sexta-feira, 30 de abril de 2010

Esse eu quero muito tomar: Vinho do Porto Rosé da Calém

Vejam esta notícia: Calém lança Vinho do Porto rosé
A Calém é uma grande vinícola, das melhores do Douro, faz um vinho do porto de excelente qualidade.
E agora essa: VINHO DO PORTO ROSÉ! Como diz o Rodrigão deve ser um "elixir"!
O mais legal é que está sendo produzido sob os auspícios do Instituto do Vinho do Porto - IVDP. Ou seja, é coisa fina.
E o pior, no ano passado a Kopke (do mesmo grupo da Calém) também lançou o seu rosé, e nós estivemos lá e não nos mostraram esta preciosidade.
Pena que o IVDP não revelou o método de vinificação destes vinhos, estou realmente muito curioso. Vai na madeira? De que tipo? Quanto tempo?
Aguardemos que ele chegue por aqui ou que a gente vá até ele.

Tomaram: Grand Sasso e Bourgogne Nicolas Potel



Esses tomaram!
Foi o nosso grande amigo Tatá, que tem dado suas tomadas por aí.
Toma mas não conta, só manda a foto pra gente ficar curioso.
Tatá, aguardamos sua descrição dos vinhos e das ocasiões, sua colaboração é sempre bem vinda. Afinal, és um grande tomador.
Abraços

Tomado: Fonseca Tawny Port

Esse eu tomei!
E Tomei devargazinho, ao longo de duas semanas, as taças derradeiras foram tomadas na última quarta-feira, lá em casa, na sempre aprazível companhia do co(principal)-autor deste blog Dr. Rodrigóvisk.
Trata-se de vinho do porto para o dia a dia, com preço bem razoável (aproximadamente R$ 50,00 na Vinci).
Diria que é o limite do vinho do porto agradável.
Para um Tawny, ainda muito frutado, sente-se a madeira mas o doce da fruta é muito mais intenso.
É um vinho de lote, fabricado com vinhos de diversas safras, porém o seu envelhecimento é feito em tonéis, e não em barricas como é comum aos Tawnys. Essa informação obtive no site da Vinci. Achei muito estranho, pois o que caracteriza um Tawny é justamente o envelhecimento em barricas, que são compartimentos menores que os tonéis, e, portanto, garantem maior contato com a madeira e um processo de oxigenação mais acelerado.
De qualquer modo tem um sabor acentuado de madeira que o diferencia dos Rubys. Entrei no site da Fonseca mas lá não consta a indicação deste vinho, descrevem a partir do Tawny 10 anos.
Outra curiosodade é que a Vinci recomenda a guarda deste vinho por até 10 anos! Pelo que sei, os Tawnys são filtrados e não têm grande potencial de evolução na garrafa. Talvez esse, mais jovem e evelhecido em tonéis possa apresentar melhora com a idade.
O que importa é que por 50 pilas, pro dia a dia está mais do que bom.

Tomado: Ramos Pinto Porto Reserva Adriano

Esse eu tomei!
Com um belo crepe de doce de leite no restaurante Abuelo, com o Pedroso e o Chede.
Foi uma dose caprichada para cada um, mas acompanhou bem a sobremesa.
Faço aqui uma ressalva, pois o ponto fraco do restaurante - impecável na carne e no serviço - foi a falta de variedade de portos para a sobremesa, só tinha esse. Podiam ter pelo menos um 10 anos tawny...
Este porto fica uns 6 anos no barril, deixando um gosto ainda frutado mas já apresentando um aroma mais típico dos tawnys, mais acastanhado e amadeirado. Bom vinho, mas o final de boca ainda apresenta um pouco de álcool a mais. Com o doce ficou fácil de beber.
PS: A garrafa, que acabou com as nossas três doses, trouxemos de presente para a Julia, nossa estagiária corintiana e sofredora, em comemoração ao gol do Adriano pela Libertadores - nome do vinho...

Tomado: Callabriga Douro 2004

Esse eu tomei!
Na companhia dos amigos Marcello Pedroso e Chede, no restaurante Abuelo, na Rua Sabugi, perto da cidade jardim. Aliás, muito bom esse restaurante argentino, comemos uma fraldinha/vacio de primeira linha !!
O vinho: O produtor é ligado à Casa Ferreirinha, e o vinho é feito de uvas da Quinta da Leda, com as castas tinta roriz, touriga nacional e touriga franca.
Tem um estilo mais moderno do que os tradicionais vinhos da C.Ferreirinha, mas ainda assim representa bem a região.
Um vinho amaciado pelos 12 meses em carvalho, com coloração rubi, aromas de frutas vermelhas, com sabor frutado e presença de madeira no final de boca. Bem macio e fácil de beber, sem muita complexidade.
Nada de extraordinário, mas melhor que muito chileno e argentino, porque, apesar da madeira aparente, não há muito exagero - bomba de fruta ou carvalho até 'abaunilhar'.
Foi uma boa pedida, acompanhou muito bem a carne.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Primeiro Champagne Brut (seco)

Hoje é muito comum o champagne brut, provavelmente a maioria das pessoas, quando pensa em champagne, pensa no espumante seco.
Mas não foi sempre assim. Aliás, por séculos o champagne produzido foi exclusivamente do tipo doce.
Muitos produtores até que pensaram em fazer champagne brut, ou seco, mas esta missão não era muito atraente, pois envolvia um alto custo para o desenvolvimento de uma bebida seca de qualidade, além de representar um risco enorme, pois o mercado existente nos séculos XVIII e XIX não estavam habituados e, pior, estavam acostumados ao champagne doce, como fonte de prazer, alegria e comemoração.
Mas um produtor, ou melhor, uma produtora, teve a coragem de desenvolver a produção de um champagne seco e de alta qualidade.
Foi Louise Pommery que aceitou o desafio de selecionar uvas melhores, maduras (o que era difícil, em razão do clima frio da região - aguardar a maturação completa poderia fazer com que a uva passasse do ponto, na época era comum colher antes para não arriscar), e de arcar com o custo de manter o champagne envelhecendo por três anos (ao invés de um ano, como ocorria com o doce): Outros produtores, como Louis Roederer, se recusavam a produzir champagne sem aditivos (açúcar ou álcool), para não perderem seus preciosos mercados, como a Rússia, que consumia muito os champagnes doces.
A maioria dos produtores e dos próprios empregados da Pommery eram céticos sobre a possibilidade de se fazer um bom champagne seco, as tentativas geravam bebidas ásperas e difíceis de beber.
O pior é que entre 1870 e 1873 as colheitas da região foram prejudicadas pelo tempo ruim, fazendo com que os champagnes secos produzidos pela Pommery não atingissem boa qualidade, dificultando muito sua difusão e venda.
No entanto, em 1874 a Pommery teve uma safra considerada a melhor do século, o que permitiu a elaboração de um champagne seco memorável, que atingiu preços altíssimos e mudou o conceito do consumidor.
O Brut 74 da Pommery foi o primeiro champagne realmente seco a ser vendido comercialmente, o que transformou a vinícola em uma das maiores e principais casas de Champagne.
Interessante transcrever o discurso do gerente financeiro da Pommery, após provar o Brut 74, conforme reproduzido no livro dos Kladstrup, sempre citado aqui:
"Nosso brut é dirigido apenas às pessoas que apreciam bebidas espumantes requintadas, que preferem finesse e bouquet ao excesso de gás e açúcar com que algumas casas costumam encobrir a fragilidade de seus vinhos. Depois que a rolha estoura, nosso champagne satisfaz o paladar e não somente os ouvidos."

