabada a Cava, passamos para um bom tinto português como acompanhamento do segundo prato de Alheira que pedimos no Adega Santiago. Como disse no post anterior, as Alheiras do Adega são muito boas, unanimidade na mesa, por isso um só prato não durou 30 segundos na mesa. Até a Taci, que normalmente diz não gostar de alheira, rende-se facilmente a esta iguaria quando assim bem preparada. O segundo prato também não durou nada.
De qualquer modo, o vinho acompanhou bem.
Trata-se de um tinto da região do Dão, feito com tinta roriz, jaen, touriga nacional e afroucheiro, passando por 12 meses em carvalho.
Apresentou aromas de frutas vermelhas com um toque de madeira muito bem integrado, sem exageros e sem lembrar baunilha ou fruta doce. O sabor também bastante frutado, com corpo médio e boa acidez. Final de boca bem persistente.
Achei o vinho muito bom, elegante e equilibrado.
Esse é para ter em casa.
PS: A pedido da Giovana, marquei este vinho com seu selo de qualidade. Agradou muito a moça!

Tomado: Cava Benito Escudero Extra Seco

Esse eu tomei!
Foi o aperitivo do nosso jantar no Adega Santiago. Escolha do Carlão, que chegou antes e já mandou por no gelo...
Um espumante saboroso, fácil de gostar. Com perlage fina e abundante, com média persistência.
Aromas e sabor de frutos secos. Bem redondo e leve, com um final de boca discretamente adocicado, típico de um extra seco (que é mais doce que o brut).
Caiu bem no aperitivo e até acompanhou bem a primeira Alheira que comemos. Aliás, recomendo muito a alheira do Adega Santiago, a melhor que já comi no Brasil. Crocante e muito bem recheada.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cadê a Mistral no Hyatt Wine Club de 27/07 ?

Como mencionei no meu post anterior, o encontro de degustação do Hyatt Wine Club, de 27/07, previa entre os expositores a Mistral, com os vinhos abaixo:


No entanto, não vi ninguém da Mistral no Evento, muito menos os vinhos listados acima. Ninguém soube nos dizer o que houve.

Se alguém souber, por favor, informe-nos aqui...

Hyatt Wine Club - Vinhos de Portugal - 27/07/2010

Ontem estivemos no encontro do Hyatt Wine Club, para a apresentação de Vinhos de Portugal.
Este clube de vinhos é organizado pelo Hotel Hyatt de São Paulo e conta com encontros mensais de degustação.
Desta vez a temática era os vinhos portugueses.
Antes de mais nada, gostaria de agradecer o Paulão, tio do Carlos, que patrocinou nossa ida ao evento. Ele era o único associado do Hyatt Wine Club e providenciou todos os nossos ingressos, com muito carinho e dedicação. OBRIGADO PAULÃO. Mereceu até a foto abaixo, entre os blogueiros e ao lado do Carlos-Pai. Ficamos te devendo essa...

Logo na chegada ao Hyatt recebemos um pequeno catálogo com a relação das Importadoras e dos Vinhos que seriam servidos no encontro. Foi uma grata surpresa, entre os expositores estavam relacionados a Ravin, a Mistral, a Decanter, a Vinhos do Mundo, a World Wine e a Zahil. Cada um com aproximadamente 5 vinhos diferentes, entre brancos, rosés, tintos e até mesmo um Porto (LBV 2002 - trazido pela World Wine).

O espaço do evento era amplo o suficiente e agradável. Tudo ocorreu no bar "Upstairs" do Hotel. Havia ainda uma mesa com sopas, frios e queijos para ajudar na degustação. Muito bom.

Provamos todos os vinhos, esta é a vantagem de um evento de menor escala como esse. A seguir apresento nossas impressões gerais e os destaques da noite, eleitos por unanimidade entre os colegas presentes:

