segunda-feira, 26 de julho de 2010

Caves Aliança - Sangalhos, Bairrada - Portugal

Aproveitando a deixa do post do Quinta da Dôna 2004, gostaria de relembrar um pouco nossa visita à vinícola Aliança, em Sangalhos, na Bairrada.
Apesar do GPS no carro nos perdemos bastante para chegar lá, o que valeu muito à pena, pois tivemos que parar para pedir informações e o fizemos em frente a um salão de cabeleireiro/barbeiro, onde três senhores portugueses protagonizaram uma cena prá lá de engraçada. Cada um deu uma direção para nós e os três acabaram discutindo e brigando entre eles sobre o melhor caminho para Sangalhos. Foi cômico.
O prédio da Aliança é bem antigo e bonito, mas o marcante são os quilômetros de corredores subterrâneos, onde ficam as barricas e os 'cavaletes' de guarda dos espumantes - vide fotos.

A visita guiada foi muito bacana e a guia, que nos indicou o Quinta da Dôna, foi muito simpática, especialmente porque imitava nós brasileiros falando (ela assistia muita novela brasileira....).

Ainda tivemos a oportunidade de provar alguns dos espumantes da Aliança, bastante agradáveis, na bonita sala subterrânea de degustação (foto abaixo). Não me lembro agora se provamos algum tinto, Carlão me socorra aqui...
São ótimas recordações... janeiro já está ficando longe.

Tomado: Quinta da Dôna 2004

Esse eu tomei!
No almoço de domingo, na casa do Carlão, quando comemos massas diversas e bracciola (destaque para a massa recheada de brie e presunto parma, muito boa mesmo, trazida pela mãe do Carlão direto do restaurante Alcachofra - recomendado).
Foi o segundo vinho do almoço, servido após terminarmos o Buçaco 2001 (que o Carlão postará em breve).
Aproveitamos inclusive a vela acesa para a decantação do Buçaco (que efetivamente tinha borras) para decantar romanticamente esse Quinta da Dôna. Quase não tinha sedimentos, mas o vinho é potente e a decantação e o descanso de 30 minutos fizeram muito bem para o vinho (isso posso dizer porque provamos logo que abrimos a garrafa e depois dos 30 minutos estava bem melhor, mais aberto e agradável).

Este Quinta da Dôna foi adquirido em janeiro, diretamente na loja da vinícola (Aliança), em Sangalhos, na Bairrada.
Eu comprei uma garrafa e o Carlão comprou outra, por recomendação da nossa guia de visitação que nos disse ser esse o vinho preferido dela (entre os produzidos pela Caves Aliança). No site da empresa consta até mesmo que este vinho, desta safra, ficou entre os 10 melhores de Portugal para a Revista Decanter. E o melhor de tudo é que, lá, o vinho custa 16 euros. Aqui nem imagino quanto seria...mas chutaria uns 140 reais.
Trata-se um vinho feito com a casta Baga, com pequena produção (6.717 garrafas), com estágio de 14 meses em barricas de carvalho.
Um vinho realmente especial e de muita qualidade.
E isso pudemos constatar. Aromas bem frutados com toque de especiarias. Muito boa acidez e bem encorpado, mas muito redondo. Nada de hostil, a exceção do final de boca que trazia uma persistência marcante, mas sem prejudicar.
Adoramos, especialmente o pai do Carlão, ou o chamado Carlão-pai.
Foi realmente um ótimo almoço à portuguesa....E o melhor é que o Carlão ainda ficou com uma garrafa desse vinho para uma nova esbórnia enogastronômica...

Tomaram: Altano 2006

Esse tomaram!
Mais uma colaboração do Marcello Pedroso, que havia gostado muito do Altano 2007 já postado aqui e resolveu experimentar a safra 2006.
Interessantes suas observações:
"Já havia provado o 2007 (já postado neste blog), que inclusive foi premiado como excelente custo benefício (Wine Spectator: 88 pontos "Best Value").
O 2006 é inferior, mais simples, porém muito bom também. Traz aromas de frutas vermelhas, até pelas uvas das quais é composto (Tinta Roriz - 70% e Touriga Franca - 30%), e possui um sabor persistente.
Vale a pena, mas, se encontrar o 2007, não hesite."

Tomaram: Casa Valduga Premium 2007 Cabernet Sauvignon

Eu gosto das segundas-feiras porque sempre aparecem as colaborações dos amigos enófilos, que nunca deixam o final de semana passar em branco.

O amigo e sempre colaborador Marcello Pedroso, desta vez, andou tomando vinho brasileiro, da conhecida Casa Valduga. Parece que gostou, falou bem, e pagou pouco mais de 40 reais, na Galeria dos Pães. Isto significa que se pode achar até mesmo um pouco mais barato por aí.

Eis suas impressões:

"Aroma com muitas especiarias (cânfora, pimenta e etc.) e frutas negras. No sabor, o tanino é suave, boa acidez e frutas. Bom para acompanhar uma carne. Serviu para quebrar tabus e preconceitos, bem como para aprender que este produto nacional (Bento Gonçalves-RS) é muito superior a muitos vinhos chilenos, uruguaios e argentinos que tenho provado (não está carregado em Madeira, ainda bem). Custo benefício excelente para acompanhar refeições. Me surprendeu bastante."

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