segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tomado: Chateau Maucaillou 2006 (Moulis, Bordeaux)

Esse eu tomei!
Havia provado esse vinho em janeiro, em Paris, quando tomamos um da safra 2001 (vide post). Gostamos muito, por isso há alguns meses comprei esta garrafa Magnum na Mistral.
Estava guardando para uma ocasião especial, que ocorreu neste final de semana. Foi aniversário da minha tia Telma, que ainda estava inaugurando seu novo apartamento.
Muita gente, muita comida - carnes e massas - nada melhor que um bom Bordeaux, de 1,5 litros!
E o vinho não decepcionou. Pelo contrário.
Um ótimo bordeaux, da região de Moulis, que fica no centro do Medoc (parte mais norte de Bordeaux). Um corte de Cabernet Sauvignon (52%), Merlot (41%) e Petit Verdot (7%).
Um vinho com muita estrutura e equilíbrio. Sente-se grande poder de fruta, com madeira integrada que dá um toque tostado e de especiarias. Tem bons taninos, ainda aguentaria uma boa guarda.
Em suma, foi uma ótima pedida, e mesmo os 1,5 litros não bastaram. Vinho bom acaba rápido mesmo, ainda mais quando estamos muito bem acompanhados.

Tomado: Champagne Mumm Cordon Rouge Brut

Esse eu tomei! Este champagne estava há mais de um ano na minha adega. Estava na hora de ser consumido. Aproveitei então uma visita dos meus pais para abri-la. E, como sempre, foi um aperitivo agradabilíssimo.
O interessante é que a Mumm tem aqueles aromas e sabores amendoados, de cereais, típicos dos bons champagnes, mas ainda mantém um toque frutado e cítrico que torna a bebida fresca, revigorante.
Em suma, uma delícia. Champagne básico, brut sem safra, que satisfaz.

sábado, 25 de setembro de 2010

Tomado: Bruberry Monsant 2008

Esse eu tomei! O Carlão comprou este vinho no Empório del Mundo e resolvemos provar. Um vinho espanhol da região de Monsant. Um corte de Garnacha 60%, Cariñena 30%, Syrah 10%.
Um vinho de aromas e sabores florais com toque de frutas vermelhas. Corpo de médio para forte, com um pouco de álcool no fim. Se provasse às cegas diria que era um portuga. Lembrou-me uma mistura de touriga com baga. Tinha aquela sensação frisada e potência na boca.
No entanto, achamos um pouco forte, desequilibrado no final de boca. Bom vinho, até bem feito, mas não fez a cabeça.

Tomado: Givry 1er Cru Clos Les Grandes Vignes 2007

Esse eu tomei!
Já tomamos muito do Givry Champ Nalot, aqui postado, e agora provamos o irmão mais velho, o Premier Cru.
Mais um borgonha de muita qualidade trazido pelo Club du Taste-Vin. Um vinho com elegância, delicadeza, mas que já apresenta uma potência de fruta e um toque de madeira mais marcante. Um vinho mais complexo, muito gastronômico, pois tem uma acidez incrível. Alia poder de fruta (cerejas especialente) e frescor.
Muito bom. Eu adoro borgonhas e este eu recomendo. Sai por 120 pilas. O Givry mais simples sai perto de 100. Os dois compensam.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Tomado: Barbera D'Asti Valfieri Superiore 2002

Esse eu tomei!
Aproveitei a visita da minha mãe e da minha irmã, aliada a uma bela lasanha, para abrir essa garrafa de Barbera, um tinto italiano da região do piemonte (terra do Barolo), produzido com a uva de mesmo nome.
Apesar de ser um 2002, o vinho se apersentou com bastante força, aromas de frutas com madeira integrada, lembrou um pouco couro, dando para sentir toques de pimenta. Na boca apresentou muito sabor, corpo médio para tânico, persistente e com muita acidez. É para comidas bem temperadas, fortes, gordurosas. Em suma, vinho para a mesa.
Depois de 30 minutos, tempo para a lasanha ficar pronta, o vinho abriu muito, amaciou, ficou mais frutado, na boca lembrou cerejas. Muito agradável. Só achei um pouco desequilibrado o final, com acidez marcante e um leve toque alcólico.
No entanto, no geral, o vinho é bom e vale o que custa (entre 70 e 80 na Vinea). Boa pedida para quem gosta de vinho italiano, como eu, e especialmente para acompanhar uma boa massa ou uma boa carne suculenta.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tomado: Blandy's Madeira Sercial 5 Anos

