terça-feira, 25 de maio de 2010

Justiça seja feita. "Re-tomado": Sandeman Tawny 10 anos


Esse eu tomei no almoço de Páscoa na casa do meu pai (04/04/2010) e, naquela ocasião, achei muito abaixo das minhas expectativas (vide post). Na semana passada (18/05/2010), voltei na casa do meu pai e garrafa ainda estava por lá. Resolvi tomá-lo mais uma vez.
E não é que me pareceu que o vinho melhorou! Não que tenha se tornado um ótimo 10 anos, mas estava melhor que da última vez. Continua uma decepção, mas pelo menos desapareceu aquele gosto de xarope que eu tinha anotado.
Sinceramente, não sei o que ocorreu. Nunca ouvi dizer que os portos "melhoram" depois de abertos, muito pelo contrário. É fato que os tawnys aguentam mais tempo depois da garrafa ser aberta, mas não muito, e mesmo assim nunca ouvi dizer que poderiam melhorar. Pois esse melhorou muito.
Vai saber, talvez eu que não estivesse num dia bom quando o provei pela primeira vez. Mas tenho quase certeza que foi o vinho que melhorou, depois de mais de um mês com a garrafa aberta ele ficou mais leve e mais delicado.
Vou pesquisar sobre o tema.
Importante é anotar que minha impressão sobre ele mudou. Continua um dos piores 10 anos que já tomei, mas não tão ruim como anotei no primeiro post. Ressalte-se que, os tawnys 10 anos, mesmo os piores, são ainda muito bons.
Se o Carlão pai ainda não tiver matado a garrafa, da próxima vez que for lá prová-lo-ei novamente e noticio a evolução do caso.
Vinho é uma coisa louca mesmo...
P.S.: Olha a Bunita atrás da garrafa, já com carinha de sono... Era uma terça-feira e eu e meu pai já tínhamos tomado duas garrafas.

Tomado: Morandé Reserva Carmenere 2007


Esse eu tomei!
Ontem lá em casa, meia garrafa dessa garrafa inteira. A outra metade me aguarda para hoje à noite.
A Giovana tomou uma tacinha, inclusive só abri a garrafa por causa dela.
A Gi está com muita dor no pescoço, até chamei o Yamada (acupuntirista e massagista) lá em casa pra ver se dava um jeito na dor dela. Aproveitei e fiz uma sessão também.
Como a dor dela não passava, sugeri tomarmos uma tacinha de vinho pra relaxar... rs... Foi a desculpa que encontrei pra não me sentir mal em beber em plena segunda-feira, ainda bem que a Gi aderiu. Depois da massagem, relaxado, nada melhor que uma boa taça de vinho.
O vinho: Embora seja um vinho bastante simples, sem muitas pretensões, surpreendeu-me muito bem. Esperava um vinhozinho "padrão Chile", amadeirado, quase docinho, mas esse é muito mais que isso. Tem personalidade, com um sabor herbácio bastante presente e algo de apimentado. É, sem dúvida, um vinho muito curioso, diferente, bastante agradável e gostoso. Persistente. O corpo é típico dos chilenos: intenso, e o aroma delicioso.
Tinha feito uma sopa de carne e legumes bem leve, que não harmonizou nada com o vinho. É um vinho muito potente pra isso, deve ir melhor como uma carne assada ou com uma massa ao sugo. Mas isso não é um problema do vinho.
A única crítica que faço é com relação ao álcool que está um pouco desbalanciado, fazendo-se demasiadamente presente.
Enfim, pra quem esperava um vinho apenas tomável, esse me surpreendeu muito bem.
O mais impressinante é que custou apenas R$ 35,00! Foi mais uma ótima dica de compra do pessoal da Empório Mercantil. Partindo dos mais simples para os mais elaborados essa é a segunda linha da Morandé. A linha de entrada é a dos vinhos "Pioneiro" que custam apenas R$ 23,50.
Pesquisando por aí, verifiquei que o propritário da vinícola, Sr. Pablo Morandé, é um dos grandes expoentes da vinicultura chilena. Com certerza vou experimentar outros vinhos mais sofisticados dessa vinícola, especialmente o House of Morandé e o Late Harvest.
Esse, o Morandé Reserva Carmenere, é pra ter de monte em casa. Com certeza vai para nossa seleção de barganhas. É uma prova de que é possível se fazer vinho bom e barato sem cair no lugar comum.

Tomado: Porto Niepoort Senior Tawny

Esse eu tomei! E ainda estou tomando...a garrafa ainda não acabou.

Um excelente Porto Tawny, de coloração já bem clara, com aromas e sabores já bastante amendoados, além de toques de noz e frutas secas.

Fiquei impressionado porque normalmente os portos reserva, de 8 anos de envelhecimento, são mais frutados, mas esse aqui, se tivesse provado às cegas, diria que é um 10 anos ou mais. Está muito macio, leve, uma delícia.

Muito bom mesmo. À venda na Mistral por R$ 86,00.

Recomendo muito.

Tomaram: Châteauneuf-du-Pape Clos Saint Michel 2005

Colaboração do Marcello Pedroso.
Este vinho nós dois dividimos uma caixa, adquirido no Club du Taste-vin. Um belo Châteauneuf, com um bom custo (R$ 151,00). Aliás, para mim o Taste-vin tem o melhor custo/benefício em termos de vinhos franceses, trabalhando com pequenos produtores, com preços bons e produtos de alto nível, como esse belo exemplar do Rhône.
Achei os comentários do Pedroso até mesmo modestos, pois este é realmente um vinho de primeiríssima:
"Um Châteauneuf-du-Pape honestíssimo. Excelente aroma floral e um sabor levemente frutado, com um toque especial de pimenta. Pode ser servido, preferencialmente, com carne de caça um pouco mais pesada (vai muito bem com um pato, por exemplo). Safra 2005 e um preço muito honesto."

Tomaram: Altano 2007

Mais uma boa colaboração do Marcello Pedroso. Um vinho que eu já tomei e é realmente muito honesto, feito pelos famosos produtores de vinho do porto, Graham's. E tem bom custo/benefício, custa R$ 45,00 na Mistral.
Comentários do Marcello Pedroso:
"Grata surpresa que provei ontem no Ráscal (Al. Santos), recomendado pelo sommelier Mário, por quem fui muito bem atendido. Mix de Touriga Nacional e Touriga Franca, esse vinho da região do Douro me surpreendeu muito pelas suas caraterísticas. Frutas vermelhas que permanecem na boca por um bom tempo e pouco barril (safra 2007), foi excelente para acompanhar um ravioli de massa verde, recheado com mussarela de búfala ao molho pommodoro. Custo baixo, pelo que proporciona."

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