O sucesso foi tão grande que Louise Pommery se tornou um verdadeiro mito na região de Champagne.O seu funeral, em 1890, foi o primeiro funeral de Estado organizado pelo governo francês a uma mulher, tendo havido o comparecimento de 20 mil pessoas, inclusive representantes do governo. O presidente da França até mesmo mudou o nome de uma cidade em sua homenagem. A cidade de Chigny, onde ficava sua casa de campo - ela adorava plantar rosas - passou a se chamar Chigny-les-Roses.

Grande mulher, graças a ela temos hoje os fabulosos champagnes secos.
Não é à toa que o champagne brut é hoje o mais popular e nobre dos espumantes !!

Tomado: Vinha Grande 2006, Casa Ferreirinha

Esse eu tomei!
Ontem, jantando na casa do Carlão após o jogo do tricolor.
Excelente vinho, daqueles que demonstram terroir, que não se parecem com nenhum outro.
O produtor dispensa comentários e o vinho, apesar de não ser top de linha, tem um grande custo benefício (custa cerca de 88 reais na Zahil - se chorar tem desconto). Muito bom.
Senti aromas de frutas e vegetais, até um pouco de couro (estou começando a viadar mesmo). O corpo é médio e macio, desce fácil, com final de boca razoavelmente persistente.
Um vinho muito bem feito, peculiar e redondo na boca. Tomamos com um folhado de presunto, queijo e molho de tomate, acompanhou bem. Mas acho que deve cair bem com massas e carnes também.
Vale experimentar para fugir da mesmisse dos vinhos amadeirados e padronizados, especialmente do novo mundo.

PS: Reparem no decanter do Carlos, que luxo....quando crescer quero ter um igual.

Tomado: Viñamar Chardonnay 2006 Reserva Especial

Esse eu tomei!
Ontem, na casa do Carlão, jogando futebol de botão/mesa (fazia tempo...) enquanto aguardávamos o início do jogo do tricolor pela libertadores. Reparem a homenagem ao Barça, que tomou um sacode iá-iá da Inter, merecido...
O vinho: Não se trata de um vinho caro, mas por ser denominado de Reserva Especial (ainda tem o Reserva e o básico) esperava muito mais. Fico com pena dos outros vinhos da linha.
O aroma tem aquela fruta forte típica do chardonnay, mas havia muita presença de madeira também. O sabor encorpado, agradável no começo, mas o final de boca apresentou muita madeira e muito álcool.
Não vale a compra. O Maria Gomes do Luis Pato é mais barato e muito mais agradável.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A célebre frase de Napoleão sobre o Champagne (e a causa de sua derrota!!)

Todos já devem ter ouvido falar que Napoleão adorava champagne, pois é muito conhecida sua frase:

"Na vitória, você o merece; na derrota, você precisa dele."

Napoleão - reparem no sabre na poltrona, para abrir champagnes

Pois é, ele gostava mesmo do mais famoso espumante do mundo. Apesar de normalmente ser abstêmio, e de comer pouco, ele nunca dispensava um cálice de champagne para restaurar as forças e animar seu espírito.


Mas ele não apenas gostava do champagne, como era amigo pessoal de Jean-Rémy Moët, herdeiro e dirigente da casa de mesmo nome.




O curioso é que Napoleão sempre passava por Épernay, na região da champagne, antes de cada uma de suas campanhas militares. Sempre visitava o amigo Jean para tomar um champagne e abastecer-se de algumas garrafas para sua jornada.
No entanto, parece que ele deixou de cumprir esta rotina simpática em uma de suas campanhas militares, porque estava apressado.
Pois é, foi bem na ocasião em que ele estava a caminho de Waterloo.... não preciso nem dizer que ele não levou a sorte dos champagnes...
Por isso, quando for para a guerra, não esqueça de tomar um champagne antes !!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tomado: Gran Feudo Crianza 2005 Julián Chivite

Esse eu tomei!
Em um agradável almoço com dois amigos, clientes do escritório, no tradicional Adega Santiago.
Como tínhamos que voltar ao trabalho dividimos esta meia-garrafa em três.
Foi uma boa pedida, é um crianza típico, bem arredondado. Seu corte é 70% Tempranillo, 25% Garnacha, 5% Cabernet Sauvignon.
O evidente sabor de madeira denuncia seus 12 meses em barrica, exigência a todos os crianzas.
Excelente custo benefício, esta meia-garrafa custa aproximadamente R$ 25,00 na Mistral.
Em suma, é um vinho fácil de beber. Harmonizou bem como meu escalope ao vinho do porto e pimenta rosa.
Ótima opção para o dia-a-dia, deve harmonizar bem com quase todos os pratos.

ESSE EU TOMEI ! agora tem cartão de visitas !!

Luís XV e sua grande colaboração ao Champagne

Já falamos aqui do Rei Louis XV, também conhecido nas esquinas do Brasil como Luís XV. Veja aqui uma fotinho/pintura desta grande figura:

Este rei francês teve grande importância para o Champagne, pois foi o primeiro a legislar para estabelecer padrões para o vinho espumante.

Ele estabeleceu uma uniformidade para as garrafas, que eram feitas de todos os tipos e tamanhos, criando um padrão de forma e de volume, assim como um padrão para as rolhas e seu método de fechamento - "deveriam ser amarradas com barbante de três fios, bem torcido e trespassado em forma de cruz sobre a rolha".

No entanto, sua contribuição mais importante foi permitir que a partir de 1728 o Champagne pudesse ser transportado e comercializado diretamente em garrafas.

Até então os vinhos eram transportados em tonéis de madeira, pois era assim que os preços eram estabelecidos - por tonel.
Para os tintos e brancos isso não era problema, mas para um espumante o transporte na madeira era um desastre, já que a natureza porosa do material permitia que as bolhas de gás escapassem, deixando o champagne choco.


Não foi à toa, portanto, que Luís XV recebeu uma homenagem da Maison de Venoge, uma ótima produtora da região. Vejam abaixo a garrafa vintage, de um champagne envelhecido e muito renomado:


A Taça da Maria Antonieta e o Flûte

Atendendo a pedido do Carlão, esclareço que a taça mostrada no post abaixo (Louis Roederer) é proveniente de uma lenda, um mito. Não se tem registros desta inspiração nos seios da Maria Antonieta, mas acho que algum fundo de verdade essa estória tem.
Acho que foi um mito criado por alguns bebuns franceses que, nas altas horas das loucuras viníferas nas Tabernas, demonstravam seu desejo de possuir a famosa rainha, que devia ser um tipo de sex symbol da época, agitando as mentes perturbadas dos boêmios.
Já o flûte, como diz meu pai, deve ter sido inspirado nos dotes de Napoleão, um amante do champagne...