  • A Ravin trouxe vinhos da Quinta de La Rosa, todos muito frutados e amadeirados. Muito abaunilhados e padronizados. Não gostamos.
  • A Decanter trouxe um Alvarinho (Quinta do Gomariz 2007) bem perfumado, mas muito leve, com pouca acidez. Agradável. Trouxe ainda um Rosé muito gostoso, o Altas Quintas Crescendo 2006. Finalmente, dois tintos muito bons, o Altas Quintas Colheita 2005 (do Paulo Laureano) e o Dona Maria Tinto 2006. Destaque para este último, que é muito fresco e frutado, sem modernismos mas fácil de beber.
  • A Vinhos do Mundo, importadora do Rio Grande do Sul, trouxe os melhores tintos da noite, o Herdade das Servas Touriga Nacional 2006 (floral, tânico, pede comida - R$ 154,00), e o Herdade das Servas Reserva 2006 (o melhor da noite, com participação marcante de cabernet sauvignon, muito potente e equilibrado - R$ 180,00).
  • A World Wine trouxe outros 2 vinhos tintos muito bons, o Vinha de Reis Colheita 2005 (com madeira sem excesso, a R$ 59,00) e o Quinta da Falorca Reserva 2003, bastante frutado e floral, o melhor do stand, vendido a R$ 117,00. Recomendo. Já o Porto LBV 2002, Casa Santa Eufêmia era bom, mas nada de especial, muito leve.
  • A Zahil trouxe um vinho que eu nem experimentei porque já tomei muito e já blogamos aqui, trata-se do ótimo Vinha Grande 2006, da Casa Ferreirinha. Mas trouxe outros dois bons vinhos. E muito baratos. Para ter de caixa. O primeiro é o Duque de Viseu 2006, um vinho leve, acidez média, perfeito para um queijo e vinhos (R$ 40,00). O outro é o Vila Régia 2007, a R$ 30,00, um vinho muito leve porém bem frutado e agradável, perfeito para as comidinhas do dia-a-dia e para as baladas com muitos 'bebentes'.
  • Finalmente a Mistral. Bom a Mistral fica para outro post...não apareceu por lá.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Tomado: Buçaco Tinto "Reservado" 2001 V.M.

Esse eu tomei.
E tomei em grande estilo. Lá em casa no almoção de domingo (25/07/2010) com a turma toda (Carlão pai, minha mãe, Gi, Vó Vilma, Leda, Gabriel, Raquel e Rodrigo Peixe).
Fizemos como manda o figurino, colocamos a garrafa em pé uns 20 minutos antes de abri-la, decantamos cuidadosamente com a vela para que nenhuma borra passasse para o decanter, deixamos arejando por uns 20 minutos. De cara o vinho me encantou pela cor, um vermelho com tons violáceos (sei que esse comentário me custará caro...)
Logo depois que abrimos (abrimos junto com o Quinta da Dôna) experimentamos um golinho e já percebemos que se tratava de um grande vinho cheio de aromas e sabores. Percebemos, também, que estava muito mais encorpado e estruturado que os demais Buçacos tintos que tomamos lá no castelo em janeiro (1982 e 1996).
Após o tempo de "descanso" no decanter acompanhou maravilhosamente o delicioso almoço preparado pela equipe de cozinha liderada pela Chefa Giovana e suas assistentes de cozinha D. Ednéia, D. Leda e D. Virma, com a colaboração remota da D. Guiomar que preparou o molho de tomate.
Sem dúvida é um dos vinhos de maior personalidade que eu já tomei. Tem uma complexidade extraordinária e mantém-se delicioso. Não é um vinho apenas arredondado e gostoso, é um vinho que apresenta um extenso espectro de cheiros e sabores.
É fato que toda essa complexidade faz dele um vinho um pouco "difícil" de ser compreendido, pois notamos, de forma acentuada, sabores que não encontramos nos vinhos do nosso dia-a-dia. Posso dizer, sem medo de ser exagerado, que tem um forte sabor de couro, fumo, café, chocolate, passas... tudo isso equilibrado com frutas vermelhas adocicadas. Sua acidez, bastante presente, fica escondida pela potência dos sabores.
Eu achei simplesmente espetacular. Diria, inclusive, que está na idade certa para ser tomado. Experimentamos safras mais antigas em Portugal e posso dizer que esse foi o melhor de todos. Anote-se, também, que a safra de 2001 foi tão excepcional na Bairrada que o Palácio do Bussaco (isso mesmo, o nome do vinho é com "ç" e do Palácio com "ss"... vai saber!) produziu duas edições nesse ano, essa que tomamos, identificada com as letras "L 2001 V.M." - que não lembro o que quer dizer - foi a colheita especial que, segundo os funcionários do Palácio, deu o melhor Buçaco tinto dos últimos tempos. De fato!

Perceba que pelo fato do Palácio do Bussaco não se enquadrar nas normas técnicas ditadas pelos produtores da Bairrada, não pode mais nomear o vinho como "reserva", por essa razão passaram a usar a expressão "reservado".
Embora tradicionalmente esses vinhos sejam guardados por muitos anos, achei muito melhor tomá-lo mais jovem. Ainda tenho uma garrafa da safra 2004 em casa que será tomada em breve e o Rodrigo tem outra não sei que ano (acho que 2005). Que tal uma verticalzinha? Ademais, tenho ainda mais uma garrafa do Quinta da Dôna - idêntica a que tomamos no domingo - e uma garrafa do Bairrada 1988 do Luis Pato. Dá pra fazer uma grande esbórnia temática da Bairrada...rs...

Tomaram: Yume (Montepulciano) e Pulenta Malbec 2006

Colaboração do João Francisco, vinhos tomados no final de semana. Bons relatos João. Um abraço para os seus pais!

