domingo, 28 de fevereiro de 2010

Tomado: Surazo Late Harvest 2003

Esse eu tomei!
Acompanhou a sobremesa do jantar de ontem (27.02.2010), uma torta de gianduia com caramelo e bolacha champagne, Dobosch (Dobosch Torte) comprado na Confeitaria Christina (http://www.confeitariachristina.com.br/).
O vinho é um late harvest chileno também comprado na Empório Mercantil (http://www.emporiomercantil.com.br/), importado pela Porto Mediterrâneo (http://www.portomediterraneo.com.br/). É um vinho de sobremesa bem diferente de tudo que eu já tomei. Não tem nada a ver com os Sauternes que são a referência natural para os vinhos do tipo late harvest. Tem uma certa acidez, e é inegável o sabor de uva passa (“uva pobre” como diria o Luis Pato).
É produzido com as uvas semillon e riesling. Com a sobremesa ele harmonizou bem, não é um vinho que dê para ser tomado como aperitivo, exige um acompanhamento.
Valeu pela experiência, é sempre interessante tomar um vinho tão diferente.

Tomado: Abadal Crianza 2005

Esse eu tomei!
Foi o segundo vinho do jantar de ontem (27.02.2010). Acompanhou, e muito bem, o excelente risoto preparado pelo Frotinha.
Comprei ontem mesmo no Empório Mercantil (http://www.emporiomercantil.com.br/), mas é importado pela Decanter (http://www.decanter.com.br/).
É um crianza diferenciado, seja pela região em que é produzido, Pla de Bajes, não me lembro de ter tomado nada desta região; seja porque é feito com uvas de castas francesas, cabernet savignon e merlot. Os crianzas são usualmente feitos com uvas tempranillo.
Mantém a característica dos espanhóis, um pouquinho mais adocicado que os crianzas mais tradicionais. Madeira e fruta na medida. Excelente vinho. Bom custo benefício. Certamente tomaremos mais dele.

Tomado: Villa Borghetti (Valpolicella) 2008


Esse eu tomei!
Ontem (27.02.2010), aqui em casa com o chefe de cozinha Rodrigo Frota (vulgo Frotinha), a Isabela e a Giovana.
Foi o Frotinha quem trouxe, foi um dos vinhos que ele recebeu da Sociedade da Mesa (http://www.sociedadedamesa.com.br/).
A Sociedade da Mesa tem um programa em que os associados recebem mensalmente 6 garrafas de um vinho selecionado pela direção da sociedade.
O Frotinha é um dos precursores da sociedade e um entusiasta do programa. O objetivo do programa é garantir vinhos para o dia a dia dos associados. Empenham-se em buscar vinhos de excelente custo benefício, como é este Valpolicella.
O vinho: Trata-se de um vinho sem muitas pretensões, é um vinho simples. Porém, muito bem feito. Sem as enganações usuais da maioria dos vinhos destinados ao dia a dia. Nada de correções com adições ou madeira. É um vinho extremamente leve, agradável. Superou minhas expectativas para um Valpolicella. Os vinhos desta região, que encontramos no mercado brasileiro, são muito inferiores a este.
O vinho acompanhou bem o presunto espanhol que comemos enquanto o Frotinha preparava o seu risoto de calabresa com mussarela.
A última taça da garrafa foi destinada ao risoto.
Excelente custo benefício. Parabéns ao pessoal da Sociedade da Mesa.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tomados: AM (Abafado Molecular), Branco, Rosé e Tinto - Luis Pato