Brincadeiras a parte, tecnicamente, a taça da Maria Antonieta não é muito boa, pois sua área de contato com o ar é muito grande, fazendo com que as bolhas do champagne se percam muito rapidamente.
Foi por esse motivo que se criou o flûte, já que nele a área de contato é pequena e as bolhas são preservadas por mais tempo, o que ajuda a manter os aromas e o sabor.
No entanto, para champagnes vintage, mais complexos, o recomendável é uma taça intermediária, entre o flûte e uma taça de vinho branco, ou seja, longa mas com o bocal um pouco mais aberto (veja a Taça Sommelier) . Só assim se pode desfrutar de todos os aromas e sabores de um champagne de primeira linha.

Reproduzo abaixo texto do Marcello Copello no site Mar de vinho:

Taça “Maria Antonieta” – Até os anos 1960 taça mais comum para os espumantes era baixa e aberta, vista em muitos filmes hollywoodianos, onde formavam pirâmides de onde jorravam e cascatas de Champagne, enquanto Ginger e Fred dançavam ao som de Porter ou Gershwin. Esta taça, diz a lenda, teria sido moldada nos seios da rainha Maria Antonieta. Glamour à parte, nos espumantes tudo gira em torno da perlage, o conjunto de pequenas bolhas que brotam do fundo da taça e o formato de boca larga desta taça não facilita a formação de espuma, deixando fugir todos os aromas, além de a pequena altura não permitir o correto desprendimento das bolhas.

Flûte – o formato mais aceito hoje é flute, ou “flauta”, estreita e comprida, para que, com sua pequena superfície de evaporação, conserve melhor o gás. Por este mesmo motivo não é recomendado “girar” a flute ao degustar. O ideal é enchê-la em ao menos dois terços, para que se possa apreciar melhor a coreografia das pérolas que sobem. A flûte privilegia o aspecto visual, pois as bolhas podem ser vistas subindo lindamente. Seu formato estreito ajuda a manter as bolhas por mais tempo, pois a área de evaporação é menor. Para espumantes mais simples e jovens, leves e sem compromisso, o flûte é o ideal, por outro lado este formato não é adequado para espumantes mais complexos.

Copo de vinho de mesa: copos grandes de vinhos de mesa, tipo Bordeaux ou Borgonha podem ser muito bons também para espumantes e vêm sendo adotados por muitos restaurantes e produtores de vinho, pois privilegiam os aromas da bebida sem prejudicar sua perlage, bastando para isso que a quantidade servida de cada vez seja pequena. Este tipo de recipiente também ajuda a manter a temperatura do líquido, já que pouco é servido e a maioria da bebida permanece na garrafa, que pode estar em um balde com gelo.

Tulipa e novos modelos: Alguns produtores de copos como os já citados Riedel, Spiegelau e L’Esprit et le Vin já elaboraram copos dedicados aos espumantes mais encorpados e complexos, que merecem ter seus aromas evidenciados. Estes modelos parecem ser um meio termo entre o flûte e o copo do vinho de mesa, assemelhando-se a uma tulipa. São alongados como um flauta, porém alargam-se bastante antes de se fechar nas bordas. Alguns, também são pontudos em sua base, no fundo do copo, o que aumenta a liberação das bolinhas. Existe ainda um modelo, da L’Esprit et le Vin, da linha “Impitoyable”, de aparência exótica e com um algo mais. Além dos atributos descritos acima, possui superfície interna totalmente irregular, na forma de pequenos diamantes, o que, segundo o fabricante, aumenta a liberação das bolinhas. Nos espumantes, a liberação das bolinhas colabora muito para a liberação dos aromas dentro do copo, o que também é ajudado pelo espaço interno maior do recipiente. Este copo hight-tech só tem um defeito, seu alto custo, sai por US$ 99,50 cada unidade na Mistral.
O que fazer, então, com o belíssimo jogo de taças baixas de Champagne, feitas em cristal Baccarat rosa que você herdou? Ou com aqueles lindos cálices de base verde escuro, presente de casamento? A sugestão é: não seja radical e use-as, de preferência quando receber a visita de quem as presenteou. Tenha apenas a consciência de que não estará tirando o máximo proveito de sua bebida predileta.

Tomado: Champagne Louis Roederer - Brut Premier

Esse eu tomei!
Excelente Champagne. Seco na medida, ótimo aperitivo.
Perlage também na medida, muito sabor.
Esse é um dos meus preferidos, ao lado do Laurent-Perrier.
Tomei no domigo (25/04/2010), no primeiro almoço na casa nova do Rica e da Sá.
Tomaram: eu, a Gi, meus pais, os anfitriões e até vovó.
Atentem que esse é o champagne mais simples do mesmo produtor da consagrada "Cristal" (Rodrigão, ainda vamos tomar uma dessa!).
Tomamos em copos variados, meu pai preferiu uma daquelas taças à moda antiga, bem rasinhas. Como esta:

Dizem que este modelo de taça foi inventado por Luis XVI, reproduzindo o seio esquerdo (o do coração é claro) de sua esposa Maria Antonieta.
Agora, imagine se ele fosse casado com alguma mulher fruta... Seria uma magnum por taça...rs...
E quem inventou as taças tipo "flute"? Estava inspirado em quê? E você? Prefere champange em que tipo de copo, "flute" ou "Maria Antonieta"?
P.S.: Ze Olinto, a polêmica do sapato já está superada.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

D.O.M. é eleito o 18º melhor restaurante do mundo

Do site da UOL:

O chef Alex Atala conseguiu mais uma vez. O restaurante D.O.M. foi eleito o 18º melhor restaurante do mundo pelo S. Pellegrino World’s 50 Best Restaurants, promovido pela revista inglesa "Restaurant", que todos os anos premia os 50 melhores do planeta. O restaurante paulistano é o único da América do Sul a figurar nesse ranking.

"Este foi um ano diferente e atípico, com grandes subidas e descidas [entre os os melhores]. Estou muito satisfeito com essa colocação e muito feliz por mais uma vez estar entre os 50 melhores do mundo. Gostaria de ver mais sul-americanos e brasileiros neste prêmio", disse Atala, de Londres, onde recebeu o prêmio.

A lista dos melhores do mundo traz o D.O.M pelo quinto ano consecutivo. Em 2006, o restaurante ficou em 50ª; em 2007, em 38º lugar; em 2008, obteve a 40ª posição; e em 2009, ficou com o 24º lugar.

O restaurante dinamarquês Noma, comandado pelo chef René Redzepi em Copenhagen, foi eleito o melhor do planeta, ocupando o lugar do El Bulli, do chef catalão Ferran Adrià,que caiu para a segunda posição.