"Bem, final de semana sem vinho não pode, ou pelo menos não deveria.
Os vinhos bebidos foram sugestões de meu pai no sábado a noite.
O bom é que não conhecia nenhum dos dois. A prosa mais do que qualquer coisa estava uma delícia - pois chegaram de viagem e nada como compartilhar momentos engraçados, boas comidas, lugares visitados e, claro, vinhos, quantos e que belos vinhos bebidos.
Mas não fujamos a nossa missão que é apresentar a impressão sobre os vinhos bebericados.

O Yume, apesar do nome, um Italiano - daqueles de corpo - meu pai comentou que a vinícola havia sido recuperada por um destes consultores - acho que o cara acertou.
Um vinho de cor intensa, vibrante mesmo e belíssima. Aroma acentuado e ao meu ver casou perfeitamente com a Lazanha de alcachofras feitas por minha mãe. Uma delícia.

O Pulenta - acredito seja um Malbec mais conhecido - um bom vinho.
Os taninos mais arredondados, de final de boca mais suave do que normalmente encontramos em outros Malbecs. Gostei bastante do vinho.

Agora o que realmente marcou - pena que não tenha a foto - foi experimentar um Acetto Balsamico envelhecido 12 anos e, que fique claro, sem adição de caramelo. Uma delícia e não devemos usá-lo só com saladas. O que recomendava o produtor era combiná-lo com frutas.
Apreendi com meus pais que ficava maravilhoso com morangos. A consistência para mim lembrava um pouco aqueles xaropes de sorvete, só que um pouco mais fino ou líquido. O sabor realmente é inesperado e o aroma nem consigo descrever. O fato é que não podem perder a oportunidade de degustar."

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Caves Aliança - Sangalhos, Bairrada - Portugal

Aproveitando a deixa do post do Quinta da Dôna 2004, gostaria de relembrar um pouco nossa visita à vinícola Aliança, em Sangalhos, na Bairrada.
Apesar do GPS no carro nos perdemos bastante para chegar lá, o que valeu muito à pena, pois tivemos que parar para pedir informações e o fizemos em frente a um salão de cabeleireiro/barbeiro, onde três senhores portugueses protagonizaram uma cena prá lá de engraçada. Cada um deu uma direção para nós e os três acabaram discutindo e brigando entre eles sobre o melhor caminho para Sangalhos. Foi cômico.
O prédio da Aliança é bem antigo e bonito, mas o marcante são os quilômetros de corredores subterrâneos, onde ficam as barricas e os 'cavaletes' de guarda dos espumantes - vide fotos.

A visita guiada foi muito bacana e a guia, que nos indicou o Quinta da Dôna, foi muito simpática, especialmente porque imitava nós brasileiros falando (ela assistia muita novela brasileira....).

Ainda tivemos a oportunidade de provar alguns dos espumantes da Aliança, bastante agradáveis, na bonita sala subterrânea de degustação (foto abaixo). Não me lembro agora se provamos algum tinto, Carlão me socorra aqui...
São ótimas recordações... janeiro já está ficando longe.

Tomado: Quinta da Dôna 2004

Esse eu tomei!
No almoço de domingo, na casa do Carlão, quando comemos massas diversas e bracciola (destaque para a massa recheada de brie e presunto parma, muito boa mesmo, trazida pela mãe do Carlão direto do restaurante Alcachofra - recomendado).
Foi o segundo vinho do almoço, servido após terminarmos o Buçaco 2001 (que o Carlão postará em breve).
Aproveitamos inclusive a vela acesa para a decantação do Buçaco (que efetivamente tinha borras) para decantar romanticamente esse Quinta da Dôna. Quase não tinha sedimentos, mas o vinho é potente e a decantação e o descanso de 30 minutos fizeram muito bem para o vinho (isso posso dizer porque provamos logo que abrimos a garrafa e depois dos 30 minutos estava bem melhor, mais aberto e agradável).

Este Quinta da Dôna foi adquirido em janeiro, diretamente na loja da vinícola (Aliança), em Sangalhos, na Bairrada.
Eu comprei uma garrafa e o Carlão comprou outra, por recomendação da nossa guia de visitação que nos disse ser esse o vinho preferido dela (entre os produzidos pela Caves Aliança). No site da empresa consta até mesmo que este vinho, desta safra, ficou entre os 10 melhores de Portugal para a Revista Decanter. E o melhor de tudo é que, lá, o vinho custa 16 euros. Aqui nem imagino quanto seria...mas chutaria uns 140 reais.
Trata-se um vinho feito com a casta Baga, com pequena produção (6.717 garrafas), com estágio de 14 meses em barricas de carvalho.
Um vinho realmente especial e de muita qualidade.
E isso pudemos constatar. Aromas bem frutados com toque de especiarias. Muito boa acidez e bem encorpado, mas muito redondo. Nada de hostil, a exceção do final de boca que trazia uma persistência marcante, mas sem prejudicar.
Adoramos, especialmente o pai do Carlão, ou o chamado Carlão-pai.
Foi realmente um ótimo almoço à portuguesa....E o melhor é que o Carlão ainda ficou com uma garrafa desse vinho para uma nova esbórnia enogastronômica...