Esses eu tomei!
Com a Taci Linda, o Carlão e a Giovana, a convite e na companhia do produtor, o admirável Engenheiro Luis Pato (assim que ele é chamado lá).
Em janeiro, ao visitarmos a adega do Luis Pato, na Bairrada, tivemos o prazer de experimentar os vinhos que ele acabava de produzir e que ainda sequer estavam engarrafados para venda. O lançamento desses vinhos está programado para este ano, devendo chegar ao Brasil, através da Mistral, por volta de março/abril (espero que o preço seja bom, pois pretendo comprar uma caixa).
São vinhos leves e suavemente adocicados, sendo o tinto um pouco mais encorpado e peculiar. Todos são excelentes e ótimas opções para aperitivar ou mesmo para sobremesas leves.
A Taci e e Giovana adoraram especialmente o rosé, que tem uma coloração incrível e um sabor único - quem tiver preconceito com vinhos doces deve provar, vai mudar de idéia sobre o assunto. É muito melhor que qualquer colheita tardia da América do Sul.
Vale dizer que esses vinhos não são doces em razão de a colheita das uvas ter sido feita tardiamente (o Luis Pato não gosta dessa idéia de colher uva "podre"). O processo de produção é semelhante ao vinho do Porto, onde a fermentação é interrompida e mantém mais açúcar no vinho. Mas no caso dos AM não é inserido nenhum aguardante ou fortificante (como ocorre no Porto), por isso o vinho fica leve (9% a 10%).
Foi uma experiência incrível, até porque incluiu uma "aula" de aproximadamente 1 hora, em que pudemos 'dividir' nossas impressões sobre os vinhos portugueses com o Luis Pato. E ainda conhecemos sua garrafeira (adega para nós) pessoal:

Fica aqui também registrado nosso agradecimento à receptividade do Luis Pato e à atenção que nos foi dispensada em pleno sábado. Foi certamente a visita mais marcante que fizemos aos produtores de vinho de Portugal !

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tomado: Chateau Maucaillou 2001

Esse eu tomei!
Em 16/01/2010, almoçando no restaurante 'La Vagenende', no Boulevard Saint-Germain, em Paris, acompanhado do Charlon, Gi e Taci.

Só agora reparei que não tínhamos postado nenhum vinho de Bordeaux, uma das maiores e melhores regiões produtoras de vinho do mundo. Há tantos produtores e sub-regiões em Bordeaux que chega a ser difícil escolher um vinho de lá. Especialmente na França, onde as cartas trazem inúmeras opções.

Na média os vinhos de Bordeaux são muito bons, frutados, macios e com madeira na medida, apesar de alguns produtores já terem aderido ao padrão de mercado, com exposição excessiva de carvalho novo (gostinho de baunilha e chocolate).

As uvas mais comuns que compõe os vinhos de Bordeaux são a cabernet sauvignon, a merlot, a cabernet franc e a petit verdot. Alguns vinhos ainda contam com a Malbec (uva francesa que se tornou popular na Argentina) e a Carménère (popularizada no Chile). Normalmente os vinhos são um "blend" dessas uvas, com predominância de cabernet sauvignon em algumas regiões e de merlot em outras.

Normalmente são vinhos com boa capacidade de envelhecimento, especialmente os chamados de "Grands Chateaux" - caso do Chateau Lafite-Rothschild, Chateau Latour, Chateau Margaux, Chateau Mouton-Rothschild e Chateau Haut-Brion. Mas esses são vinhos caros demais (no Brasil pelo menos 1000 dólares, e de safras recentes), pois, apesar de excelentes, viraram fetiches de colecionadores.

O vinho: Este Bordeaux em particular foi simplesmente um show, um grande vinho, apesar de ser 2001 ainda tinha muita potência (aguentava tranquilamente mais uns anos de guarda) e muito sabor de fruta, além de um final macio e aveludado. Foi sugestão do garçon, que nos recomendou dizendo que era um de seus bordeaux preferidos e dos melhores do restaurante. Foi uma ótima pedida mesmo, pena que nunca vi esse vinho à venda em São Paulo.
Em tempo, na importadora Vinci vende-se a safra 1998 por R$ 78,23, mas é apenas meia garrafa...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Tomado: Porto Niepoort Tawny 10 anos

Esse eu tomei !
Durante o mês de fevereiro, em diversas ocasiões, partilhando com os Srs. Carlos, Vasco, José Olinto, Elsa, Taciana (talvez tenha esquecido alguém, mas tudo bem).
Da mesma forma como descrevi o Cálem 10 anos, o Niepoort também é uma referência em vinhos do porto, sendo esse 10 anos muito bom, dentro do que se espera de um dos portos mais agradáveis de se tomar (adquirimos uma certa preferência pelos 10 anos, pois já têm muita qualidade e não são tão caros como os 20, 30, 40 ou os vintage).
A cor, como sempre, é bem amarronzada, âmbar como dizem os portugueses. O sabor é suavemente adocicado, mas com uma boa estrutura de madeira. Acompanhou bem diversas sobremesas, inclusive sorvetes.
O duro é largar esse vício de tomar sempre um portinho ao final das refeições, é realmente muito bom.