Esse eu estou tomando!
Nos últimos dias comecei a tomar este vinho da Ilha da Madeira, produzido por um dos melhores produtores locais, a Blandy's.
Desde o último Encontro Mistral, quando pude provar vários tipos do Madeira, meu interesse por esses vinhos só aumentou; e nada melhor do que ter uma garrafa de cada variação para fazer experiências, até porque para este tipo de vinho ainda tenho dificuldade de pensar em harmonizações.
Sendo assim, abri a garrafa há alguns dias e tenho tomado uma taça com cada tipo de comida que preparamos em casa. A garrafa ainda está na metade, mas já posso resumir algumas das experiências:
  • o vinho sozinho: excelente, é um madeira bem seco, com aromas e sabor que lembram noz tostada, com um 'quase amargo no final'. Vinho, como dizem algums, de reflexão...Mas fica aí uma dica, deve ser servido por volta de 12 graus, pois ele muito quente fica realmente amargo;
  • como aperitivo, com queijos: caiu bem, recomendo
  • como aperitivo, com castanhas (caju, noz, pará): ficou excelente, um leve salgadinho deixa ele bom (eu não gosto de azeitonas, mas imagino que fique bom também)
  • com um capeletti (aproveitei um brodo que fizemos em casa): não comprometeu, ornou até que bem com a massa, já que não tinha temperos fortes, era um sopão...
  • com doce (comi um alfajor de doce de leite e chocolate): fica ruim, ressalta o amargor, fecha a boca
  • com um salmão defumado, azeite e queijo: passou bem, mas fez o gosto do peixe desaparecer. Se é para limpar a boca pode-se dizer que se saiu bem, mas como considero harmonização o realce do sabor da comida e do vinho, acho que ficou um pouco pesado.

Por enquanto foi isso que eu testei, mas já deu para ter idéia de que é um grande vinho para aperitivos. Gostei muito. Os Madeiras são uma grata surpresa. recomendo fortemente.

Brevemente abrirei a garrafa do Madeira Doce 10 anos que ainda tenho. Esse é um show. Precisarei ter uma sobremesa à altura !

A propósito, os Madeira da Blandy's são encontrados na Mistral. Os preços são parecidos com o dos bons vinhos do Porto, merecidamente; são dois grandes vinhos!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tomaram: Tabla Numero Uno, Malbec 2008 (México)

Esse tomaram!
Foi minha prima Adriana, do blog Adriana Aranha - Cozinha: Cores, Cheiros e Sabores, que descreveu assim esse exemplar inusitado de Malbec mexicano. Nunca tomei nada desses lados, fiquei curioso:


"Ontem fui no vernissage do mexicano Felipe Ehrenberg, na estação Pinacoteca, depois fomos a casa dele comemorar.
A esposa dele é a "Cozinheira Atrevida" Lourdes Hernandez ... e lá tivemos a chance de degustar uma série de vinhos mexicanos
Gostei muito deste Malbec ... era o único vinho de uma uva só ... os outros também eram blends ótimos.
Mas me chamou a atenção como este malbec era escuro, de um tom semelhante ao do Cabernet Sauvignon.
E o sommelier me explicou que como tem muito sol no México e como a uva é cultivada acima de 2000 mts do nível do mar ... a uva faz uma casca mais grossa do que a Malbec argentina, e esta "proteção" natural faz com que o vinho tenha uma coloração mais intensa ...
Eles não exportam para o Brasil. Mas eu dei meu cartão e pedi para que ele entrasse em contato."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tomado: Barolo Coste di Ponente 2005

