terça-feira, 22 de junho de 2010

Tomado: Herdeiros del Marqués de Riscal Reserva 2004


Esse eu tomei.
Agora no almoço com meu grande amigo e parceiro Edu Nobre.
Estivemos no restaurante Fuentes no Centro de São Paulo. Curioso e agradável restaurante espanhol.
Eu comi um delicioso Puchero (cozido à espanhola).
O vinho, trata-se de um clássico da Espanha, já havia tomado desse vinho em outras ocasiões, mas desta vez acho que acompanhou muito bem o prato.
É um vinho ao mesmo tempo robusto e delicado. Potente, aveludado, com muita madeira, porém equilibrado com a potência do fruta.
Grande pedida.

Arquivo: Porto Vasconcellos Vintage 1975

Esse eu tomei !
Essa garrafa, vazia, está em casa desde 2006. Sua história é bastante interessante e marcante para mim.
Em 2006 eu fui até a casa de um cliente - algo incomum no meu cotidiano, mas que aconteceu porque eu precisava entregar alguns documentos e a casa dele é próxima da minha - e lá chegando fui convidado para tomar um café.
Como esse cliente é muito simpático e já era final de tarde, aceitei o convite e entrei para tomar um café.
A casa, muito ampla, tinha um bar em uma das quinas da sala, com um balcão e uns 3 bancos.
Sentamos ao redor deste balcão e começamos a conversar sobre os documentos que estava entregando, até que o assunto se esgotou.
Nesse momento comecei a reparar nas várias garrafas e quadros com rótulos de vinhos consagrados dentro do bar, o que fez com que o assunto mudasse para o mundo dos vinhos.
Este cliente me relatou que consumia muitos vinhos, que viajava muito para a Itália e outros lugares da Europa, de onde trouxe diversas caixas de vinho durante a década de 80 e 90.
Foi quando eu reparei que em uma das prateleiras do bar, em destaque, havia uma garrafa fechada deste Porto Vintage 1975.
Não daria importância alguma a este fato, pois em 2006 ainda não tinha a menor afinidade com os Portos (apenas conhecia os básicos, de que não gostava muito), mas não pude deixar de comentar que 1975 era o ano de meu nascimento.
Ele então fez questão de abrir o vinho. Tentei me opor, dizendo que era uma raridade e que meu comentário não tinha essa intenção, mas ele retrucou que não ligava mais muito para esses vinhos raros e se 1975 era o ano do meu aniversário já havia um ótimo motivo para tomarmos o vinho.
Sua esposa ainda trouxe alguns queijos enquanto ele abria a garrafa.
Para mim foi uma grande surpresa, eu não conhecia quase nada de Porto e nunca tinha visto um vinho desse estilo com coloração vermelha clara e aromas leves e frutados. Parecia um vinho de mesa. Combinou incrivelmente com os queijos leves que tínhamos a nossa frente.
Achava que Porto se tomava apenas um cálice, mas acabamos tomando quase que a garrafa inteira.
No final das contas, este cliente ainda me levou para conhecer sua adega subterrânea, que tinha uns 10 metros quadrados e muitas raridades que ele sequer pretendia consumir, como meia dúzia de Château Margaux (1977 e outra safra que não lembro), uma caixa de Don Perignon 1982, além de muitos Chateauneufs e Barolos.
Uma adega incrível, no subterrâneo, algo difícil de se ver em São Paulo.
Na saída ainda me deu de presente um Barolo 1986, que já relatei aqui...
Foram meus melhores honorários !!
Alguns meses depois fui novamente na casa dele para entregar outros documentos e ele havia guardado a garrafa - agora vazia - para me dar. Ela está em casa em um lugar especial, ao lado do Kopke Colheita 1975 que tomei esse ano.
Posso dizer que esse Porto foi o primeiro passo rumo ao apaixonante vício dessas maravilhas do Douro !
Obrigado Oswaldo, mais que um cliente.

Tomaram: Tannat Viejo H. Stagnari 2007

Esse tomaram!

Nosso correspondente no Chile, Luiz Felipe, já de volta ao Brasil, levou para acampar uma das garrafas que trouxe de sua última viagem - que teve escala no Uruguai.

Com direito a fogueira e carne assada na brasa, o Luiz degustou e gostou muito do vinho Uruguaio. Suas impressões, muito bem colocadas, detalham mais essa aventura do nosso correspondente:
"Vinho tomado: Tannat Viejo (H. Stagnari), Safra 2007

Antes de passar as impressões deste vinho, gostaria de contar uma pequena história.

Saindo de Santiago e a caminho de Montevidéu, conheci um jovem casal de uruguaios (Saul e Sandra), no transfer (van) que nos levaria até o aeroporto. Fomos conversando sobre viagens, futebol, vinhos e etc. Sem dúvida uma ótima conversa, que só terminou quando entramos no portão de embarque do aeroporto.

Tive muita sorte de conhecê-los, porque, além da simpatia, perceberam que eu não tinha preparado nenhum roteiro para conhecer Montevidéu e muito menos teria reservado algum lugar para me hospedar.

O casal me indicou várias coisas para fazer e lugares para conhecer na cidade, sugerindo, inclusive, que não deixasse de comer um lanche chamado chivito (dá uma olhada no tamanho desse sanduiche).

Chegando ao aeroporto de Montevidéu, o casal me ofereceu uma carona para algum hotel e acabaram lembrando da existência de um albergue no bairro onde moram (umplugged hostel).

No caminho para o albergue, foram me mostrando os bairros e ruas mais movimentadas, que contornavam o Rio da Prata em uma bela paisagem. Quando chegamos ao albergue e fomos tirar as malas do carro, a mochila que estava com os vinhos comprados na Concha y Toro acabou caindo no chão, quebrando uma garrafa de vinho tinto feito com uvas orgânicas (não me lembro o nome). Passado o desespero de tirar tudo que estava na mochila, me despedi do casal e agradeci por toda ajuda que tinham me dado. Depois de uns 30 minutos, quando estava saindo do albergue para conhecer a cidade, encontrei novamente o Saul na recepção. Ele estava com uma garrafa de vinho na mão para substituir a que tinha quebrado e pediu para que lhe mandasse um e-mail para falar o que eu tinha achado do vinho: TANNAT VIEJO – Safra 2007.

Duas semanas depois dessa viagem, fui acampar em uma reserva ecológica a 80 km de São Paulo e aproveitei para tomar o vinho com queijo e carne assada na brasa da fogueira.

O vinho é realmente muito bom e merece ser considerado um dos seis melhores do mundo, muito encorpado e sem ser agressivo, uma ótima pedida para um bom churrasco. É altamente recomendado na maioria dos enoblogs.

Saul e Sandra, obrigado por toda ajuda e pelo ótimo vinho.

Abraços,

Luiz Felipe "

Valeu Luiz, mas você bem que podia ter deixado um gole para 'nóis' !
PS: Gostei da "Mirinda" que você tomou com o chivito...

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