Veja abaixo a lista completa dos 50 melhores restaurantes do mundo:

1- Noma Denmark – Dinamarca
2- El Bulli – Espanha
3- The Fat Duck – Reino Unido
4- El Celler de Can Roca – Espanha
5- Mugaritz – Espanha
6- Osteria Francescana – Itália
7- Alinea – Estados Unidos
8- Daniel – Estados Unidos
9- Arzak – Espanha
10- Per Se – Estados Unidos
11- Le Chateaubriand – França
12- La Colombe – África do Sul
13- Pierre Gagnaire – França
14- Hotel de Ville – Suíça
15- Le Bernardin – Estados Unidos
16- L’Astrance – França
17- Hof van Cleve – Bélgica
18- D.O.M. – Brasil
19- Oud Sluis – Holanda
20- Le Calandre – Itália
21- Steirereck – Áustria
22- Vendome – Alemanha
23- Chez Dominique – Finlândia
24- Les Créations de Narisawa – Japão
25- Mathias Dahlgren – Suécia
26- Momofuku Ssam Bar – Estados Unidos
27- Quay – Austrália
28- Iggy’s – Cingapura
29- L'Atelier de Joel Rebuchon
30- Schloss Schauenstein – Suíça
31- Le Quartier Francais – África do Sul
32- The French Laundry – Estados Unidos
33- Martin Berasategui – Espanha
34- Aqua – Alemanha
35- Combal Zero – Itália
36- Dal Pescatore – Itália
37- De Librije – Holanda
38- Tetsuya’s – Austrália
39- Jaan par Andre – Cingapura
40- Il Canto – Itália
41- Alain Ducasse au Plaza Athenee – França
42- Oaxen Krog – Suécia
43- St John – Reino Unido
44- La Maison Troisgros – França
45- WD-50 – Estados Unidos
46- Biko – México
47- Die Schwarzwaldstube – Alemanha
48- Nihonryori RyuGin – Japão
49- Hibiscus – Reino Unido
50- Eleven Madison Park – Estados Unidos

O Champagne e a Maionese !! (nada em comum... ou quase)

Mais curiosidades sobre o Champagne:

O viticultor Claude Moët (o nome dispensa apresentações) foi o primeiro produtor da região de Champagne a se dedicar exclusivamente ao vinho champagne espumante - os demais ainda produziam paralelamente os tintos de mesa.

Por volta de 1750 Moët já produzia 50.000 garrafas do champagne espumante, por ano.

Claude Moët acabou fazendo amizade com diversas jovens que frequentavam o Palácio de Versalhes, entre elas a madame Pompadour, que era amante oficial de Luís XV (pois é, lá na França tinha esse negócio de amante oficial...):


A Madame adorava champagne e por isso o Luís XV virou um cliente assíduo do Moët, o que garantiu que a bebida fosse servida em todas as ocasiões importantes do palácio.

Até aí, o que a Maionese tem a ver com o champagne ???

Nada, não fosse uma história interessante relatada no livro dos Kladstrup, retirada de anotações e cartas de uma criada da Madame Pompadour, que acompanhava frequentemente as conversas dela com o Rei.

Numa dessas conversas, Luís XV faz um brinde, com champagne é claro, para comemorar a vitória de Richelieu na cidade de Mahon, na ilha de Menorca.

A Madame, já sorrindo muito - champagne faz milagre, brincou que o duque Richelieu conquista uma cidade com a mesma satisfação que seduz um mulher.

Luís XV registrou, no entanto, que Richelieu havia achado a conquista enfadonha, porque não havia mulheres na cidade e seu único consolo foi a bebida e a comida.

Foi quando, então, a Madame Pompadour relatou que o cozinheiro do Richelieu teve de fazer peripécias para cozinhar, pois na ilha não havia manteiga, nem creme, de modo que ele teve que preparar um molho usando apenas azeite e ovos.

Richelieu teria adorado o molho e o batizou de "Mahonaise", em homenagem à cidade de Mahon.

Ou seja, a maionese vem de Mahonaise, sendo fruto da criatividade de um cozinheiro com falta de ingredientes para um molho.

E o que isso tem a ver com o Champagne ???

Nada, nada mesmo. Apenas que o Champagne é sempre motivo para boas conversas e histórias...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Champagne e a Máscara de Ferro


Por muito tempo os produtores de champagne não conseguiam controlar de forma eficaz a formação do gás carbônico na bebida, elemento que lhe dá a efervecência e o perlage.

Em razão disso, a concentração do gás carbônico muitas vezes se elevava demais, especialmente porque após o inverno - com o aumento da temperatura local - o vinho entrava em um segundo processo de fermentação.

Esse excesso de gás carbônico fazia com que muitas garrafas explodissem. Os produtores chegavam a perder, por esta razão, de 20% a absurdos 90% das garrafas de champagne. Um verdadeiro desperdício.

Porém, o curioso é que entre os produtores o champagne acabou ficando conhecido como "Vinho do Diabo", sendo que ninguém tinha coragem de entrar na adega sem primeiro colocar uma máscara de ferro.

As máscaras eram uma versão mais tosca das atuais máscaras de hockey.

Assim, os produtores andavam pelas adegas com máscaras de ferro, o que não evitava que a maioria deles tivesse cicatrizes próximas aos olhos e nas mãos.

Era realmente um inferno borbulhante....

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Champagne - mais curiosidades

Seguindo com as curiosidades sobre o Champagne e a Champagne, faço agora uma homenagem para a Taci linda, minha russinha preferida.
Um dos primeiros países a comprar e a consumir quantidades relevantes do champagne espumante foi a Rússia. Por um bom tempo o mercado russo foi o maior importador da bebida, e parece que até hoje o champagne faz sucesso por lá.
Segundo o livro dos Kladstrup, Pedro o Grande levava quatro garrafas para a cama com ele toda a noite. E sua filha Elizabeth - czarina, tornou-se a primeira governante a determinar que o champagne fosse o vinho oficial dos brindes, substituindo o tokay (Tokaji, da Hungria).
E finalmente, mas não menos importante e curioso, a famosa Czarina Catarina, cujo apetite sexual é lendário, usava o champagne para fortificar seus jovens oficiais...que depravação...que delícia de bebida...

Tomado: Crozes-Hermitage 2005, Guigal

Esse eu tomei!
No almoço de 21/04, com meu pai, minha irmã e meu cunhado, na agradável La Brasserie do Erick Jacquin.
O restaurante é muito bom, comi (e o Pecchiae também) um pato na panela que, para mim, foi o melhor pato que já provei. Vinha com molho rotî - com muito alho - e purê de batatas. O preparo, segundo o Chef, leva quase 2 dias, de modo que a carne do pato (normalmente dura) ficou extreemamente macia e saborosa, dava para cortar com o garfo.
O vinho: Um vinho feito predominantemente (não sei se é 100%) com a casta Syrah, da melhor região do mundo para esta uva, o Rhône, na França. Este produtor (E. Guigal) é um dos mais reconhecidos da região e realmente faz vinhos excelentes e equilibrados - já tomei seu Chateauneuf du Pape, que é divino.
A coloração é vermelho forte, o aroma de frutas vermelhas muito fresco, e no sabor também muito frutado, com uma sensação de vinho encorpado que acaba com um final macio e leve. Muito equilibrado.
Muito bom mesmo, fazia tempo que não tomava um vinho do Rhône, preciso voltar a este hábito...