Esse eu tomei!
No almoço de domingo, saboreando uma massa a bolonhesa e um pernil no pão francês (comemos pouco no domingo...).
Este vinho foi trazido da Itália por um amigo, mas confesso que estranhei a garrafa, normalmente o Barolo tem a garrafa igual aos borgonhas...Normalmente, pois muitos grandes barolos tem essa garrafa tradicional. Mas isso é o de menos, o que importa é o interior.
Pesquisei o produtor e o nome do vinho na internet e não achei este vinho em específico. Só vi que o produtor parece ser o Gomba Boschetti (produtor da região de Barolo, mas estranhei não constar o Boschetti nesse rótulo, posso estar errado sobre isso). Se alguém souber algum detalhe me avise, fiquei curioso.
Enfim, conhecendo ou não o produtor, abrimos o vinho.
A coloração era um rubi começando a alaranjar. Apresentou aromas leves, especialmente frutas, tabaco e especiarias. Na boca estava muito tânico, seco, com um tostado no final e um toque apimentado.
Decantamos o vinho para ver se ele abria. Depois de 15 minutos o vinho era outro. Aromas mais marcantes e frutados e corpo mais macio. O vinho tem bons taninos mesmo, que ficaram mais palatáveis com a areada.
Com a comida ficou perfeito, arredondou o resto que precisava.
Em suma, adoro tomar esses vinhos italianos clássicos, saborosos e pontentes. Ótimo almoço.

Tomado: Espumante Maximo Boschi Speciale 2006

Esse eu tomei!
Tomamos este espumante para abrir a noite de sábado. Um espumante nacional muito bom, dos meus preferidos. A versão mais simples "Tradizionale" já é muito boa, mas essa "Speciale" passa 36 meses descansando antes de ser comercializado.
É bem mais complexo, cremoso, já com aquelas notas de castanha, cereais. Sem amargor, é muito fresco e tem corpo até para aguentar alguns acompanhamentos.
Compro sempre no Emporio Del Mundo, onde sai por volta de R$ 65. O Tradizionale é menos de 40 reais e já vale à pena.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Tomado: Rosso di Montalcino Villa al Cortile 2004 - Piccini

Esse eu tomei.
No almoço de hoje (18/09/2010) com o Rafa no Pasquale Cantina.
Logo que o Rafa provou o vinho fez cara de mau, achou o vinho muito forte e comentou: "Uma porrada, não gostei". De fato o primeiro gole foi estranho e curioso, pois o vinho apresentou-se muito intenso e amargo.
Porém, para a nossa grata surpresa, em poucos minutos o vinho mudou completamente, abrindo um delicioso aroma e arredondando o sabor. Incrível, nunca vi um vinho mudar tanto e tão rápido.
Assim, gole após gole o vinho foi ficando melhor. Continuou sendo um vinho intenso, com grande complexidade, mas bastante agradável. A potência da fruta é evidente, e ao final da garrafa o vinho estava um veludo, daqueles bem espessos, mas um veludo.
É vendido na Vinci por R$ 82,00 e vale o que custa. No restaurante nos custou por volta de R$ 120,00.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tomaram: Armador Cabernet Sauvignon 2007

Mais um vinho tomado pelo João Moraes. Este um tinto chileno, que na Estação do Vinho, pela internet, achei a R$ 39,00 (veja o link). A importadora é a World Wine, que vende pelo mesmo preço (vide link).
Comentários do Johnny:
"Um vinho absolutamente desconhecido para mim. E não é que gostei.
Tomado com meu amigo Richard.
O que nos chamou atenção foi o final de boca bastante persistente, porém leve.
A cor muito bonita - particularmente aprecio as cores obtidas desta uva.
E boa a sensação de um vinho novo que agrada.
Acho que este vinho ficaria ainda melhor com um tempinho de descanso -ainda está bastante potente.
Com certeza será tomado em novas oportunidades para que novas impressões possam ser percebidas."

Tomaram: Torresella Pinot Grigio 2008

Colaboração do amigo João Moraes, que estava represada aqui comigo, por causa dos tantos posts de Mendoza. Este é um vinho branco do Veneto, feito com pinot grigio, que é uma uva que gera vinhos frescos, leves, bons.
João, agora vai, seguem seus comentários (com os quais concordo, ressaltando que é uma lástima que muita gente não toma vinho branco por preconceito - eu adoro, tomo sempre que posso, nem que seja para abrir a noite):