Tomaram: Altano 2006

Esse tomaram!
Mais uma colaboração do Marcello Pedroso, que havia gostado muito do Altano 2007 já postado aqui e resolveu experimentar a safra 2006.
Interessantes suas observações:
"Já havia provado o 2007 (já postado neste blog), que inclusive foi premiado como excelente custo benefício (Wine Spectator: 88 pontos "Best Value").
O 2006 é inferior, mais simples, porém muito bom também. Traz aromas de frutas vermelhas, até pelas uvas das quais é composto (Tinta Roriz - 70% e Touriga Franca - 30%), e possui um sabor persistente.
Vale a pena, mas, se encontrar o 2007, não hesite."

Tomaram: Casa Valduga Premium 2007 Cabernet Sauvignon

Eu gosto das segundas-feiras porque sempre aparecem as colaborações dos amigos enófilos, que nunca deixam o final de semana passar em branco.

O amigo e sempre colaborador Marcello Pedroso, desta vez, andou tomando vinho brasileiro, da conhecida Casa Valduga. Parece que gostou, falou bem, e pagou pouco mais de 40 reais, na Galeria dos Pães. Isto significa que se pode achar até mesmo um pouco mais barato por aí.

Eis suas impressões:

"Aroma com muitas especiarias (cânfora, pimenta e etc.) e frutas negras. No sabor, o tanino é suave, boa acidez e frutas. Bom para acompanhar uma carne. Serviu para quebrar tabus e preconceitos, bem como para aprender que este produto nacional (Bento Gonçalves-RS) é muito superior a muitos vinhos chilenos, uruguaios e argentinos que tenho provado (não está carregado em Madeira, ainda bem). Custo benefício excelente para acompanhar refeições. Me surprendeu bastante."

domingo, 25 de julho de 2010

Tomado: Santa Digna Cabernet Sauvignon 2007 Reserva, Miguel Torres

Esse eu tomei!

Ontem estava de bobeira em casa e resolvemos pedir comida árabe no Almanara para o almoço. Para acompanhar resolvi tomar uma taça de vinho. Mas, como não queria beber muito, resolvi abrir uma das mini garrafas que eu comprei. São dessas garrafinhas de 187 ml, que enchem uma taça apenas, conforme se vê na foto.

É uma ótima opção para uma refeição despretensiosa. Este chileno eu paguei 10 reais no Empório Mercantil.

Um vinho prático por seus 187 ml, fácil de beber (tem qualidade, o produtor é muito bom) e barato. Valeu à pena.

O vinho: Aromas frutados, com toque de baunilha e madeira. Sabor também frutado e amadeirado, bem redondinho. Um vinho de estilo modernoso, mas sem exageros, não é enjoativo. Realmente uma boa opção para o dia-a-dia.

sábado, 24 de julho de 2010

Tomado: Champagne Moët & Chandon Brut Grand Vintage 2003

Esse eu tomei!
Ontem a noite uni dois bons motivos para abrir um grande champagne lá em casa. O primeiro e mais óbvio motivo é que eu adoro champagne, para mim um vinho inigualável. O segundo motivo, no entanto, foi mais importante nesta ocasião. É que minha irmã Thaís (foto) vai ser mamãe e eu ainda não tinha comemorado este fato com ela.

Assim, presentes a Thaís, minha mãe, a Taci e minha filha Sofia (única que não brindou...apenas 8 anos), abrimos esse maravilhoso champagne para brindar ao meu/minha futuro/futura sobrinho/sobrinha. PARABÉNS THAÍS!
Sei que esse vinho dispensa maiores comentários, mas mesmo assim não resisto:
Apresentou perlage abundante e fina, apesar de um pouco rápida. Porém, as bolhinhas não param de surgir no copo, o espumante não fica jamais com cara ou textura de vinho tranquilo.
Na cor é mais densa, dourada.
Os aromas são de cereais, frutas (melão) e floral.
Na boca é muito equilibrada e elegante, com uma textura incrível. Sabor acastanhado e frutado, bem seco, com muito boa acidez, pronto para acompanhar um prato. Final muito persistente.
Uma maravilha.
Preciso viajar logo para comprar mais desse champagne no Free Shop, onde o preço não assusta tanto. Por aqui vale uns 300 reais.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tomado: Morandé Late Harvest Sauvignon Blanc 2007

Esse eu tomei.
Foi o vinho que finalizou a noite de terça-feira (20/07/2010) lá em casa. Como estávamos decepcionados com os Morandé Carmenère Pioneiro, que estavam estragados, resolvemos dar outra chance a esse produtor que tanto tomamos e gostamos. (Anote-se que não podemos afirmar que a deteriorização dos vinhos é responsabilidade do produtor. Há diversos outros elementos, que não temos como verificar, que podem ter contribuído com a deteorização dos vinhos.)
Trata-se de um sobremesa feito de savingnon blanc, coisa que não estou acostumado a tomar. 
Um vinho de sobremesa simples e agradável, bem mais leve que a maioria vinhos de sobremesa no que concerne ao corpo, quanto ao sabor, bastante doce.
Embora seja bastante doce, a falta de corpo e acidez fez com que ele não harmonizasse bem com a deliciosa torta de limão trazida pelo Broka. A torta, também muito doce, anulou o vinho. Vale a pena experimentá-lo novamente com uma sobremesa mais leve.