Tomado: Champagne Laurent- Perrier

Esse eu tomei.
Ontem à noite lá em casa, na piscina, comemorando, tardiamente, o ano novo com o casal Brochini. Comemoramos, também, os "novos desafios" que o Dr. Henrique vai enfrentar em 2010. Parabéns Pimpolhão!
Excelente champagne. Embora seja a mais simples da vinícula, impressiona pela qualidade, realmente muito boa.
Tem um gostinho abaunilhado no final. Delícia.
Esta e a Loius Roederer, nesta ordem, são os meus champagnes (genéricas) preferidos.
Ju, aguardo suas impressões degustativas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tomado: Cava Don Román


Esse eu tomei. E tomei muitas e muitas vezes.


A última vez foi na casa dos meus pais neste domingo (21.02.2010).

Descoberto no restaurante Ene (tem um til no "e" que não sei por que não o blog não aceita), trata-se de uma Cava (espumante espanhol) de excelente custo benefício.

É importado pela Casa Flora e custa cerca de R$ 32,00. Costumo comprar de caixa pra ter em casa. Tem sido a bebida oficial dos jogos do Tricolor. Foi a cava que indiquei para ser servida no casamento do meu irmão e foi um sucesso.

Uma ótima bebida para aperitivar e tomar na beira da piscina. Seca na medida. Na sua faixa de preço, supera a grande maioria os espumantes nacionais pela qualidade da pelage (ao meu ver o grande defeito dos espumantes nacionais de custo razoável).
Continuaremos tomando muito desta cava.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tomado: Brunello de Montalcino CastelGiocondo, Frescobaldi, 2000

Esse eu tomei ! (e pena que acabou)
Em 19/02/2010, acompanhado da Taci e meus pais, em minha residência. Já ia me esquecendo, acompanhado também de uma boa pizza de portuguesa e gratinata (três queijos).
O vinho: É sempre bom tomar um bom vinho italiano, encorpado, com forte gosto de fruta. E esse Brunello é um grande exemplo de um bom vinho italiano.
Um toscano 100% sangiovese, vermelho bem forte, com um aroma sensacional, especialmente porque estava no ponto certo para tomar - envelhecido 10 aninhos na garrafa. Em resumo, este potente vinho estava bem descansado, com um final macio de encher a boca, nota 10.
O Marchesi de Frescobaldi é um dos produtores mais tradicionais da região e realmente merece a fama que tem, o seu vinho estava um primor, um dos melhores brunellos que já tomei.
Para quem gosta de vinhos com bastante estrutura este é imperdível.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tomados: Pesquera Crianza 2006, Pesquera Reserva 2005

Esses eu tomei !
O Pesquera Crianza foi tomado em Salamanca, ém 27.01.2010, no jantar no "El Bardo", acompanhado de Jamon, Bacalhau e Carne.
Já o Pesquera Reserva foi tomado em 28.01.2010, também em Salamanca, no restaurante "Meson Cervantes", acompanhado, para variar, do famoso jamon.
Os vinhos: Decidi postar os dois vinhos juntos porque a comparação é interessante.
Tomamos esses vinhos logo após deixarmos portugal, então foi uma sensação diferente do que estávamos habituados. O Douro espanhol, ou "Ribera del Duero", produz vinhos excelentes e os Pesquera são a prova disso.
O Pesquera Crianza, envelhecido 1 ano em carvalho, mostrou-se bastante frutado, com um toque adequado de madeira. Vinho bastante redondo e macio, altamente recomendável, especialmente na Espanha onde é muito barato, por volta de 20 euros no restaurante.
O Pesquera Reserva, envelhecido por 2 anos, foi espetacular, bem melhor que o Crianza, com bastante corpo e muito macio na boca - sem exagero de madeira. Um vinho realmente ótimo, que vale ter para uma boa refeição.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Tomado: Porto Niepoort LBV, 2004