"Surpresa agradável para vinho de mercado.
O preço R$ 24,00.
E sabe que acompanhou com elegância um belo risoto. Feriado e assim, ficamos "carudos" e nos aventuramos a cozinhar - difícil missão tendo como parâmetro meus pais que são excelentes cozinheiros. Bem, pelo menos nos risotos vou enganando.
Um vinho branco bastante comum na bota - destes de mesa - em sua grande maioria. Isto, porém não diminui a potencialidade deste tipo de vinho.
Com o calor de Bauru os vinhos brancos vão conquistar minha alma. Acho que apesar do calor, acabamos optando pelos tintos e perdemos muitas vezes o prazer de excelentes brancos."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Direto de Mendoza: Los Stradivarius de Bianchi 2004

Esse eu tomei!
Esse é meu último post 'Direto de Mendoza' e nada melhor do que terminar com um vinho de sobremesa, docinho, gostoso, do tipo que dá vontade de quero-mais ou, como diria o Carlão, do tipo que tem gosto de pouco.
Foi um vinho que tomamos no final de um jantar, mas eu confesso que acabei fazendo poucas anotações, já estava em outro clima...Não lembro a uva que compõe esse vinho, acho que era Semillon.
Mas do aroma e do sabor eu lembro bem.
No nariz é bastante floral com um final cítrico.
Na boca tem sabor denso, doce na medida certa, lembrando um mel. Equilibrado no final, com toque de damasco.
Muito bom, gostamos muito. Acompanhou bem umas panquecas de doce de leite.
Não achei para venda no Brasil, mas vi em outros blogs que esta vinícola também faz uns vinhos do tipo 'Porto', com merlot e malbec. Devem ser interessantes.

A vida se resume a... 4 garrafas

(Contribuição de Bob Dias) 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Direto de Mendoza: Mendel Finca Remota Malbec 2007

Esse eu tomei!
Foi o primeiro tinto que tomamos jantando em Mendoza, quando fomos ao restaurante '1884'.
Uma indicação do sommelier, vinho feito por uma bodega pequena, a Mendel, no Vale do Uco.
Um vinho 100% Malbec, que passa 12 meses em barricas francesas.
Um malbec de primeiríssima, muito frutado e extremamente aveludado. Um show. Sente-se a madeira bem integrada, com muita qualidade.
Vinho bem feito mesmo, top de linha para quem gosta de malbec, e eu gosto...
PS; Vi no blog no nosso amigo Silvestre (Vivendo a Vida), que este vinho está entre os 50 melhores da América do Sul, e posso dizer que merecidamente.
PS2: Não achei onde vende no Brasil. Se alguém souber, avise-nos!!

Tomado: Esteva 2007, Casa Ferreirinha

Esse eu tomei!
Ontem não resisti às belas panquecas de frango ao molho branco feitas pela Taci, e abri esta garrafa para tomar umas duas tacinhas. O resto fica para o jantar de hoje...
Já havia tomado muito, e já postei por aqui, o Vinha Grande, que é um degrau acima deste na hierarquia da Casa Ferreirinha (deste produtor renomado do Douro ainda há o Quinta da Leda, o Reserva Especial e o ícone Barca Velha).
O Esteva é o vinho de entrada, mas já é muito saboroso.
Confesso que logo que abri e provei achei o vinho um pouco alcólico, além de estar ainda muito pesado, tânico, uma pancada na orelha.
Depois de 20/30 minutos na taça, tempo para esquentar a panqueca no forno, o vinho ficou muito superior. Os aromas terrosos e os taninos amaciaram, o vinho ficou mais para frutas vermelhas e redondo na boca. Com a comida, então, caiu perfeito, seu corpo ficou ainda mais macio.
Uma delícia, especialmente pelo preço que custa. Paguei 45 reais no Empório Mercantil. A Zahil é a importadora, que deve vender por um preço semelhante ao do Empório, talvez alguns reais a menos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Direto de Mendoza: Baron B Extra Brut (excelente espumante)