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Champagne e o Champagne - Curiosidades

Há muito tempo que ouço meu pai falar, quando quer galantear sua esposa, minha mãe, que tomaria champagne no sapato dela.
Sempre achei a história engraçada e isso sempre foi motivo de piadas, inclusive daquelas bem escatológicas. Afinal, a prática não parece ser das mais higiênicas.
Achei que esse papinho, bem xaveco mesmo, era algo original, mas fui surpreendido ao ler um trecho do livro dos Kladstrup, do qual já postei alguns trechos por aqui.
Quando os autores, Don e Petie, estão contando fatos que fizeram com que o Champagne fosse considerado uma bebida charmosa, perfeita para comemorações e grandes brindes, mencionam que após o Champagne começar a ser bebido em baladas, orgias e outras festas animadas na França, dois ingleses inovaram: em Londres, "passeando" como uma fille de joie ("mulher da vida" em tradução livre), um dos ingleses retirou o sapato da moça e, para galanteá-la, encheu-o de champagne e bebeu à sua saúde. Pior que isso, ordenou que o sapato fosse temperado, frito à milanesa e misturado com o cozido servido na ceia.
Tudo muito bonito para contribuir com o mito do Champagne, mas, cá para nós, esses ingleses foram bem sem naipe - se é que realmente fizeram isso...

Tomado: Tokaji Furmint Late Harvest 2008

Esse eu tomei!
Foi o vinho de sobremesa do dia 17/04, para finalizar a noite com chave de ouro.
E a chave foi de ouro mesmo, um vinho que nos surpreendeu positivamente, uma delícia. Precisamos provar os mais refinados Tokaji, que devem ser espetaculares.
Este Late Harvest, que abre a linha, tem aromas cítricos, boa leveza, com um final bem adocicado, mas redondo, sem exageros. Tem final de boca muito persistente e acompanhou maravilhosamente bem o sorvete de Bailey's da Haagen-Dazs que tinha em casa.
Vinhos de sobremesa, especialmente como esse, estão se tornando uma paixão para mim! Muito bom mesmo.
PS: Carlão pagou cerca de 70 reais, bom custo/benefício para a qualidade que tem.

Tomado: Savigny-les-Beaune 2006, Domaine Pavelot

Esse eu tomei!
Em 17/04, depois do Vinho Twix.
Foi um contraste enorme. Para aliviar a boca enjoada de tanta fruta e caramelo, abrimos esse bom vinho da Borgonha, presente de aniversário que ganhei do amigo e também enófilo Marcel, o Dr. Braga. Acompanhou uma pizza de mozzarella regada a muito azeite italiano.
O vinho: Como esperado, um vinho extremamente leve e delicado. Os borgonhas de Beaune são ainda mais leves que os demais, mas tem boa complexidade e um sabor de fruta muito agradável.
É também um vinho muito fácil de beber, mas não pela doçura ou maciez, mas pela acidez perfeita e pela delicadeza. Adoro borgonhas !!
Sem falar no perfume que tem o vinho...Muito bom.
PS: A Giovana colaborou muito nesta garrafa, já ficou claro que os borgonhas são seus preferidos...

Tomado: Bohemian Highway Cabernet Sauvignon 2005 (O Vinho TWIX)

Esse eu tomei!
Com o Carlão, comendo uns queijinhos e castanhas.
Esse o Carlão comprou na Empório Mercantil, mas a importadora é a Vinci (R$ 44,00). Foi indicação do vendedor, já que queríamos experimentar um californiano, a começar por um exemplar mais em conta, para irmos 'evoluindo'.
A proposta deste vinho, como descrito no catálogo da Vinci, é ser moderno, fresco e fácil de beber.
Acho que, nesse sentido, o vinho atingiu seu objetivo.
No entanto, para nós foi uma experiência inédita. Ao sacar a rolha os aromas já não se continham, foi só despejar o vinho em três taças (vide a foto) e de longe já sentia os aromas abundantes do vinho. Aroma de caramelo bem forte, com um toque de chocolate. Desconfiamos que isso não é só fruto de descanso em madeira nova, não é possível que sem uma essência de "baunilha" o vinho tenha chegado nesse cheiro forte e marcante. Apostamos que há alguma correção ou intervenção 'externa' do produtor.
A primeira taça até que nos pareceu simpática, vinho macio, frutado e com sabor de caramelo predominante. Acidez baixíssima.
Realmente uma baba de beber, desce sem perceber, daqueles vinhos quase doces que você usa para embebedar uma namoradinha que está miguelando...
Em resumo, o vinho tem sabor de TWIX, aquele chocolate do comercial: "Caramelo!", "Chocolate!", "Biscoito!".
Na segunda taça já estava enjoativo. Não dá sinal de terroir, nem mesmo depois de um bom tempo de respiro - o abaunilhado ainda aumentou.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tomado: Champagne Piper-Heidsieck brut

Esse eu tomei! De novo!!
Em 17/04, para comemorar a inauguração da minha nova adega para tintos (ao fundo) e para estreiar a taça de champagne "Sommelier" que a Taci me deu de aniversário (mais à frente).
Já havia postado esse champagne, mas não poderia deixar de postar de novo, não só pelas circunstâncias acima narradas, mas como também pela qualidade que tem esse espumante. É bem seco, com muita perlage, excelente para aperitivar.
Como diria o Ronald McDonald's, amo muito tudo isso !

domingo, 18 de abril de 2010

Tomado: Catena Malbec 2007

Esse eu tomei!
Em 17/04, no restaurante Per Paolo Jérôme Ferrer (antigo La Pasta Gialla), do Shop. Morumbi, onde a Sofia linda e desdentada (vide foto) quis almoçar. Ela adora o raviole de muzzarela ao sugo.
Pedi esssa meia garrafa do Catena porque sei que esse é um vinho que se mantém num bom padrão em qualquer safra, um vinho sem muita complexidade, mas que sempre agrada.
Foi uma ótima pedida, aromas bem frutados com um leve toque de especiarias. Sabor também muito frutado, com bom corpo e boa persistência. Final de boca aveludado, com aquele leve docinho de madeira no fim (o doce não é tão forte como ocorre com muitos chilenos e argentino, porque o Catena não usa 100% de madeira nova, usa cerca de 30% apenas).
Vinho bem honesto, fácil de beber, ótimo para o dia a dia.
Na Mistral custa R$ 51,18 a garrafa de 750 ml.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Estamos no Twitter!

Isso mesmo. Esse eu tomei! Agora no twitter.
Procure-nos por "Esse eu tomei!" e siga-nos.

Tomaram: Porto Kopke Colheita 1976

Esse Tomaram!
Foi o Edu Nobre. É outro Tawny safrado (colheita) da Kopke, como os 1975 e o 1980, que já postamos. Esse 1976 é do ano do nascimento do Edu.
O Edu, por enquanto, limitou-se em dizer que foi o melhor porto que já tomou.
Aguardamos, ansiosamente, por maiores comentários. Nossa experiência tem mostrado que estes vinhos variam muito de uma safra para outra.