Esse eu tomei!
Entre 13/02 e 15/02/2010, após os churrascos de carnaval na sede do Clube Atlético Charlon. Apesar do festival de chopp, no final do dia, com a sobremesa, um portinho sempre cai bem.
O vinho: É um porto do tipo Ruby, bem vermelho e frutado. Mas ao contrário dos rubis mais comuns, o LBV é feito de uvas de uma única e boa safra, e envelhece em barricas grandes de carvalho, de 4 a 7 anos, o que dá um toque de madeira bem agradável, tornando o vinho ainda mais redondo.
O LBV (late bottled vintage) ganha esse nome exatamente porque permanece em barril mais de 2 ou 3 anos (que é o normal para um ruby comum ou para um Vintage - este último envelhece bem em garrafa, mantendo o forte gosto de fruta), ganhando um toque peculiar.
Esse LBV em particular estava muito bom, mostrando porque a Niepoort é uma das melhores produtoras do porto.
Um porto que vale à pena ter, inclusive porque no Brasil é dos mais acessíveis em termos de preço (importado pela Mistral).

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Tomado: Bourgogne Pinot Noir 2007, Michel Juillot

Esse eu tomei!
Na casa do Pedrott, sexta-feira, pre-carnaval!
O vinho: Esse borgonha é um show, altíssimo custo/benefício. Não conheço outro borgonha que custe menos de 80 reais (R$77,00 na Tastevin) e tenha esse sabor leve (mas persistente) e acidez no ponto. É vinho para ter de caixa. Alías, é um que eu preciso repor no estoque, não pode faltar.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Tomado: Cálem 10 anos, Porto Tawny

Esse eu tomei!
Entre 29/01 e 31/01/2010, nos finais de noite em Sevilla - quarto do Hotel Casa Romana. Na companhia de Charlon Charlemagne, Taci, Gi e de uns docinhos.
O vinho: Excelente porto, acho que foi o melhor tawny 10 anos que tomamos na viagem, e olha que experimentamos pelo menos uns 8 ou 9 tawnys 10 anos. Amadeirado no ponto certo, macio, um veludo com final doce. Sorte que eu trouxe uma garrafa de presente para o meu sogro, o Vascão, com quem poderei saborear mais um pouco desse ótimo vinho. Aliás, a Calém foi uma das adegas que visitamos em Vila Nova de Gaia, tendo nos surprendido pela boa qualidade até mesmo dos tawnys com pouco envelhecimento (3 a 5 anos).
Vale ressaltar que as degustações com os portos deixaram a certeza de nossa preferência pelos tawnys (envelhecidos em barris pequenos por 3, 5, 10, 20, 30, 40 ou mais anos). Os 10 anos certamente são os de melhor custo benefício. São vinhos mais amadeirados e com um adocicado de mel, bem diferentes dos portos Rubi, que são bem frutados e um pouco mais doces - são excelentes também, especialmente com chocolates.
A título informativo, a inscrição 10 anos não significa que as uvas que deram origem ao vinho são de uma safra de 10 anos antes do engarrafamento. Na verdade, os tawnys (exceção do Colheita) são sempre um blend de diversas safras. O 10 anos, por exemplo, é feito de vinhos produzidos e envelhecidos em carvalho por 8, 9, 10, 11, 12 anos, dando na média 10 anos. O blend é feito para garantir que todo ano se possa produzir o tawny com boa qualidade, ainda que alguma safra não seja tão boa.
Apenas o tawny colheita é feito de uma única safra, e por isso leva o ano da vindima no rótulo. Mas, para isso, a safra tem que ser muito boa, o que pudemos comprovar pelos exemplares que tomamos na Kopke (1978 e 1998) - a produtora mais especializada em Colheitas do Porto.
Futuramente postaremos um Porto do tipo Rubi para falarmos um pouco mais sobre essa bebida a que eu pouco dava atenção e que recentemente se tornou dos meus vinhos prediletos.
Em resumo, não pode faltar um tawny 10 anos na adega !!!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tomado: Baga Encontro 2005


Esse eu tomei.
Aproveitando que o Rodrigo abriu o dia com o Le Procope, segue outra decepção.
Foi no próprio restaurante da Quinta do Encontro, onde o vinho é produzido.
Almoçamos lá eu, a Gi, o Rodrigo e a Taci. Bem... na verdade tentamos almoçar, pois a maitre, muito confusa, fez uma bagunça danada nos deixou esperando quase uma hora para nos levar até a nossa mesa. Como tínhamos marcado um encontro com o Luis Pato logo depois do almoço, não tivemos tempo de fazer uma refeição completa, ficamos apenas na entrada.
A Quinta do Encontro é realmente maravilhosa, modernosa, o prédio é em formato barril e o corredor que dá acesso à adega em espiral, aludindo um saca-rolhas.
A Quinta do Encontro é o antônimo do que vimos na adega de Luis Pato e na Quinta do Mouro (no Alentejo), tem uma proposta declaradamente comercial.