Esse eu tomei!
Foi um espumante que tomamos como aperitivo antes do jantar. Este é um espumante premium da Bodegas Chandon da Argentina, feito com pinot noir e chardonnay. Tem este nome em homenagem ao Baron Bertrand, primeiro presidente da bodega.
Na taça apresentou perlage fina e rápida, com coloração bastante dourada. No nariz apresentou aromas acastanhados, cereais, complexos até.
A perlage me desanimou, achei que ia ser quase um vinho 'tranquilo', mas me enganei.
Na boca apresentou muita cremosidade, pareciam haver borbulhas invisíveis...Muito gostosa, aliando frutas, noz, castanhas e final levemente adocicado.
Muito bom espumante, redondíssimo, o melhor argentino que tomei. Acho que o Carlão concorda comigo nisso.
Não achei onde comprar no Brasil, nem o preço. Se alguém souber avise-nos por favor.

domingo, 12 de setembro de 2010

Tomado: Brut Maximo Boschi Tradizionale


Esse eu tomei.
Foi o vinho que abriu as comemorações do dias pais lá em casa domingo 08/07/2010.
Já havia experimentado esse vinho no evento Encontro de Vinhos, realizado pelo Daniel (Vinhos de Corte) e pelo Beto (Papo de Vinho).
No sábado (07/08/2010) eu e o Rodrigo fomos conhecer a Empório Del Mundo, do Carlos Toledo, distribuidor desse espumante que fica perto das nossas casas. Adquirimos algumas garrafas incluindo essa. Infelizmente o Speciale ainda não está disponível para venda.
No domingo, com esse vinho abrimos em grande estilo a tarde do dia dos pais. Como minha mãe resolveu que o cardápio seria camarão na moranga e Badejo assado e o dia amanheceu bonito com um baita sol, sugeri que a comida fosse acompanhada por um champagne. Assim superaríamos mais um tabu de que a champagne serve apenas como aperitivo. A proposta foi acatadíssima pela família e me pai veio munido com "uma" Veuve Cliquot.
Vejam as bebidas programadas para a tarde:
Voltando ao objeto deste post. Como havíamos notado da degustação no Encontro de Vinhos trata-se, realmente, de um grande espumante nacional. Boa complexidade e uma perlage surpreendente. Forte candidato ao meu espumante do dia-a-dia. Custo benefício muito bom (R$ 36,00).

As impressões foram unânimes. Até meu pai declarado preconceituoso com os vinhos nacionais - experimentou sem que eu lhe dissesse do que se tratava – ficou surpreendido com a qualidade do vinho. Tive que lhe mostrar a garrafa para ele se convencer de que era um vinho nacional.
Após essa garrafa, que evaporou, não aquentamos a ansiosidade e abrimos a Veuve Cliquot (Rodrigo, antes que vc me corrija, sei que o certo é "o" champagne, mas no caso da Viuva prefiro o artigo feminino), mesmo bem antes de a comida estar pronto. Assim, providenciei a substituição do Crèmant de Bourgogne (que viram na foto) por outro champagne (Möet Chandon Nectar Imperial) que acompanhou a comida (notícias em um próximo post).
Embora este vinho seja excepcional, quando comparamos qualquer espumante com um champagne... fica pequeno. O champagne mais simples da linha da Veuve Cliquot ainda é muito superior que a grande maioria dos espumantes de outras regiões do mundo (inclusive da França). Ressalte-se que isso não desmerece os demais vinhos, inclusive esse que, como falamos, é um excelente espumante. Mas champagne é champagne...

Tomado: Picada 15 Malbec 2007


Esse eu tomei!
Vinho da Bodega Neuquen, da Patagônia.
Foi uma 1/2 garrafa, para acompanhar o almoço, um raviole à romanesca.
Um vinho bom, mas naquele estilo padrão de bomba de fruta x madeira exagerada. Gostoso, abaunilhado, mas simples e padronizado.
Acompanhou bem a massa, não fez feio, muito pelo contrário, mas esperava algo mais peculiar por ser da Patagônia.

sábado, 11 de setembro de 2010

Tomado: Collio Tocai Friulano 1999, Schiopetto

Esse eu tomei!
Hoje no almoço, na companhia dos meus sogros, da Taci e da Sofia. Comemos uma bela lagosta e eu resolvi pedir algo que não lembrava de ter tomado antes. Provamos esse tocai italiano, um vinho leve, melado e sabor mais para frutas brancas, como pêra. Muito gostoso, acompanhou bem a comida, envolvente na boca.
É sempre bom experimentar, as surpresas podem ser boas como esta.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Direto de Mendoza: O. Fournier (maravilha da arquitetura...e que paisagem!)