Tomado: Copa Real Oro - Tempranillo 2005

Esse eu tomei!
Foi outro que tomamos dia 08/04/2010 lá em casa.
Essa foi a última garrafa do lote que comprei para a balada do meu aniversário em agosto do ano passado.
Um excelente custo benefício, custa R$ 30,00 na Mistral.
É um vinho bem amadeirado (6 meses de carvalho americano) e bastante frutado. 100% tempranillo.
Uma ótima dica para um vinho de bom custo/benefício.
Quero ter sempre desses na minha adega.
Bem melhor que o Alamos. Prova que há vinhos baratos com qualidade e personalidade.

P.S.: Vejam a Estelinha no fundo da foto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tomado: Alamos Malbec 2008

Esse eu tomei!
Como se vê na foto, mais um tomado com o Broka lá em casa (08/04/2010).
Este é um velho conhecido, como já era a terceira garrafa da noite...
O Alamos é a linha mais simples do Catena, um vinho de proposta bem comercial, mas bastante honesto.
É exatamente o que se espera: álcool potável gostozinho.
Pode-se dizer que é um vinho "Skol": Desce redondo! Mas não acrescenta muita coisa.
"Coca-cola wine".
Como bem observou o Broka: "Num dá conversa."
Uma coisa que me chamou a atenção é que embora fosse bem jovem, 2008, tinha uma grande quantidade de borra, muita mesmo, chegou a ser desagradável no final da garrafa. Ora, seria muita pretensão ter que decantar um vinho desse!
Custa R$ 28,00 na Mistral. É um bom vinho pra festa, não faz feio.

Taça Oficial dos Espumantes Brasileiros

Li há pouco no blog Vivinhos que a Embrapa juntamente com a Associação Brasileira de Enologia (ABE) e a Strauss desenvoveram uma taça especial para os espumantes brasileiros.

Como adoro espumantes, achei a notícia muito interessante. Quem quiser ver como é a taça, que eu achei muito bonita, veja no link:

http://www.embrapa.br/embrapa/imprensa/noticias/2009/outubro/3a-semana/espumante-brasileiro-ganha-taca-oficial

Tomado: Edizione Cinque Autoctoni 2006, Farnese

Esse foi o último vinho do jantar de 10/04, no restaurante Vino, em São Paulo. O vinho foi decantado logo no início da refeição, de modo que o tomamos cerca de 90 minutos depois, já que antes tomamos o Herdade do Esporão Brut e o Rosso de Montalcino.
O vinho chegou à mesa bem perfumado, com aromas de frutas e vegetais. A cor era muito profunda e o vinho com bom corpo, taninos na medida. O final de boca bastante longo e levemente adocicado. Achei-o muito elegante e complexo. Um ótimo vinho feito em Abruzzo, com 5 variedades de uvas italianas: Malvasia Nera, Montepulciano, Negroamaro, Primitivo e Sangiovese.
Esse foi sugestão do Marcel. É vendido por R$ 160,00 na Vino.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Tomado: Surazo Reserva 5 Big Reds 2003

Esse eu tomei!
Foi na quinta-feira passada (8/04/2010) lá em casa com o Broka e a Gi.
Adquirido no Empório Mercantil por indicação do vendedor.
Bom... um pouco adocicado demais para o meu gosto. O que mais me chamou a atenção neste vinho é que ele tem sabor herbácio, diferente, o Broka também notou. Embora seja um vinho de baixo custo (+/- R$ 50,00), tem personalidade! Um bom vinho para receber a galera e acompanhar uma pizza.
Madeira na medida e um pouco alcoólico no final.
Um vinho "legal", despretensioso, divertido, fora dos padrões.
É um corte de Merlot 30%, Cabernet Sauvignon 40%, Carmenere 20%, Syrah 5% e Malbec 5%, por isso "5 big reds".

Tomado: Rosso di Montalcino Renieri 2005

Esse eu tomei!
Foi o segundo vinho que tomamos no restaurante Vino, em 10/04.
Foi uma grata surpresa, melhor que muito brunello genérico que já tomei (só se sabe que não é um brunello pela leveza um pouco maior deste rosso, mais "suave"). Esse Rosso é bem frutado, saboroso, um veludo no final de boca. Agradabilíssimo.
Ótimo vinho.

Tomado: Espumante Herdade do Esporão brut 2004

Esse eu tomei!
Foi a abertura de um bom jantar que tivemos (Eu, Taci, Carlão, Gi, Marcel, Dani, Maurício e mauren) no restaurante Vino, em SP, no sábado, 10/04.
Um ótimo espumante, bem seco, perlage firme, muito bom.
Só achei o preço salgado demais (R$ 110,00), e não vale dizer que foi preço de restaurante, porque o bacana do "Vino" é que é uma loja de vinhos em que você pode comer com muito conforto, escolhendo os vinhos do catálogo e pagando o mesmo preço da venda "para viagem"...

Tomado: Porto Kopke Colheita 1975

Esse eu tomei!
Encerrando as festividades dos meus 35 anos, abri esta garrafa de Porto que trouxe de Portugal exatamente para esta ocasião.
Um vinho espetacular, com coloração bem âmbar, já tendendo para aquela cor de caramelo.
Aromas de amêndoas (predominante) e mais muitas outras coisas que não ouso listar, até porque o importante é saber que o "cheiro" era muito bom e complexo!
No sabor era leve, mas com um final de boca bem caramelado e doce, dava até a impressão de açúcar cristalizado. A persistência na boca parecia infinita, o gosto permaneceu minutos, mesmo tomando um café depois.
Realmente um vinho do porto excelente e diferente do Kopke Colheita 1980 que tomamos, que também era um espetáculo. Este 1975 tinha no aroma e no sabor uma impressão um pouco mais forte de álcool (apesar da leveza), que segundo o Carlão ajudou a armonizar com o bolo de creme e morango que o acompanhou. Concordo.
Para finalizar, uma foto da garrafa e do aniversariante:

PS: Pena que a garrafa não durou 30 minutos, graças à colaboração dos amigos Carlos, Marcel, Pedroso, Chede, Giovana, Luciana, Daniela, e aos parentes Vasco, Guiomar, Elsa e Taci linda.

Tomado: D.V. Catena Syrah-Syrah 2005

Esse eu tomei!
Este foi o vinho que escolhi para acompanhar o jantar do meu aniversário, no restaurante Othelo, no Campo Belo.
É mais um dos vinhos honestos e bem feitos da bodega Catena. A peculiaridade deste vinho é que ele é feito com uvas Syrah de dois vinhedos distintos, por isso o nome Syrah-Syrah.
O vinho: Coloração bem rubi. Aromas de frutas vermelhas. No sabor me pareceu no ponto certo de envelhecimento, enche a boca, mas com leveza, sem agredir, tendo bom e persistente final. Há ainda um certo toque adocicado no final de boca (que desagradou um pouco o Carlão).
Detalhe: Apesar de ter achado a carta de vinhos do Othelo um pouco restrita, especialmente em relação aos vinhos europeus, os preços são muito honestos. Este DV é vendido na Mistral por R$ 61,42, e no Othelo passa para honestos R$ 85,00.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Esse eu tomei em festa!