O VINHO QUINTA DO ENCONTRO: Uma decepção! O vinho "em tese" é produzido exclusivamente com uvas da casta "baga", um instituto da região da Bairrada onde está localizada a Adega. Porém, de baga num tinha nada. Os vinhos feitos de baga são característicos, com uma potência impar, uma porrada! Esse tava docinho... abaunilhado... sem graça... nada que lembrasse Portugal, muito menos a Bairrada. Um "coca-cola wine" vinhozinho gostosinho pra vender bastante, sem nenhuma personalidade. Sabor de vinho que foi corrigido na madeira. Não que fosse ruim, mas um vinho que não acrescentou nada. Se me dissessem que era da Argentina eu acreditaria. Nem terminamos a garrafa. Justo na Bairrada... um dos nossos terroir prediletos... que decepção.

Tomado: Chambolle-Musigny, Louis Latour


Esse eu tomei!
Em 18/01/2010, no restaurante Le Procope, em Paris. Na companhia dos viajantes Taciana, Carlos e Giovana.
Foi uma grande decepção, a ponto de eu ter esquecido de anotar a safra do vinho. O serviço do vinho já foi péssimo (chegou quente), mas mesmo depois de refrescar um pouco no gelo não melhorou muito. Adoro borgonhas, sou realmente um fã da delicadeza do sabor dos vinhos dessa região, e já tomei outros Chambolle-Musigny (como o do Pierre Gille, vendido na Tastevin, espetacular). O vinho era medíocre para a denominação (excessivamente ácido e com muito pouca fruta), especialmente considerando o preço cobrado.
Mas o pior é que o restaurante também não correspondeu às expectativas. Apesar de toda sua tradição - fundado em 1686 - e do clima externo de 0 grau, o aquecedor do restaurante estava enlouquecido, os garçons suavam, estava uns 30 graus, sem brincadeira. O pior é que o restaurante é inteiro acarpetado, o que tornou o clima ainda mais "aconchegante".
Para se ter uma idéia, pedimos ainda outro vinho (um Croze-Hermitage do Chapoutier), que levamos metade para tomar no Hotel, pois não dava mais para ficar no restaurante. Na saída ainda encontramos outros 2 brasileiros que também abreviaram a refeição, dada a temperatura insustentável.
Uma pena, era nossa última noite em Paris.
Merecíamos uma despedida melhor. Fica para a próxima.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tomado: Terra Cabernet Sauvignon 2006



Esse eu tomei!
Ontem, 10/02/2010, assistindo o tricolor arrancar para o Tetra da Libertadores, na casa do Carlão, só para variar.
A propósito, meus cumprimentos à Giovana, que fez um franguinho assado muito bom para acompanhar o vinho (agora o vinho é o prato principal).
O vinho: pelo baixo custo, surprendeu; vinho bom, frutado, macio, com muito pouco daquele gosto de álcool que às vezes prejudica um vinho mais comum. E melhor, sem aquela habitual "correção excessiva de madeira nova" que tem padronizado os vinhos atualmente. Toque de madeira na medida certa. Boa compra. Um argentino muito agradável. Recomendo.

Fwd: RES: ESSES EU TOMEI!

Para o conhecimento de todos.
Valeu Zé.




Início da mensagem encaminhada




De: <joseolinto@globo.com>
Data: 11 de fevereiro de 2010 00:06:15 BRST
Para: 'Carlos Gonçalves Junior' <carlos@goncalvesebruno.com.br>, "'Rodrigo Campos'" <rcampos@demarest.com.br>
Assunto: RES: ESSES EU TOMEI!