A última bodega que visitamos em Mendoza foi a O. Fournier, localizada mais ao sul, no Vale do Uco.
Só a viagem até o local, de pouco mais de uma hora, já vale à pena, pois as paisagens são lindas, com muitos vinhedos, oliveiras e até plantações de alho.
A Fournier fica em uma grande planície, muito ampla, e a sede da empresa é fruto de um ambicioso projeto de arquitetura. Tudo muito moderno e bem feito, aproveitando a geografia e a vista do local. Segundo o dono da vinícola, as instalações foram eleitas entre as 10 mais belas vinícolas do mundo pela Forbes.
Realmente pudemos comprovar isso. Basta olhar para o moderno prédio da foto acima, onde ficam os escritórios, laboratórios, loja, depósitos e caves.
Ao lado deste prédio principal fica um prédio menor, que mais se assemelha a um cubo de vidro, permitindo uma iluminação natural incrível (especial para a hora do almoço), com vista para os Andes, que aqui parecem muito próximos.
Veja a vista do local e o prédio do restaurante:

Antes de visitarmos as instalações, tivemos o prazer de almoçarmos no restaurante da bodega, um almoço já todo preparado para harmonização de 4 vinhos diferentes. A mesa já era preparada com 4 taças de cristal para cada pessoa, tudo muito organizado, com ótimo serviço, estilo menu degustação/confiança.
O primeiro vinho que foi servido, para acompanhar a entrada de cebola caramelizada, foi um sauvigon blanc da linha de entrada da vinícola, o Urban. Um vinho bem simples mas gostosinho. Honesto pelo que custa - lá a garrafa valia 11 reais, isso mesmo, 11 reais.
Na sequência provamos o tinto feito com Tempranillo, uva muito usada pela Fournier, dada a origem espanhola dos donos (apesar do nome francês). Este tinto também era da linha Urban, também no valor de 11 reais. Um vinho simples, mas com bom corpo, acidez e madeira bem integrada.

O melhor da degustação estava por vir com os pratos principais (uma carne muito bem feita, macia e um raviole de gema de ovo (inusitado, muito interessante).

Com esses pratos desfrutamos os vinhos de gama superior da bodega, o B Crux e o Alfa Crux. São dois vinhos de corte, com tempranillo, malbec e merlot (Alfa) e tempranillo e malbec (B).
São vinhos muito bons, concentrados, frutados e equilibrados. Na mesa as opiniões se dividiram sobre qual seria o melhor, ou seja, ambos são bons.
Vai aí só uma dica, eles melhoram se decantados, pois após uns 30 minutos na taça evoluiram.
No final do almoço ainda comemos uma sobremesa interessante, um sorvete de torrontez, uva branca famosa na região. e para acompanhar nos serviram uma taça do Urban Torrontez, que não é exatamente doce mas acompanhou bem a sobremesa. Vinho bem refrescante, boa acidez e certa doçura).
Finalizado o almoço, tiramos uma foto com o proprietário da bodega, muito simpático:

Na sequência fomos conhecer o interior da vinícola. Começamos pelo subterrâneo, onde ficam as barricas. Notem aí o detalhe do projeto arquitetônico, o teto do galpão subterrâneo - localizado na altura do solo - tem quatro aberturas envidraçadas que, com a luz do sol formam uma cruz. Tudo em homenagem ao Cruzeiro do Sul, que dá nome ao B e ao Alfa Crux:

Pegamos um elevador gradeado, tipo aqueles de construção, e fomos até o pavilhão superior do prédio, onde há um terraço e alguns corredores suspensos de vidro, que abrigam os escritórios administrativos e os laboratórios de análise/qualidade. O projeto é realmente estupendo, só vendo as fotos:

E o mais bacana é que dos escritórios pode-se ver a paisagem, o restaurante, a chegada das uvas, as entradas dos tonéis e cubas, tudo muito bem prejetado para que os administradores não percam nada de vista....Incrível. Vale muito a visita apesar da distância de Mendoza.

Em tempo, no Brasil os vinhos da O. Fournier são importados pela Vinci, inclusive o 'O.Fournier', blend top de linha da bodega, que não degustamos mas trouxemos umas garrafinhas...

