terça-feira, 6 de julho de 2010

Tomado: Romaneé-St. Vivant 1994 (Romaneé-Conti)

Esse eu tomei!
Neste final de semana eu e o Zé Olinto (mais ele do que eu) decidimos dar uma baixa considerável na adega (dele), abrindo dois exemplares do Domaine de La Romanée-Conti para acompanhar o ótimo e verdadeiro (nas palavras do Zé) Boeuf Bourguignone preparado desde a aurora do dia 03/07 pelo mestre cuca José Olintô. Apesar de chamar sua receita de "A Verdadeira", o chef confessou que usou peito de boi na receita, para ficar menos gordurento que o músculo normalmente usado (na internet achei receitas que usam até Fraldinha, fiquei curioso...)
O almoço foi servido às 14:30, mas às 12:30 eu já tinha tirado as duas garrafas da adega climatizada, deixando-as de pé sobre a mesa da adega por 1 hora para que todos os sedimentos ficassem no fundo das garrafas, facilitando a posterior decantação. Deixei o ar-condicionado da adega ligado, para manter os vinhos próximos de 17, 18ºC:

Como se vê da foto acima, além do Romanée-St-Vivant 1994 tomamos o Richebourg 1981, que será objeto de outro detalhado post.
Depois de 1 hora de pé, chegou o momento de abrir as garrafas.
A rolha deste exemplar de 1994 estava intacta, aparentemente perfeita, sem qualquer sujeira, bolor, etc. Foi muito fácil tirá-la (vide rolha da direita):

Tirada a rolha, chegou o momento de decantar os Romanées, e esse 1994 foi o primeiro que lancei no decanter.

Bastou começar a despejar o vinho para sentir muitos aromas e verificar uma coloração ruby leve, com leve amarelamento nas bordas, denotando um estágio inicial de envelhecimento...inicial para um vinho desses é claro.

Consegui decantar perfeitamente, sem deixar nada de borra sair da garrafa. Aliás, havia pouca borra, o que facilitou muito o trabalho. Decantados os vinhos, levamos à mesa:

O vinho: Esta é a garrafa 2.448 de 11.485 produzidas, ou seja, uma raridade. Um vinho para se tomar com muita atenção e prazer. Na coloração, como disse anteriormente, um ruby muito mais avermelhado que o da safra 1981, mas já com início de amarelamento nas bordas.

Aroma muito frutado e leve. Na boca sente-se muitas frutas e uma complexidade incrível, com equilíbrio perfeito entre fruta, delicadeza, acidez, álcool. Incrivelmente delicado e saboroso, envolve a boca e persiste bastante.

Em suma, um néctar prá lá de fácil de beber umas 3 garrafas sozinho...

O melhor de tudo é que este exemplar o Zé comprou em um leilão, há muito tempo, e sequer sabemos/lembramos quanto foi, Eu, Zé e Elsa pudemos degustar sem dor, só com muito prazer.

Acompanhou maravilhosamente bem o Boeuf, esse pequeno panelão feito com esmero pelo Zé:

Foi uma grande experiência. Marcante. Obrigado pai! Espero que tenhamos muitas outras deste nível!!

2 comentários:

  1. moi aussi, j'espere des autores grandes experiences comme celle lá du samedi bourguignone....elsa

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  2. Querido primo, que belo almoço ein?! O modelito do Chef também é sem comentários.
    E sobre o Boeuf Bourguignon, de fato a receita mais antiga que tenho aqui é com músculo (um livro dá década de 60), mas na maioria das vezes "eles" (.. os franceses) especificam apenas corte de carne, ou carne para assar. Ou seja o conjunto da obra e a execução do prato são mais importante do que o tipo de carne de boi (eu já fiz até com contra filé, pois era o que eu tinha no freezer)
    =)bjs Adri

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