Há muito tempo que ouço meu pai falar, quando quer galantear sua esposa, minha mãe, que tomaria champagne no sapato dela.
Sempre achei a história engraçada e isso sempre foi motivo de piadas, inclusive daquelas bem escatológicas. Afinal, a prática não parece ser das mais higiênicas.
Achei que esse papinho, bem xaveco mesmo, era algo original, mas fui surpreendido ao ler um trecho do livro dos Kladstrup, do qual já postei alguns trechos por aqui.
Quando os autores, Don e Petie, estão contando fatos que fizeram com que o Champagne fosse considerado uma bebida charmosa, perfeita para comemorações e grandes brindes, mencionam que após o Champagne começar a ser bebido em baladas, orgias e outras festas animadas na França, dois ingleses inovaram: em Londres, "passeando" como uma fille de joie ("mulher da vida" em tradução livre), um dos ingleses retirou o sapato da moça e, para galanteá-la, encheu-o de champagne e bebeu à sua saúde. Pior que isso, ordenou que o sapato fosse temperado, frito à milanesa e misturado com o cozido servido na ceia.
Tudo muito bonito para contribuir com o mito do Champagne, mas, cá para nós, esses ingleses foram bem sem naipe - se é que realmente fizeram isso...
Jamais tive esposa e sempre uma mulher, como não prentendi atribuir a mim a autoria da proeza. Acho, se não me falha a memória, que vi a cena em um filme de época (Scarface?), mas usei o fetiche, tamanha a paixão que sua mãe nutre pela coleção de sapatos. Uma verdadeira Imelda. José Olinto
ResponderExcluirrealmente embora adore um bom champagne,jamais deixaria alguém tomá-la nos meus queridos sapatos,,, até porque é muito mais romantico e agradavel degustá-la num belo flûte, de preferencia de cristal checo... a esposa Elsa
ResponderExcluirDiz a lenda que a taça de champagne foi inspirada e moldada de acordo com os seios de Maria Antonieta e o flûte? Em Napoleão?
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