Direto de Mendoza: Arnaldo B. Etchart 1996

Esse eu tomei!
Mais uma boa pedida feita em Mendoza, em um jantar em que, para variar, comemos um cordeirinho.
Arriscamos pedir um vinho mais envelhecido, para ver como se porta um top de linha argentino nessas circunstâncias.
Este vinho é um corte de cabernet sauvignon e malbec, meio a meio se não me engano.
Foi decantado por 30 minutos. No aroma já se percebia o envelhecimento, mas no bom sentido, toques de couro, frutas e madeira. No sabor já se sente a leveza trazida pela idade, mas a fruta ainda é bem presente, ele é saboroso e complexo. Muito bom, ainda com ótima acidez e corpo.
Foi uma ótima escolha. Vinho muito bem feito pela bodega Etchart, atualmente gerida pela gigante francesa Pernod Ricard.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Direto de Mendoza: Bressia Vinos de Autor (a melhor descoberta da viagem)

Como disse meu velho, uma coisa leva a outra.
Estávamos no nosso humilde jantar, eu comia um singelo prato de cabrito com batatas (vide foto abaixo), quando chegou à mesa o decanter já repleto do então desconhecido Bressia Conjuro 2006. Sugestão do barman, com quem conversamos longamente sobre a carta de vinhos enquanto ainda estávamos aperitivando no bar do restaurante (o excelente '1884', do Francis Mallmann).
Queríamos provar algo diferente, mais peculiar, mais exclusivo, algo que não encontramos em qualquer loja ou importadora.

Enfim, o vinho chegou e o sommelier já anunciou: "este é um corte de cabernet, malbec e merlot, dos meus preferidos". Claro que ele falou tudo isso em espanhol, mas a tradução seria mais ou menos isso.
Provamos o vinho. Na mesa, todos se entreolharam. Qual o veredicto ??
Poderia dizer que é um vinho com aromas complexos, muita fruta, toque de especiarias marcante, com sabor incrível, frutado, potência e madeira integrada com perfeição, muito equilibrado mesmo e extremamente persistente.
Porém, não vou dizer isso não, pois o vinho tinha muito mais, não sou capaz de descrever sua complexidade.
No entanto, posso transcrever aqui o que anotei na hora: "Show, dos melhores, senão o melhor vinho tinto argentino que tomei" .
E é aí que entra o "uma coisa leva a outra" do Zé Olinto. No dia seguinte iríamos a várias vinícolas. Tivemos que repensar o roteiro, a Bressia agora virara prioridade.
E assim foi, chegamos na Bressia logo depois de visitar a Achaval Ferrer, são bodegas bem próximas, coisa de 15, 20 minutos.
A sede, modesta no tamanho, é muito bonita e moderna:

Fomos recebidos pela simpática Marita Bressia, filha do proprietário e diretora administrativa, que nos mostrou o catálogo da bodega e nos contou um pouco da história da vinícola, dando ênfase à extrema seleção das uvas, todas sempre dos mesmos vinhedos (compram sempre de 6 produtores, de vinhedos específicos), que proporcionam vinhos de grande concentração. A seleção é tão grande que a produção fica bem reduzida, o Conjuro - top de linha - é limitado a 2.500 garrafas (a maior produção é do malbec que descrevo a seguir, com 13.000 garrafas por safra)
De cara já pedimos para embrulhar uma garrafa do 'Conjuro' para cada, assim como do 'Profundo', que é o segundo vinho deste produtor (ainda não provamos).
Como cortesia a Marita nos trouxe uma garrafa do seu vinhos mais 'simples', o Monteagrelo Malbec 2008. Ficamos admirados, este vinho - que lá custa 55 reais a garrafa - já é extremamente concentrado, mas tudo com muito equilíbrio e bom gosto, sem excesso de madeira ou doçura. Uma verdadeira delícia.

O vinho estava tão bom que não degustamos, acabamos com a garrafa. Mas antes houve tempo para encontrarmos o dono da bodega, Walter Bressia, que fez questão de pegar uma taça e brindar conosco. Muito simpático, ainda nos permitiu tirar a foto abaixo. Grande descoberta, vinhos realmente com personalidade e muita qualidade. Recomendo muitíssimo. No Brasil quem importa é a La Charbonnade, uma empresa de Canela-RS.