Carlão, Rodrigo e amigas e amigos que estão sendo copiados,
Os dois rapazes, de boa cepa, criaram um blog para discutir esse tema tão gostoso, que é o vinho. Como dizem, a proposta é falar descompromissadamente, sem firulas, fugindo daquelas expressões: "no final tem um potente retrogosto, que lembra Pêlo (eu sei que não tem acento) de burro molhado" ou, a propósito de um vinho europeu, dizer que ele teria marcas de tamarindo, cajá e quejandas frutas tropicais, as quais se prestam exclusivamente para sucos ou ao natural, para as crianças e, além disso, para fantasticas caipirinhas. Gostei do começo, ainda mais que nele incluiram o Bordeaux 1982, que tomamos aqui em casa e estava fantástico. Gostei do começo, rapazes e nos encontraremos lá (não cobrem a mesóclise, que soa igual aos comentários dos enochatos, fugindo da proposta do blog).
Salut
zé olinto e não zé meu lindo.


De: Carlos Gonçalves Junior [mailto:carlos@goncalvesebruno.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010 20:29
Para: 'Rodrigo Campos'
Assunto: ESSES EU TOMEI!

Caros Amigos.

Convido todos a acessarem e participarem do blog www.esseeutomei.blogspot.com.

Espaço em que eu e o Ilmo. Enófilo Rodrigo Campos compartilharemos nossas impressões reais, e sem firulas, dos vinhos que tomamos (não apenas degustamos, mas tomamos mesmo).

O espaço está aberto a todos.

Valeu.

Abraços.

Carlos


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tomados: Pêra-Manca Branco 2007, Pêra-Manca Tinto 2005, Quinta do Mouro Rótulo Dourado 2005

Esses eu tomei.

Excepcionalmente estou postando em conjunto esses três vinhos que foram tomados na mesma balada. Um almoço espetacular no Restaurante Luar de Janeiro em Évora (Alentejo), no dia 1º de fevereiro na usual e agradável companhia da Giovana, Taciana e Rodrigo.

Chegamos em Évora na expectativa de almoçarmos no famoso restaurante “Fialho”. A frustração com a notícia de que o Fialho estava fechado (era uma segunda-feira) foi acalentada pela recomendação do restaurante Luar de Janeiro (http://www.luardejaneiro.com/), indicado como um restaurante artesanal considerado o melhor do Alentejo pelo recepcionista do Hotel Pousadas de Portugal – Évora (esse hotel é um capitulo que fica para outra ocasião).

Do hotel, caminhamos alguns minutos pelas estreitas vielas de Évora e chegamos ao restaurante, Fomos recebidos pelo dono e a sua esposa: “a cozinheira”. Logo na entrada há uma estante com quase todas as safras do Pêra-Manca, viu-se aí qual seria a recomendação da casa para o vinho.
Assim, começamos com branco 2007, acompanhado das entradinhas que não paravam de chegar – coelho desfiado, bacalhau desfiado com grão-de-bico, pataniscas de bacalhau (lascas de bacalhau empanadas), presunto da serra, lomito, queijo de ovelha amanteigado, empada de galinha, omelete de aspargos, azeitonas, pão, azeite Cartuxa Álamos e etc.

O PÊRA-MANCA BRANCO 2007: Vinho espetacular, perfeito, equilibrado, macio, floral, realmente delicioso. Sem dúvida um dos melhores brancos que já tomei. Tem a maciez dos brancos da Borgonha e mantém a robustez dos lusitanos. Tão bom que até a Taciana repetiu a taça, foi "quiném água". Como diria o Carlão pai: “A garrafa deve ter vindo furada!”

Terminado o branco, pedimos para o dono do restaurante a óbvia indicação do tinto. Não poderia ser outra: “Agora tens que tomar o tinto”. Questionamos qual safra ele nos recomendava, uma vez que a adega do restaurante dispunha de quase todas a safras recentes e algumas garrafas de safras antigas, inclusive uma do século XIX. Sua recomendação veio na linha do que já havíamos apreendido com o grande Luis Pato na Bairrada (aguardem descrição completa deste encontro nas próximas postagens). Apreendemos que os vinhos do Alentejo devem ser tomados jovens! ( um choque para os nossos “conhecimentos” sobre vinhos português). As safras muito antigas são puro fetiche. Vinhos produzidos em regiões quentes, em regra, não têm grande potencial de guarda. Assim, recomendou-nos, e trouxe-nos, e nós tomamos, uma garrafas de Pêra-Manca tinto 2005 (igualzinho aquele que o Carlão pai guarda na adega dele e que tá em vésperas de ser tomado). Quando a garrafa chegou já anunciou que teríamos um cabrito assado com batatas e arroz de hortelã para o almoço (isso mesmo, esquece esse negócio de cardápio... rs...).