Hoje comemora-se em toda a América Latina e imediações o aniversário do nosso grande "tomador" D. Rodrigo Campos, um grande amigo com quem tenho a honra de dividir não só este espaço, mas a grande maioria dos vinhos que tenho tomado.
Rodrigão, felicidades pra vc e que nos próximos anos continuemos curtindo a vida e tomando tudo do bom e do melhor.
Memento Mori et Carpe diem!
Imagem registrada na Capela dos Ossos, em Évora, quando D. Rodrigo reverenciava aquele templo à transitoriedade da vida.

Tomado: Viña Tarapacá Terroir Late Harvest 2008

Esse eu tomei!

Com um pavê de maracujá muito bom que a Giovana fez, no almoço do dia 10/04.

Foi um vinho que me impressionou muito. E a todos que tomaram (Carlos, Cadú e Alexandre)

Primeiro porque não passa de R$ 30,00 a garrafa.

Segundo porque este corte de Sauvignon Blanc e Gewurztraminer gerou um vinho muito perfumado, cítrico, com um sabor leve e macio. Excelente custo benefício.

Tem um final de boca bem docinho e agradável, sem exageros ou qualquer rastro de amargor.

Recomendo para as sobremesas do dia a dia.

Tomado: Heartland Stickleback 2008

Esse eu tomei!
Foi o último (finalmente) vinho que tomamos em 09/04, no jantar promovido pelo casal Pecchiae e Thaís.
Depois de Familia Gascón, Brunello, Almaviva e EPU, veio esse Australiano para, literalmente, dar uma porrada no nosso paladar.
Trata-se de um vinho bem encorpado, com aromas tostados com um toque de carvalho. O vinho é bom, mas especialmente após tudo o que tomamos, pareceu-me muito forte e com o final um pouco alcoólico demais.
Não faz muito meu estilo, mas para acompanhar comidas fortes deve cair bem (nessa ocasião já o tomamos após a refeição...).
É vendido na Grand Cru por R$ 46,00.
O interessante é ver a composição das castas deste vinho: Shiraz, Cabernet Sauvignon, Dolcetto e Lagrein:

Tomado: EPU 2001

Esse eu tomei!
Depois de tomarmos o Almaviva 2002, o Pecchiae, no jantar de 09/04, resolveu abrir o EPU 2001, que nada mais é do que o segundo vinho da Almaviva. Esta garrafa também foi adquirida na vinícola. É muito mais barato que o Almaviva e também é um excelente vinho.
Primeiro preciso registrar que, ao abrir o EPU, o Pecchiae derrubou o saca-rolhas sobre sua taça de vinho, que ainda carregava uma boa dose do Almaviva 2002. Foi uma quebradeira, vinho para todo lado...uma pena, mas deu para rir.
O vinho: O EPU é um vinho de bom corpo, daqueles de encher a boca, mantendo longa persistência. Seus aromas são de frutas maduras com um leve tostado. Final bem redondinho.
Em resumo, sem firulas, é um ótimo vinho, mas muito difícil de encontrar à venda fora do Chile.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Tomaram: Convento da Vila - Colheita Selecionada 2002

Esse tomaram!
Foi o Broka e a sua Sra.
Vejam as impressões do casal:
"Vinho encorpado, robusto. Caiu muito bem c/ risoto de calabreza, pancheta, tomati pelati e alecrim, d produção a 4 mãos. Considerando-se o RJ, vale gelá-lo um pouco e então decantá-lo p/ uma apreciação mais agradável. Bjs, Broka e Jú"
É do mesmo produtor do Borba Reserva "Rótulo de Cortiça" que já é nosso velho conhecido.
Deve, realmente, ter caído muito bem o "risotinho light" que vocês fizeram. Pra um risoto destes só mesmo um lusitano porrada como imagino que é esse vinho.

Tomado: Hautes Côtes de Nuits - Louis Auguste 2006 - David Duband

Esse eu tomei!
Mais um tomado na casa do Edu (27/03/2010). Na sequência do Côtes de Nuits do mesmo produtor.
Não contente com os vinhos que ele já tinha aberto, o Edu resolveu subir ainda mais o nível da brincadeira (e consequentemente o nosso nível de "embriagamento").
Esse, obviamente, estava ainda melhor que o primeiro.
Um pouco mais denso, mais frutado e muito mais complexo. Uma explosão de sabores, não dá nem pra descrever.
Igualmente tão redondo quanto o anterior.
Belo vinho.

Tomado: Côte de Nuits-Villages - David Duband 2004

Esse eu tomei!
Foi lá na casa da Edu, dia 27/03/2010, um dia de grande "embriagamento".
Na casa do Edu sempre se toma bons vinhos. Esse não foi diferente.
Excelente Borgonha, leve, redondo... uma delícia... tivemos que tomar mais de uma garrafa.
Esse é daqueles que a Giovana gosta, ela e a Laura detonaram as garrafas (rs...).

Homenagem ao Champagne e à Champagne

Continuando as minhas homenagens aos Champagnes (bebida e região), transcrevo a seguir um trecho muito interessante do livro dos Kladstrup, onde é relatado a origem do espumante mais famoso (e gostoso) do mundo:

"Dom Pérignon tem sido frequentemente reconhecido como "quem inventou o champanhe". Na verdade, ninguém inventou o champanhe; ele se inventou. Todos os vinhos começa a borbulhar quando as uvas são prensadas. Fungos da casca das uvas entram em contato com o açúcar do suco, convertendo-o em álcool e gás carbônico, num processo conhecido como fermentação. Em regiões vinícolas mais frias, como a Champagne, os fungos ficam inativos durante o inverno, antes que todo o açúcar esteja fermentado. Na primavera, eles se reativam e continuam a agir sobre o açúcar não convertido, dando origem a mais álcool e gás carbônico, que emergem sob a forma de bolhas.

Na época de Dom Pérignon, ninguém conhecia os fungos; eles permaneceriam um mistério durante mais de dois séculos, até que Louis Pasteur os descobrisse. As bolhas eram consideradsa um defeito, um capricho perverso da natureza, e Dom Pérignon trabalhava com afinco para eliminá-las. Um vinho efervescente era inaceitável não somente para a missa, mas também para as massas, que estavam acostumadas a beber vinho não-espumante. Ainda assim, devido ao clima da Champagne, a fermentação era frequentemente um problema. Os comerciantes avisavam aos consumidores: "Bebam antes da Páscoa, antes da primavera, quando o clima esquenta e o vinho começa de novo a efervescer.""


Se você souber uma frase ou uma curiosidade sobre o Champagne ou a Champagne, comente esse post. Seu comentário poderá ser usado em futuras homenagens...