Zé Olinto, Walter Bressia, Rodrigo e Carlos

Direto de Mendoza: Zuccardi Zeta 2005

Como nosso avião atrasou, meus queridos pais, que partiram do RJ, chegaram antes a Mendoza e fizeram a grande estréia. E o primeiro vinho da viagem foi nada mais que o Zuccardi Zeta 2005. Minha mãe enviou a foto e os comentários:

"Estamos tomando o primeiro vinho em Mendoza: Zuccardi Zeta , um malbec (66 por cento) e tempranillo (34 por cento) , safra de 2005- segundo seu pai é redondo e com pouca acidez...ponha no blog por favor. Vou comer com gnocchi e seu pai com escalope de cerdo feito no Malbec...na próxima refeição estaremos junto e você escreve.. Estamos no Bistro M no próprio hotel".
A curiosidade é que quando fomos na Zuccardi o Zeta 2005 estava mais caro (5 reais apenas) que o valor cobrado pelo restaurante. Ninguém soube me explicar como isso aconteceu, nem o pessoal da Zuccardi...Se eles conseguem vender mais barato para os restaurantes, porque não colocar o mesmo preço para quem compra direto na vinícola ?? Fica aí o enigma da esfinge.

Direto de Mendoza: Achaval Ferrer

Nosso segundo dia de visitas às Bodegas começou em alto estilo, fomos na Achaval Ferrer, uma vinícola 'boutique' que só faz vinhos de qualidade, concentrados, com vinhedos de baixo rendimento.
O lugar é muito lindo e a bodega muito acolhedora. Vale muito a visita. Vejam a paisagem local e as barricas pintadas na entrada da vinícola:


A degustação não economiza...Pudemos provar, sem custo, o Malbec de entrada (um blend de malbecs de vários vinhedos da Achaval - muito bom, já muito concentrado e com madeira bem integrada), o Quimera 2007 (um blend ao melhor estilo bordeaux, excelente, adorei), o Finca Bella Vista (um malbec de vinhedo único, com muita estrutura, concentração, muito frutado, espetacular), e até mesmo um doce recém criado pela bodega, chamado 'Dulce', um tinto adocicado muito agradável e peculiar.


Eis uma bodega em que todos os vinhos agradaram. Realmente muita qualidade. Pena que no Brasil (onde é distribuído pela Expand) tenha preços um pouco altos...98 o malbec, 148 o Quimera e 398 os Fincas (Bella Vista, Altamira e Mirador).

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Direto de Mendoza: Poesia 2005

Esse eu tomei!
Jantando uma paleta de cordeiro em Mendoza.

Um vinho da Bodega Poesia, feito com 60% Malbec e 40% Cabernet Sauvignon, passando por 18 meses em barricas novas francesas.
Cor intensa - vide foto e decanter nas fotos. Aromnas de tabaco, madeira e frutas vermelhas. na boca é potente na fruta, com madeira integrada sem exagero. Muito persistente. Achei excelente, redondo, com boa complexidade.
Foi uma boa pedida. Sugestão do Zé Olinto, que nos acompanhou na viagem e colaborou muito nas degustações.

Direto de Mendoza: Intervalo das bodegas, visita ao Aconcágua e à Ponte Inca

Nem só de vinho e de bodegas vive o homem.

Um pouco de natureza e cultura é sempre bom.

Aproveitamos a estada em Mendoza para conhecer o maior pico das américas e do hemisfério sul e do hemisfério ocidental, em suma, fora da Ásia: o Aconcágua, com mais de 6.900 metros, sempre cheio de neve.


Ainda conhecemos a Ponte Inca, uma formação rochosa natural sobre um rio que tem a água bastante sulfurosa, cujos sedimentos minerais transformam em pedra qualquer objeto que fique submerso por mais de 15 dias.

Tem esse nome porque era usada pelos Incas como caminho/passagem.
Fica em cima das ruínas das banheiras de um antigo hotel, por onde ainda correm as águas termais. Este hotel foi um antigo hotel de luxo, destruído por uma avalanche.

Paisagens incríveis, vale a visita.

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