O PÊRA-MANCA TINTO 2005: Não preciso dizer que é um vinho encorpado. Vinho robusto com muita fruta e com os taninos equilibrados. Redondíssimo. Como diz o diz o Rodrigão: “elixir”! Com o cabrito então... Diga-se de passagem, o cabrito estava um espetáculo, desmanchando. A Giovana e Taci colaboraram muito mais do que usualmente fazem e a garrafa terminou em poucos minutos (Mais uma que “veio furada”). Sem dúvida nenhuma a principal característica deste vinho é sua efemeridade (no popular: “gosto de pouco”). Realmente é um grande vinho, merecedor da fama que ostenta. Impressiona pela potência, mas esse é o barato do Pêra-Manca, agora eu entendo que guardá-lo demais pode até deixá-lo mais suave, porém, descaracterizado. O melhor que ele tem a oferecer é a potência da fruta. Tá aí, pra conhecer... só tomando... Só de saber que eu fiquei policiando o Carlão pai pra guardar o 2005 que ele tem... Mea maxima culpa, Carlão: Tamo aí pra tomar o seu 2005 e o meu 2001. Zé Meulindo idem para suas garrafas 1995 e 1997... Tamo perdendo tempo!

Como o PÊRA-MANCA não deu nem pro cheiro, ainda tinha muito cabrito na travessa. Solicitamos nova sugestão de safra para o dono do restaurante (que falha não lembrar do nome dele, a esta altura já era nosso amigo íntimo). A sugestão foi para que tomássemos um outro vinho do Alentejo, mais especificamente de Estremoz (40 km de Évora), o QUINTA DO MOURO RÓTULO DOURADO, indicado como um vinho superior, ou na pior das hipótese, do mesmo nível do Pêra-Manca. Aceitamos a recomendação do vinho e da safra, a mesma do Pêra-Manca tinto (2005).

O QUINTA DO MOURO RÓTULO DOURADO 2005: De fato, não perde nada para o Pêra-Manca. Tem características semelhantes, justificando o terroir do Alentejo. Também delicioso, ainda mais frutado que o Pêra-Manca, bem frutado mesmo. Difícil dizer qual gostei mais. Robusto, ainda mais “vivo” que o Pêra-Manca. Grande Vinho, perfeito com o cabrito, especialmente com o arroz de hortelã (com o arroz caiu melhor do que o Pêra-Manca). Mesmo sendo a terceira garrafa do almoço – o que só foi possível graças a ajuda das meninas (Taciana: “Eu te considero pra c...! Você óooh... te considero!”) – foi rapidinho. Nesse Luar de Janeiro só servem garrafas furadas, os vinhos não duram! Fujam desse lugar! Rs...

Enquanto degustávamos o QUINTA DO MOURO e o finalzinho do cabrito, coincidentemente apareceu no restaurante o Dr. Miguel, dentista na cidade de Évora e proprietário da QUINTA DO MOURO. Sentou-se na nossa mesa e batemos um grande papo sobre o Brasil, Portugal e especialmente sobre o mercado de vinhos. Explicou-nos que suas pretensões como produtor de vinho é a fidelidade ao terroir do Alentejo e ao jeito português de fazer vinhos, sem se curvar às tendências do mercado. O vinho que tomamos é o “top” da Quinta do Mouro, por isso o rótulo dourado, só é produzidos em anos excepcionais como foi 2005. Esse vamos tomar mais pelo menos duas garrafas em breve, pois eu e o Rodrigo trouxemos mais uma garrafa cada um.

Gentilmente, o Miguel nos convidou para no dia seguinte ir conhecer a Quinta do Mouro, obviamente, nós aceitamos.

O almoço terminou com uma mesa cheia de docinhos portugueses e com a Taciana me considerando ainda mais.