Tomados: Morandé Pioneiro Carmenère 2007 e 2008

Esse eu tomei.
Ou pelo menos tentei tomar. Foram os vinhos que tentamos tomar depois do Ysern na terça-feira. Digo que tentamos tomar, porque ambos estavam indubitavelmente defeituosos, com aquele gosto que se atribui a xixi de gato (nunca provei xixi de gato, mas imagino que seja parecido).
Primeiro tentamos o 2008, péssimo, intomável, conclusão unânime. Depois, tentamos o 2007, estava menos ruim, porém como o mesmo defeito. Ambos foram para o lixo.
Essa foi a primeira experiência desagradável com vinhos do Morandé. Muito estranho, que estas coisas acontecem... acontecem, mas duas vezes em uma só noite! Com vinhos da casta e do mesmo produtor! De safras diferentes! Realmente não sei o que aconteceu. Inexplicado.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tomado: Ysern Tannat X Tannat Roble 2007

Esse eu tomei.
Também no churras de terça-feira lá em casa (20/07/2010) com a Gi, Broka, Juliana, Rica e Sabrina. Foi o vinho que sucedeu o SUD Malvasia Nera.
Já tinha tomado e postado recentemente o Ysern Blend of regions Tannat X Tannat Gran Reserva 2005 e fiquei muito bem impressionado com a qualidade do vinho. Decidi então comprar uma garrafa do seu "irmão mais novo" com custo ainda melhor que o primeiro (R$ 30,00).
Como dito, ambos, são compostos por uvas tannat de dois vinhedos distintos, um localizado em Cerro-Chapeu (solo arenoso e clima continental) e outro em Las Violetas (solo argiloso e clima marítimo).
Trata-se, também, de um excelente vinho. A diferença básica entre os dois é que o Grand Reserva passa 18 meses em carvalho e o Roble apenas 9 meses. Provavelmente as uvas utilizadas no Gran Reserva devem ser as da primeira escolha.
No entanto, este Roble é também um vinho muito bom. Um pouco mais mineral e mais "espetado" que o Grand Reserva, que é evidentemente mais redondo. Mas gostei muito desse, é um vinho descontraído, alegre e muitíssimo agradável. Para um churrasco de meio de semana é o vinho ideal. Se tivesse uma adega maior certamente guardaria uma caixa deste para as grandes baladas. Percebam que o Rouble é 2007, provavelmente o Grand Reserva 2007 ainda não chegou ao mercado. Considerando a qualidade do Roble, o Reserva também deverá ser um bom vinho.
Leiam, também, os comentários feitos sobre o Ysern no blog Vinho para Todos, que, diga-se de passagem, teve impressões diversas das minhas. Mas vinho é isso aí... As impressões são muito particulares.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tomado: SUD Malvasia Nera de San Marzano

Esse eu tomei.
Foi o primeiro tinto do churras de ontem (20/07/2010), quando a carne começou a sair da churrasqueira.
Trata-se de uma porrada. Daqueles vinhos para se tomar de garfo e faca. Tem um corpo absurdo e um fortíssimo sabor de fruta madura. O sabor de fruta madura é tão intenso que até dá impressão que foi corrigido com açúcar. Como nunca tinha tomada nada dessa região (Salento), nem desta casta (malvásia nera), não posso afirmar com segurança que toda essa doçura não é do próprio vinho. De qualquer modo, não é meu tipo de vinho, muita potência e pouca complexidade. É um vinho "chapado", passa apenas uma impressão, no caso, fruta madura, quase doce.
Não digo que não é um bom vinho, mas eu não gostei do estilo.
Já tinha tomado outro desse produtor, um Primitivo di Manduria, que também não gostei, achei muito intenso, esta deve ser uma característica do produtor.