Tomado: Tomaresca 2006


Esse eu tomei!
Esta foi a última garrafa da caixa que eu tinha comprado desse vinho.
Foi tomada na minha casa na companhia da Gi e do Broka na última quinta-feira. Tomamos de aperitivo, enquanto eu preparava um rango.
É um vinho daqueles que pode-se chamar de "honesto", atende ao que se propõe, não é um grande vinho mas é muito agradável.
É feito na região de Puglia na Itália (fica no salto da bota) e os vinhedos são da famosa família Antinori. Sua composição é 40% Negroamora, 30 % Primitivo e 30% Cabernet Sauvignon. Apesar das uvas italianas é um vinho bem redondo, com uma proposta nitidamente comercial, porém, fora do lugar comum do gosto de madeira.
Comprei na Mistral faz algum tempo, não me lembro quanto paguei, no site não consta mais, só sei que não foi um vinho caro.

Tomaram: Marqués de Tomares Excellence Série 3F 2006

Esse tomaram!

Colaboração do Marcello Pedroso. Vinho de Rioja, Espanha, feito com 90% de Tempranillo e 10% de Graciano.

Impressões do Marcello:
"Tomei esse vinho espanhol no restaurante 'Abuelo - Parrillas y Tradición'. Vinho encorpado, consistente, frutado (amora), pouquíssimo barril. Custo benefício excelente."

domingo, 11 de abril de 2010

Tomado: Almaviva 2002

Esse eu tomei!

Depois do Brunello La Rasina, o Pecchiae resolveu estourar a boca do balão e trouxe à mesa a preciosidade de sua adega: o Almaviva 2002 comprado diretamente na vinícula e carregado durante dias pela Ilha de Páscoa e Tahiti, em plena lua de mel...

O vinho dispensaria comentários, mas não resisto em falar algumas palavras, até porque fazia um bom tempo que eu não tomava um Almaviva.

É um veludo, no melhor sentido do que um vinho possa parecer com um veludo. Realmente lembra muito um bordeaux de primeira linha.

Um corpo harmônico e perfeito, com muita fruta e madeira na medida.

Excelente. Realmente um dos melhores vinhos do Chile e da América do Sul.

Ficou até difícil tomar os vinhos seguintes servidos com o jantar do dia 09/04.

A propósito, salvo engano meu amigo Marcello Pedroso tem um Almaviva 1996 esperando na adega. Aguardo anciosamente uma oportunidade para tomarmos ele.

Tomado: Brunello di Montalcino La Rasina Il Divasco 2003

Esse eu tomei!
Foi o segundo vinho da noite, o primeiro que tomamos (Eu, Taci, Zé Olinto, Elsa, Pecchiae e Thaís) com o risoto de limão e o lombo assado pelo Pecs.
Este brunello já estava bem leve, mas muito complexo nos aromas e sabores. Acabou dando uma impressão de frescura, porém com boa persistência.
Muito bom. Daquele tipo de vinho bem equilibrado, macio, gostoso de tomar.
Mas quem tiver uma garrafa é melhor abrir, pois já está no ponto.

Tomado: Escorihuela Família Gascón Cabernet Sauvignon 2008

Esse eu tomei!
Dia 09/04, aperitivando na casa da minha irmã Thaís, antes de apreciar o lombo de porco que meu cunhado cozinhou com muito sucesso.
Um vinho argentino que, apesar de 12 meses em carvalho, manteve a madeira no ponto, ressaltando o sabor da fruta, com bastante potência.
Sem muita complexidade, mas agradável.
Vi agora no site da Grand Cru que a garrafa custa R$ 29,00, o que para mim tornou o vinho ainda melhor.
Uma excelente relação de Custo/Benefício. Excelente mesmo.

sábado, 10 de abril de 2010

Homenagem ao Champagne e à Champagne

Acho que já disse isso algumas vezes aqui nesse blog, mas não custa repetir que sou um apaixonado por Champagnes e, porque não, pela região da Champagne.

E, coincidentemente, depois de ter lido o ótimo livro "Vinho e Guerra", agora resolvi começar a ler o "Champanhe, como o mais sofisticado dos vinhos venceu a guerra e os tempos difíceis", dos mesmos autores, Don e Petie Kladstrup.

Ao começar a ler relembrei como há dezenas, quiçá milhares, de frases a respeito do Champagne, essa bebida que para mim é o maior dos elixires.

Então resolvi iniciar uma série de homenagens ao Champagne (vinho) e à Champagne (região), transcrevendo aqui frases interessantes sobre eles.

Começo agora com uma frase transcrita no livro dos Kladstrup, atribuída a Lily Bollinger (uma das damas produtoras da região, da famosa "Bollinger" - a preferida do 007):

"BEBO CHAMPAGNE QUANDO ESTOU ALEGRE E QUANDO ESTOU TRISTE. ALGUMAS VEZES, BEBO QUANDO ESTOU SOZINHA. SE ESTOU ACOMPANHADA, CONSIDERO-O OBRIGATÓRIO. BEBO UNS GOLINHOS QUANDO ESTOU COM FOME. FORA ISSO, NÃO TOCO NELE - A NÃO SER, É CLARO, QUE ESTEJA COM SEDE."

Se você souber uma frase ou uma curiosidade sobre o Champagne ou a Champagne, comente esse post. Seu comentário poderá ser usado em futuras homenagens...

Tomado: Aveleda Follies Touriga Nacional 2005

Esse eu tomei!
No já tradicional almoço de sexta-feira no Adega Santiago, acompanhado do enófilo e amigo Marcello Pedroso e de fraldinhas com batatas (muito boas, aliás).
Ao abrir a garrafa já deu para sentir que era um vinho intenso, cor escura, aromas de frutas negras e muita madeira presente. Na boca se apresentou encorpado, mas com um final macio, em razão da arredondada do carvalho - onde ficou 12 meses.
Na última taça já estava bem melhor, dava para sentir mais a fruta e um leve floral da touriga nacional, com menos madeira.
Ainda assim achei um bairrada muito diferente, dada a intensidade da madeira.
Porém, ainda prefiro os portugueses com mais personalidade e menos arredondamento de madeira.
Ou seja, bom vinho, nada para reclamar, acompanhou bem a comida, mas me decepcionou um pouco pela falta de terroir.
A importação para o Brasil é feita pela Interfood (http://www.interfood.com.br/vinhos/classics_fol_tou.html), não consta o preço, mas acho que deve custar cerca de 70 reais (no restaurante foi bem mais caro, infelizmente).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tomado: Tosca Chianti Colli Senesi Meia-Garrafa - Tenuta Valdipiatta 2006

Esse eu tomei!
Em continuação ao almoço com o Tatá no Paris 6.
O papo tava bom... a primeira garrafa redonda... decidimos pedir mais meia-garrafa.
Também foi uma ótima pedida. Um Chianti simples que caiu muito bem, encorpado na medida, equilibrado, gostoso. É composto por 90% Prugnolo Gentile (Sangiovese), 10% Canaiolo Nero. Também importado pela Zahil, tem bom custo/benefício, R$ 35,00 a meia-garrafa e R$ 59,00 a garrafa de 750ml. É um vinho que quero ter na minha adega.
Grande tarde.

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