No dia seguinte, depois da visita à adega Cartuxa, produtora do Pêra-Manca, fomos à Quinta do Mouro. Lá fomos recebidos pelo Luis, filho do Miguel, que nos mostrou as instalações da Quinta e da Adega e nos explicou pormenorizadamente o processo artesanal como os vinhos são produzidos lá. Foi muito legal conhecer uma adega artesanal. Na sequencia fomos conhecer a adega Monte Branco de propriedade do Luis, esta uma adega mais moderna que produz o vinho Alento branco e tinto.

Adega do Palácio Buçaco


Tivemos a oportunidade de nos hospedarmos no Palácio Buçaco, um castelinho situado no centro de Portugal, envolto por uma mata de preservação nacional, na região da Bairrada.
O curioso deste Hotel é que eles produzem seu próprio vinho (ou ao menos participam da produção - pois é provável que comprem uvas de vários produtores da região).
O restaurante do Hotel é muito bom, tem o famoso leitão da Bairrada, e a carta de vinhos é interessante, porque traz os vinhos da casa apenas listados por safra - tanto os brancos como os tintos - e há realmente diversas safras à venda. Há outros vinhos na carta, mas seria uma heresia pedi-los.
O vinho da casa é muito bom, encorpado e frutado, mas varia muito de safra para safra, por isso que achamos que nem sempre a uva provém do mesmo produtor local.
Futuramente postaremos os rótulos das safras que tomamos de brancos e tintos e, mais posteriormente, daquelas garrafas que trouxemos.
Por enquanto, vejam a imensa adega subterrânea do Palácio, onde ficam guardadas milhares de garrafas de todas as safras possíveis do Buçaco Reserva. Nossa visita à adega ("garrafeira", como chamam lá) foi de madrugada, após jantarmos. As fotos foram tiradas pela Taci linda.

PS: Na segunda foto estou apontando as duas safras que tomamos do tinto (1982 e 1996), que coincidentemente estão guardadas uma acima da outra na adega.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tomado: Moët & Chandon Grand Vintage, 2000

Esse eu tomei!
Em 12.01.2010, já em clima de férias...na boa companhia de Taciana, Carlão, Giovana, Edu e Laura.
Devo confessar desde já que meu vinho predileto é o champagne.
Esse Moët 2000 estava muito bom, seco e macio. Show de bola.
Precisava de mais umas garrafas para dar uma opinião melhor.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tomado: Chablis 1er Cru Montmain, 2005

Esse eu tomei!
Na casa do Carlão, dia 06/02/2010.
Ótimo branco, mineral mas com um toque de fruta na medida. Melhor ainda foi tomá-lo na beira da piscina num dia extremamente quente...

Tomado: Variazioni in Rosso, 2007

Presente do ilustre enófilo Edu Nobre que foi buscar na fonte. Produzido por Ornellaia na Toscana e vendido apenas para os visitantes da Bodega.

Excelente Toscano, obviamente, muito diferente das Brunellos, pois a composição das uvas é totalmente diferente (70% Merlot, 25% CS, 5% de Petit Verdot). Conseguiu ser arredondado e macio sem depender da madeira. Mesmo constituído predominantemente por Merlot, mantém a identidade italiana. Valeu Edu, grande presente, grande achado! Tomado na minha casa com pizza! Perfeito. Embora o vinho agüentasse mais alguns bons anos de guarda, nós não agüentamos, tomamos!


Também não poderia faltar a imagem deste co-autor, agora sim fazendo o que faz melhor !!

Não poderia faltar uma foto do grande fundador do blog, o renomado 'Carlão', fazendo o que acha que faz de melhor, além de uma amostra do que já tomamos. Esse nós tomamos mesmo !!
Champagne Louis Roederer - dispensa comentários - ótima champagne sem safra
Quinta do Crasto Reserva 2006 - purtuga legítimo, saboroso, frutado e bem encorpado, grande presente do Mauricião!

Apesar de ainda não termos as dezenas de rótulos do que tomamos recentemente digitalizados, nada melhor que dar o ponta pé inicial do blog com um clássico que tive a honra de tomar no Rio de Janeiro, na companhia do bom e velho José Olinto, responsável pelo meu gosto por vinhos.
Grande Bordeaux, impecável apesar da idade (safra 1982) !!
Ainda estamos digitalizando as fotos e comentários sobre as dezenas de vinhos que TOMAMOS !
Aguardem...

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