Tomado: Casa Valduga 130 Brut

Esse eu tomei.
Ontem (20/07/2010) em um churras improvisado de meio de semana aqui em casa pra comemorar o dia do amigo (rs...). Contamos com a nobre presença do casal de amigos Ju e Broka e do meu irmão Ricardo e sua digníssima esposa.
Neste agradável clima, enquanto a churrasqueira aquecia, iniciamos os trabalhos degustando esse espumante nacional reputado como um dos melhores do país.
De fato é um bom espumante, mas confesso que esperava bem mais.
Começou pela perlage, muito pouco persistente. Perceba na foto a seguir que enquanto o Broka servia uma taça a outra já tinha perdido toda a perlage.
No copo, um minuto depois de servida era quase um vinho branco.
O gosto, embora bastante complexo, e também persistente, mostrou-se, para o meu gosto, um pouco doce demais.
Não acho que mereça o título que alguns atribuem como o melhor espumante brasileiro. Acho que tomei melhores.
Após essa garrafa tomamos um Norton Cosecha Especial Extra Brut que já blogamos aqui. Ficou nítida a superioridade do argentino, que embora não seja tão complexo quanto o nacional, pela persistência da perlage, textura, acidez e "secura" mostrou-se bem mais agradável. Veredito unânime.
O Casa Valduga 130 é vendido por aproximadamente R$ 55,00. Na minha opinião, com essa grana há muitas opções bem melhores.

Tomaram: Pacheca 2006

Esse tomaram!
Nosso amigo João Moraes resolveu realmente se aventurar no mundo dos vinhos portugueses. Já era hora, são vinhos muito bons e com preços muitas vezes melhores que os concorrentes europeus e até mesmo sulamericanos.
Seguem os comentários do João sobre este Pacheca 2006. Na sequência falo um pouco da vinícola, que tive a oportunidade de visitar em janeiro de 2010:
"Mais um Português - ate aí nenhuma novidade - temos experimentado com maior frequência os Portugueses.
Este da região do Douro.
Agora a pergunta de um leigo - porque alguns vinhos tratam de suas características já no rotulo diretamente na língua inglesa? Será que são vinhos preparados diretamente para exportação?
No caso possivelmente sim - a cor aquele rubi mais intenso que o mercado está acostumado. O aroma bom, mas simples.
Um vinho para o dia-a-dia.
Em compensação a comida estava deliciosa, um risoto de Limão Siciliano com pequeninas lascas de parmesão e um bife a milanesa de deixar saudades. Isto no simpático vizinho Noa."

João, realmente é muito comum os rótulos dos vinhos portugueses em inglês. Acho que o maior motivo é o fato de a Inglaterra ter sido sempre um grande importador dos vinhos da terrinha. Aliás, muitas vinícolas tem donos ingleses, o que também favorece isso.

Não acho que seja o caso da Quinta da Pacheca, pois estivemos lá em janeiro e falamos com as diretoras da vinícola, que são todas portuguesas.

Esta Quinta é muito bonita, fica grudada no Hotel Acquapura, um resort incrível no centro do Douro, que para mim é uma das paisagems mais bonitas que já vi.

Na ocasião provamos todos os vinhos da Quinta, tendo gostado miuto dos Portos LBV e Vintage e do tinto Quinta da Pacheca Reserva Vinhas Velhas.

A importadora desses vinhos é a Vinci. Este Pacheca custa R$ 40,53, o Reserva custa R$ 123,72, o Vinhas Velhas R$ 150,45, e o Porto Vintage 2003 vale R$ 247,26.

Abaixo vão algumas fotos, com a presença dos blogueiros Rodrigo e Carlos, retratando os barris da Quinta da Pacheca e os lagares onde até hoje se faz a pisagem das uvas:

Lagar da Quinta da Pacheca

terça-feira, 20 de julho de 2010

Champanhe mais antigo do mundo é achado em naufrágio

Esse eu não tomei. Rs...

AP - O Estado de S.Paulo
ESTOCOLMO
Pesquisadores descobriram, em um navio naufragado no fundo do Mar Báltico, o champanhe mais antigo do mundo em condições de ser bebido. Segundo o instrutor de mergulho Christian Ekstrom, um dos descobridores do "tesouro", as garrafas são da década de 1780 e faziam parte de uma carga que estava sendo levada para a Rússia. A nacionalidade do navio afundado ainda não foi determinada.
Uma das garrafas foi trazida à superfície e a equipe de mergulhadores experimentou a bebida. "Trouxemos uma garrafa para poder estabelecer a idade do naufrágio", disse Ekstrom. "Não sabíamos que seria champanhe. Achamos que era vinho ou algo do tipo", completou.
O mergulhador conta que a equipe ficou entusiasmada ao abrir a garrafa, após recuperá-la de uma profundidade de 60 metros. "O gosto era fantástico. Um champanhe muito doce, com gosto de tabaco e carvalho."
O naufrágio foi descoberto na terça-feira passada, perto das Ilhas Åland, entre a Suécia e a Finlândia. Segundo os mergulhadores, há cerca de 30 garrafas.
A garrafa recuperada foi enviada para testes na França. Para o especialista em vinhos Carl-Jan Granqvist, cada garrafa pode atingir o preço de 50 mil (R$ 115 mil), se as rolhas estiverem intactas e se a bebida for genuína e estiver em condições de ser consumida. "Se for verdade, é uma descoberta única. Não sei de outras garrafas tão antigas." O champanhe mais antigo conhecido até então era um Perrier-Jouet de 1825.


Tomado: Ysern Blend of regions Tannat X Tannat Gran Reserva 2005

Esse eu tomei.
Considerando que o meu companheiro de blog abriu o dia com um post sobre um tannat, tomado pelo João, nosso mais assíduo colaborador, lembrei que tinha na minha lista de pendências com o blog o post sobre esse excelente vinho uruguai, também feito com uvas da casta tannat.
O curioso deste vinho é que é um "blend" de uvas tannat de duas propriedades, que segundo o produtor são bastante distintas.
Confesso que não tivera boas experiências com vinhos urguaios, e que relutava em experimentar outros vinhos deste país.
No entanto, por insistência do nosso amigo André da Empório Mercantil, resolvi experiementar esse aqui. E fiz bem.
Um vinho sem muitas pretensões, relativamente barato (R$ 45,00), com o qual simpatizei em razão do belíssimo rótulo.
Tomei em casa em um jantar de meio de semana com a Gi (12/07/2010), e fiquei muito bem impressinado, bastante encorpado, redondo, agradável com um toque bem leve de madeira.
Para a faixa de preço é um vinho bem acima da média, realmente vale muito mais do que custa, tem uma complexiadade de sabores que não se encontra em vinhos com este custo.
Recomendadíssimo. Mais uma bola dentro do pessoal da Empório Mercantil.

Tomado: Porto Fonseca Tawny 20 anos

Esse eu tomei!
E tomei em etapas, primeiro com a sobremesa na casa do Carlão (bolo de milho com canela e açúcar), depois em casa - uma tacinha - com chocolate e, finalmente, com o meu sogro Vasco neste último domingo. Não aguentamos e acabamos com a garrafa após o almoço.
Uma delícia.
Adoro os Portos tawny, os mais envelhecidos como esse são incríveis, muito complexos e com o doce bem integrado com o álcool. Sabores de melado, nozes, frutas secas e um toque defumado. Um show, dispensa maiores descrições.
Como disse uma amiga, um Porto 20 anos é melhor que Lexotan!

Tomaram: Avondale Reserve Muscat Rouge 2006

Pelo visto nosso amigo João Moraes também foi fisgado pelos vinhos doces.
É hora de esquecermos esses preconceitos bobos que muitos ainda têm sobre vinhos brancos e vinhos doces.
Não é porque um dia se tomou uma bela porcaria de garrafa azul alemã - que nem na Alemanha se toma - que devemos deixar de provar as maravilhas que são os vinhos brancos e os vinhos doces.
Eu particularmente sou fã de ambos e, no caso dos doces, adoro os fortificados como os Portos, Madeiras, etc.
O João tem tomado bastante dos doces e já está se apaixonando. Desta vez foi um tinto doce da África do Sul:
"Acabo por virar especialista em Vinhos tardios se deixar pela moça bonita que tem me auxiliado na árdua missão de bebericar uns vinhozinhos.
Os vinhos de sobremesa são sempre presentes dela. Cada vez mais nos encantamos pelo universo infindável dos Vinhos e tudo mais de gostoso que os cerca - como as boas conversas, as deliciosas comidas, etc...
Um vinho gostoso e de cor muito bonita. Um pouco mais adocicado que os já anteriormente provados."

Tomado: Palácio da Bacalhôa 2005



Esse eu tomei.
Quarta-feira, dia 14/07/2010. Lá em casa em jantar com a Gi, Rodrigo e Taci. Acompanhou as bracciolinhas da Giovana. Diga-se de passagem: divinas.
Já havia tomado desse vinho na casa do meu pai, mas da safra 2003 e tinha achado muito bom.
Essa garrafa eu trouxe de Portugal, comprei na Bairrada na sede das Casas Aliança, mas a Quinta da Bacalhôa, onde esse vinho é produzido, fica na Península de Setubal, próximo à Lisboa.
O vinho é feito com uvas de castas francesas, cabernet savignon (70%), merlot (21%) e petit verdot (9%). Estagia 17 meses em barricas novas de carvalho francês e aguarda mais doze meses em garrafa antes de ser comercializado.
É um dos vinhos "top" da vinícola, e as garrafas são numeradas.
Logo que abrimos a garrafa sentimos um forte cheiro de madeira agregado ao, também forte, cheiro da fruta. Resolvemos deixar decantando por quase uma hora.
É um vinho bastante encorpado, macio, e a madeira "assentou" depois do tempo aeração.
Pode-se dizer que é uma espécie de bordeaux à lusitana.
Sente-se gosto de frutas vermelhas concentradas (compota).
Embora eu ache que ainda melhoraria muito na garrafa, estava bem melhor que o 2003. Talvez 2005 tenha sido uma melhor safra nesta região.
Um grande vinho. Pena que só pude trazer uma garrafa.
Sua potência acompanhou muito bem as bracciolas da Gi.
Ainda não encontrei para vender aqui no Brasil, nem pela net.

Tomaram: Gimenez Mendez Alta Reserva Tannat 2008

E nosso amigo João não deu folga à adega neste final de semana. Mais uma contribuição, desta vez vinda do Uruguai, para acompanhar uma boa carne argentina:

"Agora sim um dos meus vinhos preferidos - adoro estes que acompanham as carnes.
Um excelente Vinho Uruguaio - possivelmente o melhor Tannat que já provei.
Surpreende pela harmonia - os taninos redondos e o final de boca simplesmente delicioso.
Foi saboreado no meu querido Martin Fierro na Aspicuelta - acompanhado de um Noix que estava de tirar foto.
O Tannat foi sugestão carinhosa da amiga Jane da Toque de Vinho.
Quebro o protocolo e faço sim propaganda - pela delicadeza que somos atendidos em sua loja - rua João Moura - com ou sem dinheiro para comprar vinhos."

João, valeu pela indicação da loja de vinhos, mas se aa carne estava 'de tirar foto' você deveria ter tirado mesmo, para colocarmos aqui !!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tomado: Dukesfield Cape Blend 2003

Esse eu tomei.
Em um almoço de domingo (11/07/2010) na casa dos meus pais. Acompanhou o almoço da dona Ednéia (arroz, feijão e filé de frango à parmegiana... hummm).
Trata-se de um vinho potente no sabor mas com pouco corpo, média acidez. Tem um sabor de madeira tostada, algo para o defumando.
Caiu até que bem com a comida. Acho que já está em decadência, deve ter sido melhor alguns anos atrás. Já apresenta um aspecto amarronzado, e um final de boca açucarado, parecido com xarope. Com certeza era para ter sido tomado antes. É vendido na Mistral por R$ 43,00 que assim o descreve: "Tinto obtido de um saboroso corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, maturado em madeira, com aromas de frutos silvestres maduros. Os taninos mostram-se macios e o retrogosto é abaunilhado e sedoso. É um tinto elegante e marcante, com grande personalidade." Sinceramente... não senti nada disso... Talvez seja o caso de experimetar uma safra mais jovem. 
Destaque para o instrumento de madeira da foto. Trata-se de uma ferramenta para se colocar rolhas em garrafas. Pertenceu ao meu avô Diamantino e foi resgatado pelo meu pai. Testamos em algumas garrafas e ainda funciona.

Tomado: Ashbourne 2004 Pinotage

Esse eu tomei!
Foi a segunda garrafa que tomamos no Varanda Grill, por indicação do sommelier Bruno.
Acompanhou muito bem a picanha e o contra-filet que eu e o Carlão devoramos.
Uma grata surpresa este sulafricano.
Devo aqui mencionar a impressão da Giovana que, apesar de ter tomado uma taça de vinho branco com seu prato de frutos do mar, não deixou de experimentar este tinto:
"Aroma de gavetinha de madeira perfumada"
É isso aí mesmo, um vinho com ótima acidez para cobrir a gordura da carne, com aromas e sabor de frutas meladas e defumadas. Corpo médio e final longo e leve.
Adorei. Vinhão.
PS: o detalhe interessante é o rótulo do vinho, que lembra um bordeaux.

Tomado: Esprit de Clocher 2004, Pomerol

Esse eu tomei!
Para variar, eu, Taci, Carlão e Giovana fomos jantar fora no sábado. Fomos até a Rua Mena Barreto para conhecer o restaurante Tre Bichieri, mas estava absolutamente lotado, com espera de mais de uma hora.
Assim, de muito bom grado fomos no Varanda Grill (vide site nos nossos restaurantes recomendados, à direita), que fica a 10 metros do Tre Bichieri.
Já fomos outras vezes no Varanda, que para mim é o melhor restaurante de carnes de São Paulo. Além disso tem uma carta de vinhos invejável e honesta.
Abrimos a noite com este vinho de Pomerol, uma subregião de Bordeaux em que a Merlot predomina.
Este vinho agradou muito e, mesmo no restaurante, não foi tão caro. Os vinhos desta pequena região costumam ser muito caros. Este foi 138,00 no Varanda. Não achei o preço na Expand, que parece ser a importadora (achei só o Chateau du Clocher, que deve ser o primeiro vinho da vinícola, a 350 reais).

O vinho: muito aveludado, corpo médio. Muita fruta vermelha madura e especiarias. Unanimidade na mesa. Até a Giovana, sempre exigente, elogiou muito o vinho.
Recomendo muito os vinhos desta região de Bordeaux!
Para finalizar, uma foto do simpático sommelier Bruno, que aprovou este nosso primeiro pedido e ainda nos indicou um ótimo sulafricano para terminarmos os excelentes pratos de carnes kobe.

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